19/11/2015
Daniel Medeiros*
Vou começar com um exemplo simples.
A mãe diz para o filho que não sai do chuveiro: “sai daí, desliga isso! Você não tem consciência? Não pensa no dinheiro do seu pai? E você acha que dinheiro dá em árvore?”.
Entendeu?
Não?
Compreendo. Foi muito básico. Então vamos a este: a mesma mãe, o mesmo menino no banho: “desliga logo, você não sabe que tá desperdiçando água? Você acha que tem água assim, pra jogar fora? Você não tem consciência disso?”.
Hummm. Não? Não vê a relação?
Bom, vamos ver assim. A criança pergunta para a professora: por que existe esse negócio de dia da Pátria?
E ela responde: “para lembrarmos que somos todos brasileiros e que temos um passado, uma história, uma herança comum. Nosso lugar no mundo é aqui e a consciência disso ajuda a respeitar nossa terra e também a terra dos outros que, no fundo, é uma terra só, não é?”.
Agora sim! Viu como é fácil?
Não?
Vou tentar mais uma vez.
Aniversário da bisavó, a família se reúne, todos: primos nunca vistos, parentes por afinidades, tias com maridos novos, um zum zum zum de conversas disparatadas e olhares persistentes pro estacionamento. Mas aí vem a bisa, 99 anos, o olhar ainda firme, mas as perninhas fracas, o andar claudicante. E ela se posta em frente ao bolo, olha para todos, aquele olhar longo que vai se marejando, vertendo lágrimas que escorrem pelos caminhos da face. E ela diz: “vocês são as minhas melhores lembranças”.
E a consciência dessa verdade profunda provoca um calor que se espalha, denso, terno, cálido, pela longa e divertida noite.
Acho que deu, não?
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Celso Maurício Hartmann
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