O surgimento dos bancos está diretamente ligado ao cálculo de juros compostos e ao uso da Matemática Comercial e Financeira de modo geral. Na época em que o comércio começava a chegar ao auge, uma das atividades do mercado foi também a do comércio de dinheiro, com o ouro e a prata. Nos diversos países eram cunhadas moedas de ouro e prata.
Aconteceu então a divisão de trabalho dentro do campo do comércio: paralelamente aos comerciantes que se ocupavam com a troca de artigos comuns, surgiram os cambistas, isto é, comerciantes dedicados ao intercâmbio de uma mercadoria específica: o dinheiro.
Num espaço de tempo relativamente curto, acumularam-se fantásticas somas de dinheiro nas mãos dos cambistas. Com o tempo, foram se ocupando de uma nova atividade: guardar e emprestar dinheiro. Naquela época, e devido à deficiente organização das instituições responsáveis pela segurança social do indivíduo, não era recomendável que se tivesse em casa muitas moedas de ouro e prata. Estas pessoas entregavam seu dinheiro à custódia do cambista rico, que o guardava e devolvia ao dono quando ele pedisse.
Era natural que a seguinte ideia ocorresse:
“Porque estas grandes somas de dinheiro haverão de permanecer em meu poder sem qualquer lucro para mim”? - Ai então se percebe que a palavra "lucro" está diretamente interligada com o conceito de finanças.
“É pouco provável que todos os proprietários, ao mesmo tempo e num mesmo dia, exijam a devolução imediata de todo seu dinheiro. Emprestarei parte do dinheiro a quem pedir, sob a condição de que seja devolvido num prazo determinado. E como meu devedor empregará o dinheiro como quiser, durante este é natural que eu obtenha alguma vantagem. Por isso, além do dinheiro emprestado, deverá entregar-me, no vencimento do prazo estipulado, uma soma adicional”.
Vimos que neste pensamento do mercador, a ideia de lucro já aparece fortemente.
Assim tiveram início as operações creditícias. Aqueles que, por alguma razão, se encontravam sem dinheiro como – comerciantes, senhores feudais e não raras vezes o próprio rei ou o erário nacional -, recorriam ao cambista que lhes emprestava grandes somas de dinheiro a juros "razoáveis".
O juro era pago pelo usufruto do dinheiro recebido ou, mais propriamente, era a "compensação pelo temor" de quem dava dinheiro emprestado e assim se expunha a um grande risco.
Estes juros foram chamados - com toda justiça - de usurário, o dinheiro recebido emprestado, de capital usurário e o credor, de usureiro.
O cambista exercia sua profissão, sentado num banco de madeira, em algum lugar do mercado. Daí a origem da palavra "banqueiro" e "banco". Os primeiros bancos de verdade da História foram criados pelos sacerdotes.
O primeiro banco privado foi fundado pelo duque Vitali em 1157, em Veneza. Após este, nos séculos XIII, XIV e XV, toda uma rede bancária foi criada. Assim os bancos foram um dos grandes propulsores práticos para o avanço da Matemática Comercial e Financeira e da Economia durante os séculos X até XV. Sem essa motivação para o aprimoramento dos cálculos, talvez, essa área de Matemática não estivesse tão avançada nos dias atuais.
Assim surgiu a empresa que participa da vida de 10 entre 10 pessoas no mundo financeiro, o Banco. É o início de uma relação da qual nunca ficaremos livres, porque sempre no mercado, seja em que área de atuação for, teremos um relacionamento bancário.
E com a criação do banco, surge a criação de produtos e serviços para serem ofertados às pessoas físicas e jurídicas. São empréstimos, linhas de crédito, aplicações, contas correntes especiais, seguros de todos os tipos, enfim, um verdadeiro shopping center financeiro.
A partir da criação do relacionamento bancário, cria-se então a figura do gerente de conta que por muitas vezes atua como consultor, onde auxilia, orienta e intermedia solução de diversos problemas.
Atualmente recorre-se ao gerente de conta corrente em diversas situações: para facilitar na liberação de um empréstimo, para cobrir um cheque que foi sacado e não se possuía saldo, na tolerância de um depósito que precisa ser realizado, enfim, em diversas situações precisa-se do gerente.
Sendo assim, é necessário cada vez mais estreitar e melhorar o relacionamento bancário, buscando sempre ter uma excepcional relação com o gerente e banco, para se ter “um porto seguro” quando necessário. É claro que o relacionamento bancário não passa apenas pela boa relação pessoal entre gerente e cliente (pessoa física ou jurídica), mas principalmente pela relação comercial que o cliente tem com a instituição banco.
Ou seja, ser fiel ao banco, para que no momento da necessidade de ajuda, haja um histórico junto à instituição que dará o aval para o necessário auxílio.
A fidelidade é demonstrada em atitudes como o tempo em que forem clientes, na preferência para aplicações, na indicação do banco para parceiros e todo tipo de atitude com que faça de você um cliente especial e preferencial.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Educação
O Portal Educação possui uma equipe focada no trabalho de curadoria de conteúdo. Artigos em diversas áreas do conhecimento são produzidos e disponibilizados para profissionais, acadêmicos e interessados em adquirir conhecimento qualificado. O departamento de Conteúdo e Comunicação leva ao leitor informações de alto nível, recebidas e publicadas de colunistas externos e internos.
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93