16/04/2015
A nova onda de food trucks chegou e está fazendo sucesso. Claro tudo que é novidade gera um público curioso e interessado em novas experiências.
Apesar de não ser novidade absoluta, isto já existe fora do país há muitos anos, tornou-se a versão modernizada dos “auto-lanches” tão presentes no interior e upgrade dos carrinhos de hot dog tão nossos velhos conhecidos. A onda veio pra trazer mais oportunidades aos empreendedores, supostos culinaristas e visionários de plantão.
Se considerarmos a legislação vigente e a dificuldade de trabalhar com matérias-primas altamente perecíveis, este formato de negócio é para poucos.
Investir num food truck, respeitar as normas legais sejam das prefeituras sejam da vigilância sanitária e ainda criar receitas no mínimo incomuns, não é um começo dos mais fáceis.
Além disso, algumas características típicas dos negócios ditos “não ambulantes” a serem analisadas e implementadas como marca, branding, fidelização e ampliação de clientes, volume de vendas, colaboradores, ponto entre outras, não são nada simples para não dizer quase inviável.
Considerando que o modelo de negócio é itinerante, como avaliar o cliente? Como obter feedback dos produtos oferecidos? Como melhorar sua oferta? Como incrementá-la? Como tornar sua marca conhecida e realmente desejada? Como vender para um público desconhecido e circulante? Como fidelizar seu cliente? Como fazer o negócio diferente e atraente? O que o tornará longevo?
Muitas perguntas devem ser respondidas antes de arriscar as economias em um negócio com necessidades específicas, necessidade de muito preparo em um mercado ainda incerto, um modelo novo em experimentação, mesmo que aparentemente promissor se comparado com restaurantes com ponto fixo e seus altos investimentos.
A alimentação sobre rodas não deixa de ser uma opção interessante no mercado de alimentação, mas nos resta saber até quando vai durar esta empolgação. Apesar de ser culturalmente bem aceita fora do país, por aqui ainda é necessário tornar esta opção mais que um comportamento da moda.
Permanecer e fortalecer este modelo de negócio será uma meta auspiciosa, quem está neste ramo há anos que o diga. Além disso, as redes de fast food não deixarão barato. Disputarão clientes com esta concorrência e para não perder o timing já estão agindo com ações e promoções atraentes e inovadoras. Também restaurantes estão investindo na gourmetização de cardápios, tornando-os mais atraentes e diferenciados, com a vantagem de raramente terem problemas com ponto, clima, frequência, horário, conforto, segurança, etc.
Vai ser uma briga boa e vamos acompanhar para ver aonde isto vai dar... Espero que o maior beneficiado com tudo isto continue sendo o consumidor.
Para os empreendedores boa sorte!
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Há mais de 20 anos na área de marketing, com ênfase no setor de serviços e larga experiência no setor de educação. Compartilhar conhecimento é a forma mais lúdica de crescimento profissional. O marketing, para mim, é um instrumento para que as empresas se tornem conhecidas e reconhecidas. Criei o Blog Comunicaê com o intuito de propor reflexões aos estudantes e novos profissionais de marketing.
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