Não é de hoje que a mídia veicula informações à respeito dos desafios econômicos que estão sendo enfrentados pelo Brasil em decorrência de vários fatores. Entre eles os de maiores repercussão foram as manifestações populares ocorridas em junho de 2013 que reivindicaram a redução das passagens de transportes coletivos, a copa do mundo devido aos altíssimos gastos para manter o "padrão FIFA", o alto nível de corrupção nas esferas do governo federal, estadual e municipais.
Tudo isso indicava que o ano de 2014 não seria um ano fácil para a economia brasileira, muito menos para o crescimento do PIB com solidez. E ainda houve o problema com a escassez de chuvas no período de jan/14 o que aumentou a pressão sobre o governo para a tomada de medidas afim de equalizar os altos gastos das distribuidoras de energia com a utilização das termelétricas, onde o MWh está na casa dos R$ 822,83. E tem a dificuldade encontrada pelo governo para conter a inflação dentro da meta estipulada e não deixar que o crescimento interno fique estagnado devido ao aumento na taxa de juros, e tudo isso em um ano eleitoral. Bem, aqueles que vem acompanhando as informações divulgadas pela mídia sabem que a tarefa do governo para equilibrar toda essa situação não é fácil, e alguma coisa poderá sair fora do planejado. E 2015 será um ano que possivelmente sofrerá resquícios de todas estas dificuldades enfrentadas em 2014.
PONTOS DE ATENÇÃO
Os reajustes dos preços nos transportes coletivos que não foram repassados transformaram-se em uma "bomba tarifária" que segundo reportagem do Valor - representa uma fatura acima de 1 bilhão para as operadoras de metrôs e trens urbanos nas principais capitais. Existem cidades em que esta modalidade de transporte não sofre reajuste desde dezembro de 2002 que é o caso de Natal.
A redução das tarifas de energia elétrica em jan/13 por conta da Lei 12.783/13 que promoveu a renovação das concessões de transmissão e geração de energia elétrica que venciam até 2017. E agora estão pressionadas pela escassez de chuvas e o uso das termelétricas.
Aumento da taxa de juros (SELIC) para a contenção da inflação. Isso faz com que a captação de dinheiro no mercado fique mais cara, o que reduz as linhas de crédito oferecidos a pessoas físicas e jurídicas, e que acarreta no seguinte: Menos investimentos por parte das empresas no país e redução no consumo da pessoa física.
O QUE FAZER?
Em momentos como este, uma das opções é reduzir gastos com tudo aquilo que não seja necessário neste momento. Converter a economia com estes gastos desnecessários em poupança, ou seja, aquilo que se gastaria será agora poupando. Aproveitar oportunidades no mercado de renda fixa, com investimentos atrelados a SELIC. Por exemplo: os CRI, as LCA, as LCI, os CDB indexados à SELIC ou ao CDI, os fundos de renda fixa ou multimercado indexados à Selic ou CDI e os títulos públicos da série LFT.
O momento agora é para fazer caixa, pois as oportunidades aparecem quando menos se espera. E sabe-se que 2015 assim como 2014 não será nada fácil. Porém em momentos de crises e problemas econômicos é que costumam aparecer as melhores oportunidades para para aplicações e aquisições com preços muito abaixo do que os que deveriam ser negociados.
Aproveite o momento para refletir no orçamento pessoal e focar em objetivos sejam eles de curto ou longo prazo, pois nenhum problema econômico-financeiro dura para sempre. As coisas tendem a se ajustar em um período de tempo e aqueles que mantiveram o foco e a disciplina colherão as melhores oportunidades.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Telmo Oliveira
Contabilista e atuante no mercado contábil.
Consultorias em instrumento de gestão, expansão e previsão das finanças corporativas.
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