O Funcionalismo Público Federal e as suas Defasagens Salariais

Direito

19/12/2012

Qual é a diferença entre o funcionalismo público federal, formado por pelo menos 90% de pessoas idôneas e totalmente comprometidas com seus trabalhos, cuja maioria se encontra há mais de 10 anos sem reajustes salariais e a classe de juízes federais e políticos, cuja cúpula é composta por pelo menos 99,5% de parlamentares corruptos e descomprometidos com suas promessas de campanhas e que têm os seus exorbitantes salários reajustados todos os anos, sem que nada façam para o merecerem?

Em minha mais do que sã consciência e, também, na de pelo menos 150 milhões de brasileiros economicamente ativos, trabalhadores e cidadãos idôneos, existe uma gigantesca diferença entre ambas as classes, que por si só, já demonstra quem  deve e merece e quem não deve e nem merece ganhar reajustes anuais de salários e, muito menos, o que recebem atualmente: o funcionalismo público federal trabalha e cumpre as suas cargas horárias mensais. Já os políticos, não trabalham, não cumprem as suas promessas de campanhas, não estão nem aí para o povo que obrigatoriamente os elege e ainda comandam o um dos maiores centros de corrupção ativa do mundo. Porém, para todas as nossas autoridades (do passado e do presente), eles são trabalhadores dignos de ganhar salários de marajás, mesmo sem fazerem nada!

Quisera, eu, saber, o que faria (com todo respeito) a presidente Dilma Rousseff e todos os outros presidentes que passaram pelo Governo brasileiro, se os seus referidos mandatos tivessem duração de 11 anos, dos quais, durante 10, os seus salários tivessem sido totalmente congelados.

Será que estes senhores conhecem a palavra “empatia”?
Se a conheceram ou a conhecem, que se coloquem, então, nos lugares de pais de famílias, de pessoas solteiras ou noivas que fazem parte do funcionalismo público federal, cujos salários estão sendo trucidados, mutilados e desvalorizados por um congelamento insano e avassalador que já dura mais de 10 anos!

Nesse âmbito, as músicas preferidas por todos os governos, são os famosos “chorinhos”, onde reclamam com veemência da falta de verba em caixa para reajustar com dignidade os salários dos referidos e prejudicados funcionários e que esta situação pode até gerar um rombo maior do que o buraco da camada de Ozônio se for efetivada. Estranhamente, porém, todos os anos sem exceção, os salários dos juízes federais e daquelas pessoas chamadas políticas, que nada fazem, são reajustados na maior cara-de-pau sem interferência ou choro algum.

Já que o Governo nunca tem numerário para disponibilizar os reajustes salariais das demais classes do funcionalismo federal, onde será que arruma para o reajuste de seus protegidos?

Esta situação talvez tivesse melhora se José Sarney voltasse a ser eleito presidente da República. Após o regime militar, foi somente em seu governo que o funcionalismo público federal jamais passou por congelamento de salários. Pelo contrário, sempre tinha reajustes. De lá para cá, está sendo apenas tortura.

Como águas passadas não movem moinhos, nós, cidadãos de bem e cumpridores de nossas obrigações fiscais e eleitorais, temos muito mais que obrigação de deixarmos as nossas posturas passivas de lado e partirmos para frente de batalha, organizada e pacificamente, em busca dos nossos direitos negligenciados e ignorados pelo poder público que obrigatoriamente elegemos de quatro em quatro anos.

Precisamos dar um basta em nossas comodidades políticas de apenas votarmos e elegermos, para passarmos a cobrar de quem elegemos, todas as suas promessas de campanhas, bem como as prestações públicas de contas para o fim dado ao erário público pelos mesmos.

Nós precisamos reagir o quanto antes!