Há várias classificações para as atividades de auditoria.
Contabilidade e Finanças
06/11/2013
Há várias classificações para as atividades de auditoria (MOTTA e cols., 2005; PAES e MAIA, 2005). A seguir, serão destacadas algumas.
A auditoria pode ser classificada segundo sua finalidade em: 1. Auditoria de resultados – mede as mudanças no estado da saúde do paciente capazes de serem atribuídas à prestação dos serviços de atenção à saúde. Para tanto, utiliza dados, informações e indicadores;
2. Auditoria da qualidade – mede, de forma sistemática e independente, o resultado da instituição segundo modelos de gestão da qualidade.
A Auditoria Operacional ou Auditoria Concorrente avalia os procedimentos durante seu acontecimento. A atuação do auditor se dá junto aos profissionais da assistência, a fim de monitorar o estado clínico do paciente internado, verificando a procedência e gerenciando o processo de internação, auxiliando na liberação de procedimentos e/ou materiais e medicamentos de alto custo e verificando a qualidade da assistência prestada.
Durante este processo, o auditor pode indicar outra opção de assistência ao usuário, como a assistência domiciliar ou o gerenciamento de casos crônicos. Caso haja necessidade, é permitido ao auditor médico examinar o paciente.
Já a Auditoria Preventiva, também denominada Auditoria Prospectiva ou Auditoria Prévia, é realizada antes dos procedimentos serem realizados, no setor de Autorizações, Liberação de Guias ou Regulação.
Os procedimentos são analisados não só sob o aspecto pertinência técnica, mas também sobre o aspecto administrativo: o cliente é coberto pelo plano? O prestador é contratado pelo plano? O contrato firmado entre operadora de plano de saúde e cliente prevê a realização deste procedimento?
Por Auditoria Analítica entende-se a análise dos dados levantados pelas auditorias preventiva e operacional e sua comparação com indicadores. Os auditores nesta função auxiliam a direção da empresa, principalmente no que tange à correta execução dos contratos com prestadores de serviço.
Lodi (2008) destaca que o processo de auditoria analítica deve envolver um período de tempo (três a seis meses) durante o qual serão analisados os dados coletados pela auditoria preventiva e operacional, a fim de estabelecer um perfil de um dado prestador de serviços para auxílio não só em futuras negociações comerciais, mas permitindo a análise da qualidade dos serviços prestados.
A Auditoria Retrospectiva revisa dados registrados no prontuário do usuário mediante padrões preestabelecidos. Uma das propostas para trabalho desta auditoria é a que considera o número de altas/ mês e as relaciona com o número de prontuários a serem avaliados. Assim, caso haja até 50 altas/mês, trabalha-se todos os prontuários/acima deste número (PAES e MAIA, 2005). Outros trabalham por amostragem de prontuários, sorteio ou valor em reais da conta (todas as contas acima de R$ 5 mil, por exemplo).
A Auditoria Global analisa todos os eventos relacionados com a atenção à saúde, ao contrário da Específica, que avalia apenas um evento pontual (por exemplo, uma dada internação) ou uma especialidade (entre outras: cirurgia cardíaca ou quimioterapia).
Há ainda a Auditoria Própria, realizada por profissionais da própria instituição e a Auditoria Terceirizada, realizada por profissionais que não pertencem à instituição, mas contratados para este fim. Algumas empresas utilizam a denominada Auditoria Mista, uma mescla das duas anteriores.
A Auditoria de Contas é realizada na descrição da internação e/ou procedimento enviado à empresa contratante. Trata-se de processo minucioso, onde se observam: o diagnóstico médico e de outros profissionais da equipe de saúde, os procedimentos realizados (descrição cirúrgica, ficha anestésica, exames e laudos, terapias, avaliações de especialistas), cobrança de diárias e taxas, materiais e medicamentos conforme prescrição médica, utilização de gases medicinais, relatórios da equipe multidisciplinar, entre outros (PAES e MAIA, 2005).
Denomina-se Auditoria Externa a que é realizada dentro dos estabelecimentos hospitalares, mediante a verificação in loco do atendimento prestado. O auditor analisa história clínica, evoluções médicas, prescrições, descrições cirúrgicas, solicitações e laudos de exames, além de outras informações que compõem o prontuário do paciente, verificando se estas estão de acordo com o recomendado (eficiência) e bem executadas (eficácia). É chamada externa, pois o auditor trabalha nos prestadores de serviços e não na própria instituição (MANSO, 2006).
Quando a auditoria é realizada dentro da própria instituição, como hospital ou operadoras de planos de saúde, é designada como Auditoria Interna.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Finanças e Areas Afins
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