Poesia contemporânea, com lapsos de arcaicidade clássica, do autor Gilberto Damiani Martin
Cotidiano e Bem-estar
20/10/2014
Se mesmo bestial,
Por hora sou feliz,
Seria devaneio poder proferir,
Confissão rebuscada de ingênuas palavras?
Ou seria certo em relicário ocultar,
O mais sublime e doce AMOR sem o menor pesar?
Meretrizes; As filhas de Vênus,
Amo-as todas,
Das curvas de Joana,
Aos cabelos de Camila,
E o que seria de mim sem o busto de Amanda.
Mas se do pecaminoso jarro é posto o fim,
O que será de mim?
Que não haja espanto nem temor,
Se eu, tão inconstante no amor, afirmar-te:
Já trago em meu peito tal “SACRO SENTIMENTO”.
Tão divino a ponto de talvez desesperar-me.
Dizem eles escarrando sobre mim,
As mais sinceras mentiras, tentando me profanar:
“Filho do prazer – uns afirmam com fervor – Pouco à de viver.”
Mas como em um retruco posso lhes dizer,
Morro sozinho, mas vivo feliz!
Todavia posso asseverar,
Que desses amores que vem e vão,
De todos abriria mão,
E isso, consolido com pontos de exclamação.
Que ainda que deveras tantos amores, O PLENO,
Foi o que senti pelo teu olhar.
Ádito da alma,
Atesto-te (para meu pavor)
Que se neles encontro lumes de amor,
Como poderia abnegar,
Que por teus olhos de infinito gozar,
Poderia eu, a todo resto facilmente postergar.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Gilberto Damiani Martins
Cursando ensino superior no curso de Engenharia de Computação, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Concluiu o ensino médio, sem reprovação, no Centro Educacional Futurão (2012).
Concluiu o Curso Livre em Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa, no Programa de Educação Continuada do Portal Educação.
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93