Canelite

A canelite  é também conhecida como síndrome do estresse medial da tíbia
A canelite é também conhecida como síndrome do estresse medial da tíbia

Educação Física e Esporte

28/04/2013

Atualmente existe uma grande procura pela prática de exercícios físicos. Muitos buscam nos exercícios uma forma de manter saúde e qualidade de vida, por objetivos estéticos e também para melhora do desempenho atlético. Dentro dessa perspectiva, da mesma forma que aumenta o número de praticantes aumenta também a incidência de lesões associadas aos exercícios. Uma das lesões mais conhecidas no meio esportivo e principalmente entre os adeptos da corrida de rua é a canelite.

A canelite é também conhecida como síndrome do estresse medial da tíbia ou como periosite medial e caracteriza-se pela forte dor na canela, mais especificamente no bordo póstero-medial da tíbia, a dor esta associada à inflamação das estruturas na região da canela podendo ser uma inflamação do periósteo ou por inflamação de tendões e músculos próximos à tíbia. O periósteo é um lamina fibrosa que reste o osso.

O seu desenvolvimento apresenta algumas características podendo levar a um quadro de micro fraturas ocasionado por movimentos repetitivos ocasionados por estresse local. Alguns dos fatores que predispõem ao seu desenvolvimento:

• Atividades de impacto repetitivo;
• Aumento súbito na frequência;
• Intensidade e duração da atividade esportiva (aumentos no volume e intensidade dos treinos);
• Excesso de treinamento em superfícies rígidas;
• Técnicas de treinamento inapropriadas;
• Mudanças no calçado;
• Desequilíbrios musculares;
• Deficiências de flexibilidade;
• Elevado índice de massa corporal;
• E anormalidades biomecânicas.

A corrida se caracteriza por pequenos saltos repetidos varias vezes sobrecarregando as estruturas dos ossos, de tendões e de músculos. À medida que o individuo começa a correr essas estruturas corporais recebem um impacto que corresponde a cerca de duas a três vezes o seu peso corporal. Conforme aumenta a intensidade da corrida o indivíduo e aumenta a amplitude articular e também a frequência das passadas para manter a intensidade de corrida proporcionalmente aumentando o impacto.

A final de contas na hora da pratica de exercícios físicos o que vale é bom senso, tem que levar em consideração alguns princípios do treinamento com a individualidade biológica, adaptação, sobrecarga, interdependência volume x intensidade e claro o ideal é que a prescrição do exercício seja baseada nos dados da avaliação física que é de grande importância.

Recomendação de Literatura:

http://www.neo.org.br/medicos/pdf/atualizacao_em_lesoes_esportivas.pdf

Edalton Miranda. Bases de Anatomia e Cinesiologia. Editora Sprint.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Marcos Vinicius Casais Barreto

por Marcos Vinicius Casais Barreto

Graduado em Educação Física (FTC - 2007 - Salvador-Ba.), Especialista em Fisiologia e Prescrição do Exercício (UGF - 2010). Atua como Personal Trainer, Avaliador Físico, Instrutor de Pilates e na Preparação Física de atletas amadores.

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