8 atitudes para acabar com o drama à mesa

Deixe seu filho participar da preparação dos alimentos
Deixe seu filho participar da preparação dos alimentos

Cotidiano e Bem-estar

14/04/2016

Tem criança que come pouco, tem criança que não experimenta nada novo, tem criança que não come nada verdinho, tem criança que só quer guloseimas… E está cheio de mães e pais por aí tensos à mesa por essas e outras razões. Será mesmo que estamos fadados a fazer da alimentação dos nossos filhos uma preocupação constante e um momento de stress para a família toda? Não, não precisa ser assim. E tudo pode mudar com atitudes que você é capaz de tomar. Pedimos para um time de especialistas em alimentação as melhores dicas para você começar a aplicar em casa no próximo almoço (ou jantar) e mudar o rumo dessa história de “não quero”, não gosto”. Dá uma olhada:


1- Conte com a ajuda do seu filho no preparo. Isso começa na compra dos alimentos. “Leve seu filho junto ao supermercado, à feira, ao hortifruti e permita que ele participe da escolha”, sugere a consultora de alimentação infantil Mayra Abucham. Para a especialista, a criança também pode ser uma ajudante na hora do preparo – basta respeitar, claro a idade e habilidade do pequeno. Que tal deixar seu filho incumbido de montar a salada? “Cozinhar a própria comida é muito divertido e passamos essa ideia aos filhos quando eles compreendem que cozinhar não é um trabalho”, diz Bia Goll, cozinheira e pesquisadora de comida. “E assim que a criança já tiver habilidade suficiente, dê autonomia incentivando-a a fazer seu prato sozinha”, recomenda Mayra.


2- Não tenha medo de ousar “Ofereça frutas diferentes além da banana, maçã e pera para estimular a aceitação e o descobrimento de novas texturas, cores e sabores”, indica a nutricionista Priscila Maximino. Segundo ela, você pode também estimular a criança utilizar os 5 sentidos com os alimentos para melhorar a aceitação de alimentos novos. Bia concorda: “Procurar criar pratos com varias texturas, cores e cheiros diferentes gera múltiplos estímulos no cérebro, desenvolvendo ótimos gourmets”. Aliás, deixe pra lá aquela história de que a comida das crianças não pode ser a mesma dos adultos (a não ser que você tenha um bebê que ainda está na fase da papinha) “Não existe comida de criança, existe comida de qualidade para todos. O paladar sofisticado é desenvolvido a partir da infância”, diz Bia. Ou seja, leve seu filho a qualquer restaurante que desejar para que ele experimente as novidades.


3- Não leve stress para a mesa “O momento da refeição deve ser neutro, leve e permitir um bate papo gostoso em família”, diz Mayra. Bia complementa: “Deixar boas lembranças da hora da comida desenvolve um adulto com menos compulsões alimentares e com ótimos registros de comfort food para acalentar”. E isso combina com mais um conselho de Mayra: oferecer sim, forçar nunca!


4- Não experimentou hoje? Tudo bem “Expandir o paladar pode ser difícil para todos, até para um adulto. Quando a gente reconhece isso, passa a desenvolver uma parceria muito bonita e construtiva com a criança. Juntos podem ampliar os próprios limites”, diz Bia. Segundo Mayra, é preciso controlar a ansiedade de fazer a criança comer de tudo. “Tenha paciência. Se o seu filho não comer hoje, experimentará amanhã. O paladar se desenvolve durante uma vida toda”, diz a consultora.


5- Tenha sempre 5 cores diferentes por dia na alimentação
. “Quanto mais cores tiver no prato do seu filho maior o número de nutrientes que ele vai comer. Vermelho, amarelo, verde, laranja… Cada cor indica que há predominância de um nutriente diferente”, diz Priscila


6- Ensine seu filho a gostar de água “Deixe sempre à mão uma garrafinha e, quando sair de casa, lembre-o de levá-la. Tire os sucos e outras bebidas doces do alcance da visão. A água é fundamental para o bem estar geral da criança e até na prevenção de infecções”, ensina a nutricionista Priscila Maximino.


7- Programe as refeições. A criança não decide o cardápio de casa nem o restaurante que a família vai comer. “Em muitas famílias, a criança é quem resolve o que vai comer e que horas quer comer. Isso não é correto, porque ela não tem capacidade cognitiva pra saber o que é melhor”, avisa Priscila. E isso acaba acontecendo quando os pais não fazem uma programação que a direcione. Quando isso acontece, o filho acaba comandando e correndo o risco de não fazer boas escolhas. “Mesmo diante de um pouco de birra, os pais é que precisam determinar qual será o alimento de casa”, orienta a nutricionista.


8- Dê o exemplo. Isso significa comer os alimentos que quer que seu filho coma. Mayra Abucham complementa com outra atitude importante e que faz a diferença: fazer companhia nas horas das refeições.


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* Daniela Folloni


Jornalista, mãe de Isabela e Felipe, trabalhou nas revistas Vogue, Cosmopolitan e Claudia. Acredita que toda mãe merece sucesso, diversão, romance e oito horas de sono

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