Novas pesquisas sobre o papel da micróglia na doença de Alzheimer

Células nervosas encolhidas e aglomerados de proteínas estranhas
Células nervosas encolhidas e aglomerados de proteínas estranhas

Biologia

23/04/2016

O cérebro de uma pessoa com a doença de Alzheimer traz duas características marcantes: as células nervosas encolhidas e aglomerados de proteínas estranhas. A teoria central da patologia descreve que proteínas beta-amiloide e tau sufocam a comunicação entre neurônios e por anos a pessoa apresenta isto até o surgimento dos sintomas. Contudo a revista Scientific American traz um artigo de Esther Landhuis em 20 de abril de 2016 descrevendo que no cérebro de pessoas com esta doença temos as células micróglia embaraçadas com as proteínas amiloides na tentativa de realizar toda a limpeza do cérebro.


Assim as células da micróglia manteriam a evolução da doença e ligariam as vias de defesa inflamatória. Durante anos, os cientistas têm investigado como neuroinflamação contribui para a doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.


Pesquisadores enfrentam uma série de perguntas imediatas: É neuroinflamação uma força motriz? Será que chutar quando a doença já está em andamento e piorar o processo? Poderia ser aproveitada para o bem nas fases iniciais? Estas questões estão longe de ser resolvido, mas a pesquisa está começando a revelar uma imagem mais clara. "Pode não ser as próprias placas amiloides que danificam diretamente os neurônios e as conexões entre eles. Pelo contrário, ela pode ser a reação imune às placas que faz o dano ", diz Cynthia Lemere, neurocientista da Brigham e do Hospital da Mulher. Ainda assim, é difícil dizer se micróglia são bons ou maus, tornando-se um desafio para criar terapias que têm como alvo dessas células.


As micróglias podem ser apenas um pedaço da história no processo da doença de Alzheimer. Mas sua proeminência em locais onde as células nervosas são danificadas pela doença significa que merecem uma análise cuidadosa na busca desesperada por maneiras de prender a causa mais saliente da demência. Diz Green: "As micróglias estão na frente e no centro da doença e, potencialmente, são um alvo terapêutico."

 


Uncovering New Players in the Fight Against Alzheimer's Research on a key brain immune cell suggests it is a tantalizing but slippery target for new therapies. By Esther Landhuis on April 20, 2016. http://www.scientificamerican.com/article/uncovering-new-players-in-the-fight-against-alzheimer-s/

 

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Alexandre do Prado Caldas Serafim

por Alexandre do Prado Caldas Serafim

Especialista em Biologia Celular e Molecular. Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior. Especialista em Metodologia do Ensino de Biologia e Química pelo Centro Universitário Internacional. Licenciatura em Ciências Biológicas. Licenciatura em Ciências Naturais pela USP. Licenciatura em Pedagogia.

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