Paraná inaugura primeira Incubadora de Escritórios de Advocacia do Brasil

Bandeira estado do Paraná
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Direito

14/12/2015

Universidade Positivo e Instituto Internacional de Gestão Legal desenvolvem programa que foca no empreendedorismo inovador


Os dois primeiros anos de uma empresa são os mais críticos para sua sobrevivência. Se somar isso à falta de experiência gerencial dos profissionais recém formados, a receita, com certeza, tende ao desastre. Uma saída encontrada para esses casos são as incubadoras de empresas, que fazem a ponte entre o conhecimento gerado nas universidades e o mercado, por meio de empresas inovadoras.

 A ideia é que, em um ambiente propício ao empreendedorismo e com apoio gerencial, as empresas tenham melhores condições de desenvolvimento e possam focar em inovação como diferencial. No Brasil existem hoje cerca de 380 incubadoras, que abrigam em torno de 2 mil empresas e geram milhares de postos de trabalho, sem contar os produtos e serviços inovadores que oferecem ao mercado.

 Em geral, as incubadoras são de base tradicional (com foco nos setores tradicionais do mercado) ou de base tecnológica (com foco em empresas que aplicam ou desenvolvem uma tecnologia inovadora), mas a solução já está invadindo novos campos do conhecimento que tradicionalmente não focam em disciplinas de gestão ou empreendedorismo, como é o caso do Direito, por exemplo.

 A Incubadora de Escritórios de Advocacia nasceu justamente para suprir essa carência e, ao mesmo tempo, ampliar o campo de atuação dos profissionais recém-formados. Fruto de uma parceria entre a Universidade Positivo (UP) e o Instituto Internacional de Gestão Legal (IGL), o resultado será o desenvolvimento de jovens advogados que queiram atuar em áreas inovadoras do Direito, com capacitação gerencial e administrativa.

 De acordo com Rodrigo Bertozzi, integrante do Conselho de Administração do IGL, a ideia era revolucionar a área jurídica e atrair novos talentos. “O projeto da Incubadora na Advocacia é o primeiro do gênero no mundo. Foi inspirado nos modelos de incubadoras já existentes em outras áreas, entendendo que o Direito também precisa revolucionar ao longo do tempo”, analisa ele, que acredita que os alunos participantes vão ganhar o conhecimento e experiência que advogados geralmente levam cerca de 10 anos para adquirir.

 

Processo de Incubação

Único no Brasil, o projeto abriu as inscrições em setembro e contou com cerca de 80 alunos inscritos. Desses, 40 foram selecionados para participar da fase de pré-incubação, que tem duração de dois meses e capacita os participantes a estruturar um plano de negócios com foco em inovação na área jurídica. Eles aprendem metodologias de administração e gerenciamento estratégico, como o Canvas, por exemplo.

 Durante esse tempo, eles se reúnem aos sábados e participam de palestras, dinâmicas e consultorias para preparar o projeto que será analisado pela comissão julgadora. Apenas dois planos de negócio passarão para a fase de incubação e, por isso, a preparação deve ser cuidadosa. “Estamos aprendendo muito nessa fase, tanto na teoria, quanto na prática. Já visitamos escritórios de diversas áreas para aprimorar nosso plano de negócios e a expectativa para a apresentação está grande” conta Lívia de Sena Machado, aluna do 10º período de Direito e participante do programa.

 Após a seleção, os dois planos de negócio escolhidos passarão para a fase de incubação. Com duração de um ano, os alunos terão apoio nas áreas de gestão legal e desenvolvimento técnico-jurídico para aprimorar o plano de negócio. “Durante essa fase, as equipes vão amadurecer a ideia aprovada e prepará-la para que, após a fase de incubação, ela vire um escritório de sucesso”, explica a professora de Direito da Universidade Positivo, Thais Lunardi. Segundo ela, a meta é estimular, ao mesmo tempo, a prática jurídica e a inovação nos futuros profissionais. “Ao serem incubados, queremos capacitar os universitários para que eles possam, em pouco tempo, se colocar no mercado de trabalho, de forma autônoma ou em escritórios já existentes”, afirma.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Central Press

por Central Press

Celso Maurício Hartmann

Portal Educação

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