Advocacia é paixão

A advocacia sempre uniu os homens
A advocacia sempre uniu os homens

Direito

15/04/2013

Por mais que a “modernidade” queira impor a ideia de que esta profissão liberal - tão nobre, tão virtuosa -, com o curso do tempo já tenha seguido o rumo mecânico do funcionamento da era pós-tecnológica, continuo com a crença de que advogar, tanto hoje quanto ontem, significa transcender slogans ou verdades pré-concebidas.

Isso mesmo!

O romantismo da profissão não terminou. A advocacia sempre uniu os homens, e continua a fazê-lo. Com a procuração nas mãos, defronte ao seu computador, na sala de audiências ou na tribuna das Cortes, o advogado é único. Ele continua a ser o elo, a fonte, o bisturi humano que clama pela cicatrização das feridas da alma, que pugna pela aplicação do remédio certo a curar o cidadão da dor da injustiça e da voz que ninguém quer ouvir.

Através do advogado, o homem fala. É por meio do advogado que a palavra do homem das ruas ecoa.

Ad vocatus: “aquele que é chamado em socorro”.

Nos dias de hoje, porém, perdoem-me desde já alguns jornalistas, composta na grande maioria por gente pujante e digna, alguns setores da imprensa têm ajudado a banalizar nosso status (na expressão positiva do termo), confundindo-o como a expressão de tudo que envolve mídia, aplauso, vaidade e ego.

Como consequência disso, penso que não podermos ser atores coadjuvantes dessa sociedade do espetáculo. Estamos nesse mundo para outro mister.

É preciso afirmar, nesta mesma ordem de ideias, que não é a advocacia que está a serviço da tecnologia. É a tecnologia que está a serviço da advocacia. Porque tudo o que existe neste mundo pós-moderno, pós-tecnológico, etc, como atividade humana e essencialmente humana, foi substituída por estandartes que ofuscam o gênio humano. E ele, o homem, que um dia foi abençoado com a máxima de ser “a medida de todas as coisas”, perdeu a luz, o brilho... “Não se constroem torres nem naves sem o talento do gênio humano”.

Que nos agrupemos em sociedade (de advogados). Que adaptemos a funcionalidade dos nossos escritórios às necessidades dos novos tempos. Mas que não deixemos de lado o romantismo da profissão! Enganam-se aqueles que afirmam, sem saber, que o espaço para o lado romântico da profissão se foi e se perdeu nas curvas e nas cinzas do passado. Reputo-os – aqueles que assim o dizem – tolos a serviço de um sistema abandonado à sua própria autofagia e que um dia acabará se nesse sistema a inteligência e a sensibilidade humana não interferirem.

Não funcionamos apenas à base da razão. Di-lo a experimentação humana escrita pela própria história.

Iluminismo e romantismo. Razão e intuição irmanados por um mesmo objetivo:

O ORGULHO DE SER ADVOGADO!

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Ricardo Trad Filho

por Ricardo Trad Filho

Graduado em ciências jurídicas pela Pontifícia Universidade Católica Dom Bosco (UCDB); Ministrou aulas como Professor de Direito da disciplina de Teoria Geral do Processo na Pontifícia Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Advogado militante (OAB/MS 7285) desde 1.998; Sócio do escritório Ricardo Trad Advogados Associados S/S. Você também encontra esse artigo no link: www.fatonotorio.com.br

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