18/02/2016
A modernização e o estilo de vida da sociedade capitalista atual propiciam hábitos alimentares que resultam em problemas de saúde pública, como doenças crônicas não transmissíveis (LANES et al., 2012). A tecnologia, ao mesmo tempo em que traz praticidades, também acarreta efeitos negativos para a saúde, principalmente no que diz respeito à alimentação (BERTUOL; NAVARRO, 2015). A obesidade é uma das principais consequências de uma má alimentação, esta que é influenciada pelos hábitos alimentares dos pais, pela cultura familiar e pelas mídias, que muitas vezes influenciam no consumo diminuído de vegetais e na ingestão excessiva de produtos industrializados como guloseimas, salgadinhos, bolachas, achocolatados, entre outros (SOARES; SILVA, 2010; LANES et al., 2012).
Para que a população mude seus hábitos alimentares antes de apresentarem problemas de saúde, é necessário que ocorra uma educação alimentar para as crianças, já que a formação dos hábitos alimentares ocorre de forma gradual, principalmente durante a primeira infância (LANES et al., 2012). A infância é a fase da vida marcada por transformações, estas que muitas vezes estão relacionadas a construção do estilo de vida, o que, consequentemente, interfere na prática de hábitos alimentares (LANES et al., 2012).
Dentre as práticas escolares para educação alimentar e ambiental destaca-se a criação de hortas, estas possibilitam o contato dos alunos com a terra e vegetais, além de propiciar um espaço para prática pedagógica que fortalece os processos de ensino e aprendizagem na formação de promotores da cidadania ambiental (Horta Escolar – uma sala de aula ao ar livre).
A participação na criação da horta no espaço escolar, com o cultivo de vegetais que são fontes de vitaminas, sais minerais e fibras, resulta em mudanças nos hábitos alimentares dos alunos, o que pode se estender para mudanças comportamentais nos hábitos alimentares dos familiares (MORGADO; SANTOS, 2008). Além disso, o contato dos alunos com a horta contribui para que estes prefiram produtos de origem natural e saudáveis, em contrapartida a vasta oferta de produtos industrializados que oferecem riscos à saúde (MORGADO; SANTOS, 2008).
Referências
BERTUOL, C. D.; NAVARRO, A. C. Consumo Alimentar e prevalência de obesidade/emagrecimento em pré-escolares de uma escola infantil pública. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 2015.
LANES, D. V. C.; SANTOS, M. E. T.; SILVA, E. F. S. J.; LANES, K. G.; PUNTEL, R. L.; FOLMER, V. Estratégias lúdicas para a construção de hábitos alimentares saudáveis na educação infantil. Revista Ciências & Ideias, 2012.
MEC. Ministério da Educação.
MORGADO, F. S.; SANTOS, M. A. A. A horta escolar na educação ambiental e alimentar: experiência do Projeto Horta Viva nas escolas municipais de Florianópolis. EXTENSIO – Revista Eletrônica de Extensão, 2008.
SOARES, V. M.; SILVA, J. B. L. Obesidade infantil: causas e estratégias preventivas. Revista Eventos Pedagógicos, 2010.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Positivo. Possui experiência na área da Educação Infantil. Desenvolveu estágio no laboratório de Citogenética Animal e Mutagênese Ambiental da UFPR. Desenvolve pesquisas na área de Biotecnologia Industrial para a biorremediação de ambientes contaminados com petróleo.
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