29/01/2013
Para Aristóteles a ideia de Equidade é a mitigação da lei escrita, por circunstâncias concorrentes em relação às pessoas, às coisas aos lugares e ao tempo, a equidade é o poder que o magistrado possui de julgar conforme seu convencimento, não podendo este esquivar-se de maneira alguma alegando não haver uma lei ou lacunas no ordenamento jurídico.
Em síntese a equidade representa o sentido da justiça em face da razão legal, onde às vezes a não aplicação da lei é relevante socialmente para atender a uma circunstancia em que se não considerada, determinariam uma injustiça legal, pode-se dizer que a equidade é o principio pelo qual o direito positivo se adapta á realidade da vida sócio jurídica, em conformidade com a ética e a razão, assimilada essa noção básica de Equidade gostaria de semear alguns aspectos da responsabilidade compartilhada na questão da saúde, bem como a mudança de mentalidade em relação à participação cidadã, recurso esse que nosso ordenamento jurídico "teoricamente" oferece para uma participação efetiva.
Cito a história que foi extraída do livro "A SOMBRA DO MEDO" em trechos desta publicação há várias descrições quanto à mudança de mentalidade, o Desembargador Renato TALLI nos ensina o episódio dos três pedreiros. “Em uma determinada obra, passou alguém e perguntou a um desses pedreiros: o que você esta fazendo”? “Estou ganhando a vida" Respondeu o 1º, Mais adiante ele faz a mesma pergunta ao 2º pedreiro, o que você esta fazendo? "Estou levantando uma parede".
Logo adiante pergunta para outro, e você o que esta fazendo? pergunta para um 3º pedreiro, que ali trabalhava junto com os outros, a resposta deste foi: “ESTOU CONSTRUINDO UMA CATEDRAL".
Veja senhores que são "Três profissionais, Três indivíduos fazendo o mesmo trabalho, mas não trabalhando de modo igual interiormente". Concordo com magnífico Professor Renato Talli quando nesse livro ele descreve que ninguém vem ao mundo sem a obrigação de remir e de ajudar a redenção mundial, toda pedra tem sua função na catedral, todas as pessoas tem sua importância dentro do contexto geral, assim move-se e caminha a humanidade, os fatos sociais bem como sua causa e efeito, possui relação com a cultura e o modo de pensar dos membros dos diversos grupos, assim funciona a participação cidadã assumindo sua responsabilidade e papel.
Creio que podemos associar o trabalho Voluntário a uma vocação universal de equidade em conjunto com o senso de responsabilidade social, daí a suprema dignidade do trabalho humano, ele se equipara, se nivela, se ombreia, ao trabalho divino, e assim se assemelha o Homem a Deus, “o trabalho é uma das faces pelas quais o homem é a imagem de Deus, seja qual for o trabalho ou profissão”.
Em 08/02/2002 a então prefeita, Marta Suplicy assinou a lei nº 13.325, que veio oficializar a possibilidade de participação efetiva da população nas questões relacionadas à saúde.
Assim a comunidade pode e deve participar como Conselheiro GESTOR, fiscalizando Gestão das UBS(s), esse é um mecanismo de participação cidadã dentro da responsabilidade compartilhada no contrato social.
A comunidade atuando no conselheiro Gestor poderá ajudar a evitar a proliferação da chamada iniquidade na saúde, portanto participe.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
Advogado em SP, Professor no Instituto Brasileiro de Direito, Conciliador Compromissa pelo TJ-SP, Palestrante sobre Justiça Restaurativa. é Pós graduado em Direito Publico na Faculdade de Direito Damasio de Jesus, é Pós graduado em Direito Internacional no Centro Universitário Salesiano, Mestrando em Direito Difusos e Coletivos na Unimes, possui especialização em Direito Penal e Processo Penal,
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