(Foto: Agência Estado) Na madrugada do dia 22/11 cedeu um grande pedaço da Ponte dos Remédios
Direito
30/11/2011
Desde de 2006 já foi anunciado que existiam pontes ou viadutos com problemas de estruturas ou má conservação. Em 2007 foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o Ministério Público e a Prefeitura da Cidade de São Paulo, onde a última se comprometeria em concluir 68 obras em pontes e viadutos até 2017, sendo que até agora foram concluídas apenas 8 obras.
Na madrugada do dia 22/11 cedeu um grande pedaço da Ponte dos Remédios na marginal do rio Tietê, onde os pedestres utilizam para percorrê-la. Por muita sorte não ocorreu acidente pior, pois a parte que desabou caiu no rio e não tinha nenhum pedestre no momento pelo adiantado da hora.
Pelo acordo firmado com o MP a restauração dessa ponte deveria ter sido finalizada em fevereiro de 2011, mas nada foi feito. Muitos pedestres informaram que era visível o tombamento da marquise e todos sentiam o desnível.
O senhor Osvaldo Santos Prete chegou a fazer denúncia referente a problemas na ponte, mas nada foi feito. Como sempre, o poder público espera que ocorra a "desgraça" para depois tomar as medidas cabíveis. Mas ainda tem mais, o pior é ter que ver o jogo de empurra de alguns secretários e superintendentes.
O secretário Elton Zacarias pouco quis falar e o que disse foi que a estrutura da ponte não está abalada e o superintendente de obras viárias Régis Gehler informou que não recebeu nenhuma notificação referente a denúncias feitas pelos pedestres e que, se tivesse recebido, já teria sido tomada as providências.
Perguntado sobre inspeções, apenas respondeu que é realizado inspeções periódicas (não especificou de quanto em quanto tempo) pelos técnicos. Agora pergunto: se é feito inspeção periódica, porquê não foi detectado problemas emergenciais nessa ponte? Será que é porque essas inspeções não são feitas com tanta frequência? Ou são feitas, mas não existe interesse público dos políticos em conservar as pontes e sim em construir para que na campanha eleitoral possa mostrar o que fez de obras para a cidade e assim angariar votos.
E cadê o Ministério Público que não está cobrado da Prefeitura aquilo que foi acordado? Nesta hora ninguém aparece para dar a cara para bater e assumir a incompetência de saber administrar, manter e conservar os patrimônios públicos. Só é feito obras nas regiões dos Jardins, Morumbi, Alphaville entre outras regiões de alto poder financeiro, pois nestas regiões moram os próprios políticos, pessoas importantes que se denunciarem a falta de interesse podem interromper com a carreira do político.
A região onde fica a ponte dos remédios está localizada entre bairros periféricos da cidade e o município de Osasco. Essa é a nossa realidade!!!!!
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Thatiana Pinheiro
Curso Básico de Informática na Escola Saliens concluído em 2001; Curso de Bacharel em Direito na Universidade São Marcos não concluído (tranquei no 5º semestre).
Minhas pretensões é retornar à Universidade para estudar Jornalismo.
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