Manifestação da força em indivíduos adultos e da terceira idade

A perda da força muscular está relacionada diretamente com a redução da massa corporal magra
A perda da força muscular está relacionada diretamente com a redução da massa corporal magra

Educação Física e Esporte

29/03/2012

Montoye e Lamphier (1977) relatam que nos indivíduos do sexo masculino, o pico da razão entre massa corporal e força ocorre no início dos vinte anos.

Em contraste, a razão da massa corporal com a força em mulheres pode ter seu pico antes da puberdade.

Fisher e Birren (1947) colocam que o pico de força absoluta em homens e mulheres destreinados ocorre em torno dos 25 anos, decrescendo gradualmente, de modo que aos 65 anos, 80% do pico de força ainda são mantidos. Dados semelhantes foram relatados por Berger (1982), reiterando que o pico da força máxima é atingido entre os 20 e 30 anos de idade, declinando gradualmente até que na idade de 65 anos, a força é 20% menor.

No entanto, acredita-se que para o sexo feminino, valores máximos de desenvolvimento de força tendem a ocorrer na maior parte dos casos, antes dos 25 (MONTOYE E LAMPHIER, 1977; BRANTA CC, 1984). Independentemente da faixa etária, o grau de treinamento é um fator que deve ser levado em consideração quando se analisa o desenvolvimento da força. A partir daí, podem-se esperar valores máximos diferentes dos padrões citados anteriormente.

O mesmo pode se dizer em relação ao decréscimo da força, bastante influenciado pelo treinamento (MONTEIRO et al, 1997).

A perda da força muscular está relacionada diretamente com a redução da massa corporal magra (GRIMBY et al, 1982; FLEG E LAKATA, 1988; SHEPHARD, 1991). Tal perda não ocorre de forma uniforme em todos os grupamentos musculares. Há evidências de que os membros inferiores são mais atingidos que os membros superiores (MURRAY et al, 1985a; SPIRDUSO, 1995).

Outro aspecto importante relacionado à perda da força diz respeito à sua diferenciação quanto ao comportamento estático e dinâmico.

A força estática é em geral mais preservada que a força dinâmica e esforços de contração excêntrica parecem ser mais bem mantidos que os de contração concêntrica (MONTEIRO, 1997).

Aoyagi & Shephard (1992), numa tentativa de explicar uma possível relação causal entre o enfraquecimento e a redução da massa muscular, sugerem que tal processo pode ser decorrente de fatores como o declínio do número de fibras, redução na área de seção transversa ou ambos os aspectos.

Subordinada a estes aspectos, os autores também citam uma provável desenervação em função da morte de neurônios motores, com uma reinervação subsequente de um menor número de fibras.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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