Competências necessárias para a gestão de organizações da área da saúde
Gestão de organizações da área da saúde
Administração e Gestão
29/07/2015
As organizações de saúde, assim como todas as outras instituições de diversas naturezas destinadas a produzir produtos e/ou serviços, deparam-se sempre com a necessidade de mudança. Esta garante a permanência das referidas instituições de forma ativa e otimizada frente às constantes alterações previsíveis e imprevisíveis de fatores tanto internos quanto externos.
No que diz respeito aos fatores internos, podem-se citar a evolução e consequente implementação de diferentes sistemas de gestão, fluxos de serviço, processos de informatização, alteração de equipes de trabalho com contratação e desligamento de pessoal, estilo gerencial, dentre outros. Já nos externos, apontam-se as inerentes à sociedade, que ocorrem ao longo do tempo, como, por exemplo, padrão de consumo, expectativa de vida, hábitos alimentares, formação do grupo familiar, conscientização sobre aspectos relacionados à cidadania etc.
Com o setor saúde, principalmente nas organizações públicas, considerando todas as modalidades de prestação de serviços nas três esferas de governo, não se pode deixar de levar em conta que a escolha do modelo de gestão está diretamente relacionada com as diretrizes do agrupamento político escolhido para o poder, tanto o executivo quanto o legislativo. Essa característica ajuda a entender uma característica comum desse setor: frequente mudança na condução das políticas públicas de saúde e considerável rotatividade de seus gestores.
Sob este cenário, é fundamental que os gestores de saúde possuam, além das competências técnicas inerentes às suas atribuições, competências transversais. Estas últimas podem ser entendidas como um conjunto de habilidades e atitudes que favorecem a adaptabilidade do indivíduo frente às diversas situações laborais presentes no dia a dia, como, por exemplo, capacidade de trabalho em equipe, de resolução de problemas, de trabalho em equipe, inteligência emocional, relacionamento interpessoal e comunicabilidade.
Caracterizadas como atividades intencionais, proativas e direcionadas para a obtenção das metas organizacionais (Robbins, 1999) as mudanças são essenciais para se garantir a qualidade da prestação de serviços nos estabelecimentos de saúde. Dessa forma, é necessário que os colaboradores reajam bem a elas, enxerguem nelas oportunidades em vez de ameaças. É preciso coragem para sair da zona de conforto. Assim, cabe aos gestores garantir o alinhamento estratégico da organização, de forma a dar ao desempenho humano a mesma direção e sentido ao conferido à organização, que por sua vez, deve atender às necessidades da população.
Ao gestor é esperado o papel de guia, devendo estabelecer entre os liderados uma relação de confiança e levá-los rumo a excelência de suas atividades. Semelhante ao maestro que rege sua orquestra, deve saber extrair de cada colaborar o seu melhor, na hora certa e em sincronia com os demais integrantes da equipe. Ainda nesse sentido, não pode deixar de lado seu papel de motivador, necessário às lideranças de um modo geral, fundamental para a "saúde" dos projetos e demais atividades desenvolvidas. É necessário incutir nos colaboradores a noção de importância e de realização pessoal na prática da atividade laboral.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Renan Moreira Reis
Graduado em Engenharia de Petróleo e pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Especialização em Gestão em Saúde, trabalha na Prefeitura Municipal de Angra dos Reis e atua como docente na Universidade Estácio de Sá.
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