O papel de um Gestor de Pessoas

Administração e Gestão

24/07/2017

Meados da década de 30 a gestão de pessoas era tratada apenas como recursos humanos, geralmente restringia-se apenas a um departamento pessoal e visualizava o funcionário como um item a mais na empresa. Preocupavam-se apenas com o burocrático e o cumprimento de metas. Por volta da década de 60 a gestão de pessoas foi tomando espaço, com ambientes humanizados, passando a respeitar o funcionário e trata-lo como pessoas, com sentimentos em busca de carreira e motivação dentro da organização.

Abraham Maslow (1908-1970), psicólogo, propôs uma pirâmide que levou seu nome ou pirâmide da hierarquia de necessidades. A teoria de Maslow vem à tona em um momento histórico bastante interessante a respeito do que motivaria os colaboradores de uma empresa, já que, a pecúnia por si só não bastava mais. Dentre os motivos elencados por ele estão: necessidade básicas(fisiológicas), necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima e necessidades de auto-realização.

Maslow definiu que a hierarquia só era possível se o desejo das necessidade do nível anterior estivesse parcial ou integralmente preenchida, o que torna uma tarefa nada fácil para um gestor de pessoas. A dificuldade maior aparece quando uma empresa tem proporções gigantescas, ou quando está situada em diversos países e os motivos são diferente ou até mesmo na Gestão pública, com seus brações imensos e servidores públicos das mais variadas motivações.

A motivação tratada acima diz respeitos não só as necessidades pessoais e profissionais elencadas por Maslow, é o processo pelo qual o ser humano é incentivado por algum motivo ou razão. Existe motivos internos e externos, o primeiro trabalha com competências e habilidades, com valorização, interesses aptidões. Já o segundo refere-se aos estímulos que o ambiente oferece, satisfazem as necessidades pois representam as recompensas desejadas. O Gestor tem o papel de identificar na sua equipe as necessidades dos seus colaboradores, elencar suas motivações e trabalha-las junto com eles, para isso é necessário ter habilidades de um líder.

Outro conceito importante que vale a distinção é líder e chefe, a liderança está inteiramente ligada a pessoas. O papel do líder primordial é de influenciar pessoas e muitas vezes não possuem cargos superiores, apenas o respeito do grupo inserido. Por outro lado existe os liderados fieis, que os seguem por fé e os liderados mercenários que os seguem por interesses. Diferentemente de um chefe utilizando sua superioridade com autoridade, com sua visão orientada apenas para a tarefa, tomando decisões sem consultar a equipe e sua incansável insistência em apenas alcançar metas, sem valorização das pessoas.

Diante do exposto, uma organização tem um líder ou um chefe, tem motivações e necessidades de seus funcionários integralmente ou parcialmente atendidas e sabe gerir pessoas dependendo primordialmente da sua cultura organizacional. Uma organização que preza pelo bem-estar de seus funcionários, trabalha com um gestão de pessoas e seu líder sabendo seu papel importante para sua equipe, visualiza-os como pessoas e não meros recursos tende a prosperar e alcançar seus objetivos e metas junto com seus funcionários.

 

Referências

 

CAMARGO, D. Psicologia Organizacional. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. Pág 43-48.

CHIAVENATO, Idalberto.Introdução à teoria geral da administração. 2. ed. Compacta. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

MASLOW, A. H.Introdução à Psicologia do Ser. 2.ed. Rio de Janeiro: Eldorado, [s.d].

MAXIMIANO, Antonio Cesar. Introdução à administração. 8.ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2011.