Uso De Agrotóxicos No Brasil

Direito

25/03/2016

O documentário “ o veneno está na mesa 1”, retrata o atual panorama em que se encontra a agricultura no Brasil, no que se refere a política de uso de agrotóxicos. Mostra que a indústria dos defensivos agrícolas encontrou nesse pais mercado fértil. Haja visto que o governo dá incentivos fiscais e proteção legal para diversos produtos altamente nocivos, e que inclusive são rejeitados em outros países.

O filme alerta para os danos severos que o consumo de alimentos contaminados pode causar. Mostra diversos relatos de experiências de camponeses que tem históricos de doenças, na maioria câncer. Denuncia ainda a venda casada no mercado das sementes transgênicas. A produção de alimentos geneticamente modificados (transgênicos) só é possível se tratadas com os defensores químicos (agrotóxicos) que as acompanham, ou seja, é necessário comprar o kit.

Assim, por contato com os diversos tipos de venenos que são obrigados a usar, camponeses estão sofrendo com intoxicações. Os campos são devastados e se tornam inférteis, animais morrem, rios secam, é um cenário de destruição sem fim. 

“Agronegócio: terra arrasada para o povo, e muita grana para os ricos! ”

O documentário “O veneno está na mesa II” revela que no Brasil o agronegócio é visto como um estabilizador da economia, já que gera altos rendimentos para a classe dominante. Porém, esconde as práticas desumanas contra animais, trabalhadores rurais e a agressão ao meio ambiente.

Sob alegações de lucratividade, o agronegócio desconsidera todos os males provocados pelo uso de produtos químicos altamente tóxicos, pelo monopólio da terra e aumento da desigualdade social. Desconsidera doenças, mortes e ainda abre espaço para grandes empresas do ramo de agrotóxicos. 

Assim, Basf, Dow, Bayer, Monsanto, OutPont, Syngenta, entre outras dominam o mercado e contribuem para que a cultura de cultivo com defensivos agrícolas perigos continue livremente. E não é à toa, faturam mais de 15 bilhões por ano. Isso explica muita coisa.

 

Contaminação

 “ A praga é o próprio veneno”.

Dados revelam que a cada 90 minutos alguém é intoxicado, por agrotóxicos, no Brasil. As produções em grande escala na agricultura demandam técnicas ostensivas de combate as pragas. Fato que expõe todo os envolvidos: produtos alimentícios, solo e camponês em risco.

O uso descontrolado de agrotóxicos torna o solo infértil. Com isso, há a necessidade de exploração de outras áreas. Em outras palavras, mais devastação. Já os produtos cultivados são contaminados e, consequentemente, intoxicam a população que os consome. E o Camponês, que tem contato direto como os pesticidas, são acometidos por doenças como câncer, e não é raro mortes.

Fica evidente, portanto, que a praga que tanto tentam combater é menos perigosa que os venenos usados. Visto que os agentes naturais que permeiam e destroem as lavouras não causam tantos danos.

 

Agroecologia

A solução para uma vida mais saudável e livre de agrotóxicos, é a agroecologia. Essa maneira de viver e pensar a, almeja implantar técnicas de cultivo de produtos orgânicos.

A lavoura é tratada com fontes alternativas de coibição de pragas que infestam as plantações. O cultivo de orgânicos não contaminam o solo, camponeses ou alimentos. Embora seja boa para a saúde pública, seja defendida pelos agricultores, a agroecologia não é boa para o agronegócio, haja visto que são produzidos alimentos em pequena escala.

E assim sendo, a pratica não tem o apoio dos grandes empresários do agronegócio, evidentemente. E a falta de respaldo do governo torna esse tipo de iniciativa inviável, pois como os orgânicos são mais caros, as pessoas acabam optando pelos alimentos contaminados mesmo. E o que é pior, nem se dão conta de que estão levando veneno para a mesa.

 

Referências

O Veneno está na mesa I Disponível em: >(https://www.youtube.com/watch?v=_YyUN-g-iR0)<,  Acesso:25/03/2016.

O veneno está na mesa II- Disponível em: (https://www.youtube.com/watch?v=fyvoKljtvG4). Acesso: 25/03/2016