As células-tronco são formadas por várias células indiferenciadas com característica de proliferação, multiplicação e são capazes de originarem células filhas ou semelhantes (MCCULLOCH; TILL, 2005; MAUMUS et al., 2013).
Elas podem ser classificadas em totipotentes, pluripotentes, multipotentes e oligopotentes. As totipotentes são as células capazes de se diferenciarem em qualquer tecido ou anexo embrionário, podendo originar qualquer tipo celular; Já as pluripotentes são as capazes de se diferenciarem em qualquer tecido embrionário, provenientes das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma); as multipotentes possuem plasticidade limitada, pois podem diferenciar em alguns tipos celulares presentes num determinado órgão, e as oligopotentes podem originar apenas um tipo celular ou em poucos tipos (ZHANG et al., 2006).
As células-tronco embrionárias são derivadas do blastocisto. Essas são consideradas pluripotentes, possuem a capacidade de gerar todos os tecidos de um indivíduo adulto. No decorrer da vida, organismos adultos apresentam alta capacidade de regeneração em resposta a diferentes tipos de patologias. Isso ocorre devido à presença de um tipo específico de células localizadas em cada órgão, as quais são denominadas células-tronco adultas (NARDINI; MEIRELLES, 2006; MCCULLOCH; TILL, 2005; ZAGO; COVAS, 2006).
As células-tronco adultas são obtidas de tecidos após a fase embrionária e possuem a capacidade de auto-renovação, diferenciando-se para vários tipos celulares funcionais (NARDINI; MEIRELLES, 2006; ZAGO; COVAS, 2006).
Além disso, alguns estudos sugerem que as células-tronco adultas também podem exercer a função de imunossupressão.
Em contraste com as células-tronco embrionárias, as células-tronco adultas não podem gerar um organismo inteiro. Atualmente, apenas as células-tronco adultas humanas são bem compreendidas e capazes de se diferenciarem em tipos específicos de tecidos sem a produção de teratomas, precedendo assim os ensaios clínicos (NARDINI; MEIRELLES, 2006).
A aplicação de células-tronco em várias doenças, sem cura, ainda encontra-se na fase experimental, podendo ser considerada como uma fonte alternativa de tratamento para algumas doenças no futuro.
Referências
MAUMUS, M.; MANFERDINI, C.; TOUPET, K.; PEYRAFITTE, J.; FERREIRA, R.; FACCHINI, A.; GABUSI, E.; BOURIN, P.; JORGENSEN, C.; LISIGNOLI, G.; NOËL, D. Adipose mesenchymal stem cells protect chondrocytes from degeneration associated with osteoarthritis. Stem Cell Research. v. 11, p. 834–844, 2013.
MCCULLOCH, E. A.; TILL, J. E. Perspectives on the properties of stem cells. Journal of Natural Medicine, v.11, n. 10, p. 1026-1028, 2005.
NARDI, N. B.; MEIRELLES, L. S. Mesenchymal stem cells: isolation, in vitro expansion and characterization. Handbook of Experimental Pharmacology, v. 174, p. 249-282, 2006.
ZAGO, M. A.; COVAS, D. T. 2006. Células-tronco, a nova fronteira da medicina, São Paulo, Editora Atheneu. Brasil. 245p.
ZHANG, R. X.; REN, K.; DUBNER, R. Osteoarthritis pain mechanisms: basic studies in animal models. Osteoarthritis and Cartilage. v. 21, p. 1308-1315, 2013.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Marcos Vinícius Mendes Silva
Atualmente é doutorando pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade
de São Paulo (FMVZ-USP). Possui mestrado em Ciência pela FMVZ-USP (2011). Possui especialização em Processamento e controle de qualidade
de carne, leite e ovos pela Universidade Federal de Lavras - UFLA (2007). Possui graduação em
Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC
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