As palhaçadas de um parlamentar magnata

Cotidiano e Bem-estar

18/08/2014

Senador palhaço quer reduzir tempo de almoço dos trabalhadores: Magnata da soja, o senador Blairo Maggi (PR-MT) considera muito longo o tempo de uma hora para repouso ou refeição do trabalhador. Maggi quer reduzir esse período e apresentou o Projeto de Lei (PL) 8/2014, que altera as Consolidações das Leis do Trabalho (CLT). Pela proposta, a redução deve ser feita por ato do Ministério do Trabalho e Emprego, que deverá checar se o estabelecimento conta com refeitórios. A medida só valeria para empregados que não cumprem regime de trabalho prorrogado com horas extras.


A CLT (Decreto-lei 5.452/1943) já permite a redução do período mínimo de alimentação ou descanso, mas apenas por ato do Ministério do Trabalho, que é totalmente contra a medida.


Maggi quer mais flexibilidade para que os empregadores firmem acordo com os empregados. A Justiça já negou a redução desse horário em processos sobre convenção coletiva.


(Fonte: Jornal “O Diário do Amazonas”, 17 de agosto de 2014).


Este parlamentar hipócrita, demagogo, ganancioso, egoísta, mesquinho e traíra da confiança dos infelizes trabalhadores que o elegeram, mesmo que forçados pela obrigatoriedade do voto em nosso democrático país estão equivocados e vivendo no século errado. Ele deveria voltar no tempo e viver tal devaneio na época de Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o pai da Administração Científica, que se preocupou em estudar e estudar para mais tarde dedicar-se somente à divisão do trabalho.


Para ele, quaisquer momentos de folgas dos trabalhadores eram considerados como ociosidade, mesmo com amparo das leis trabalhistas. Em função disso, poderíamos ironizar e acrescentar o sobrenome Maggi ao famoso dueto Fordismo-Taylorismo para ficar da seguinte maneira: Fordismo-Taylorismo-Maggismo. Haja paulada nos direitos dos trabalhadores!


Ainda bem que o Ministério do Trabalho não é conivente com mais esta loucura advinda do cérebro corrupto e ganancioso de alguém que mendigou e pagou por votos para ser eleito senador da República Federativa do Brasil, como representante legal e capaz do povo.


Também, o quê se esperar de um magnata capitalista e corrupto de um certo produto conhecido como soja, que além de tudo isso ainda faz parte do quadro dos bandidos mais periculosos do Brasil como os ratos de colarinhos brancos denominados políticos, que infestam o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e as Câmaras de vereadores em todo país, percebendo salários milionários para simplesmente enriquecerem ilicitamente sem fazerem nada pela população que os elege?


Por sorte e por muita justiça, esta palhaçada de enormes proporções elaborada por um único politilhaço (político+ palhaço), não caiu nas graças do órgão maior do trabalho brasileiro (o Ministério do Trabalho) que, além de não compactuar com este tipo de crime hediondo contra os já sofridos e penalizados trabalhadores brasileiros, faz questão de cumprir rigorosamente as suas leis.


Isso é mais uma grande lição para que todos nós, eleitores ativos, ricos ou pobres, brancos, índios, negros, idosos ou jovens adultos, passemos a valorizar mais os nossos obrigados votos, estudando os perfis de cada candidato, suas propostas e suas promessas para não votarmos em quaisquer porcarias que se apresentarem nos horários políticos fazendo mil e uma promessas. Chega de trocar os votos por cestas básicas, dentaduras ou instrumentos agrícolas!


Os trabalhadores brasileiros necessitam de muito mais do que um senador bandido e podre de rico para lutar pela manutenção de seus direitos e não para exterminá-los.