18/04/2014
Grande parte dos jogos e brincadeiras tradicionais que encantam e fazem parte do cotidiano de várias gerações de crianças estão desaparecendo na atualidade devido às transformações do ambiente urbano, da influência da televisão e dos jogos eletrônicos. Pesquisas atuais mostram a importância de resgatar os jogos tradicionais na educação e socialização da infância, pois brincando e jogando a criança estabelece vínculos sociais, ajusta-se ao grupo e aceita a participação de outras crianças com os mesmo direitos. Obedece às regras traçadas pelo grupo, como também propõe suas modificações. Aprende a ganhar, mas também a perder. Na experiência lúdica, a criança, assim como o adulto, cultiva a fantasia, vivenciam a amizade e a solidariedade, traços fundamentais para se desenvolver uma “cultura solidária” na sociedade brasileira atual.
Projeto: festival de jogos e brincadeiras tradicionais |
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Tarefas |
Semanas 1° 2° 3° 4° |
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OFICINAS
Bingo
Objetivos
Desenvolver a memória auditiva
Desenvolver a concentração para a escuta
Identificar o som percebido
Correlacionar o som escutando com a imagem do instrumento que produz o som
Material
Objetos e instrumentos musicais
Imagens dos mesmos objetos e instrumentos musicais
Uma caixa para colocar os objetos e os instrumentos
Cartelas, grãos ou sementes
Tempo
Aproximadamente 60 minutos
Procedimentos
Os responsáveis pela oficina providenciar cartelas, como as de bingo, em que haja figuras de terminados objetos do cotidiano da criança. Para cada imagem deverá haver o objeto correspondente, organizados dentro de uma caixa. Cada criança receberá uma cartela e os grãos ou sementes. Antes de inicias o jogo o responsável apresentará as crianças os objetos produzindo os sons de cada um.
Em seguida, sem que as críticas vejam o adulto produzirá o som de um objeto que esta dentro da caixa, para que eles descubram qual foi o objeto tocado e marquem em suas cartelas, com um grão a figura correspondente. Quem conseguir completar toda a cartela será o vencedor.
Corrente
Atividade
Em grupo
Objetivos
Desenvolver a atenção auditiva
Ampliar o vocabulário
Coordenar a expressão da voz com o movimento corporal
Material
O próprio corpo.
Tempo
Aproximadamente 40 minutos
Procedimento
O adulto pede que as crianças formem um circulo. Ele lançará uma palavra, a criança do seu lado deverá ficar atenta a palavra dita e terá que dizer logo em seguida uma nova palavra que comece com a última silaba da palavra dita, e assim por diante.
Encontrando-se
Atividade
Em grupo
Objetivos
Desenvolver a memória auditiva
Material
Tiras de papel, contendo o titulo de uma canção conhecida
Tempo
Aproximadamente 40 minutos.
Procedimento
O adulto confeccionará pequenas tiras de papel, de acordo com o numero de participantes. Depois, separará o total de tiras em quatro partes, escrevendo o titulo de uma musica conhecida das crianças em cada parte. Ou seja, o adulto escolhera quatro títulos de musicas.
Depois dobrara cada tirinha e pedira que cada criança sorteie uma. A brincadeira é que todos cantem a musica que esta escrita na tirinha, ao mesmo tempo em que andam ou dançam dentro de uma sala.
À medida que cantam, as crianças devem identificar aquela que estão cantando a mesma musica e formarão o grupo. O grupo que se formar mais rápido ganha o jogo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base teórica, de acordo com o medico e psicanalista inglês Donald Winnicott (1896- 1971), a liberdade é fundamental para o desenvolvimento da criança por levá-la a conciliar o mundo objetivo e a imaginação. È dele também a idéia de relação entre a ausência de brincadeiras na infância e os problemas emocionais.
Para desenvolver a função da imaginação depende da experiência, das necessidades e interesses, da capacidade combinativa exercitada na atividade de dar forma material aos seus frutos os conhecimentos técnicos e as tradições, ou seja, os modelos de criação que influência os ser humano.
A brincadeira é de grande importância para a construção do conhecimento da criança alem de propiciar grande prazer para as mesmas. Além de formar opiniões, valores, cultura etc., nas crianças.
Acreditamos que o jogo, como fator motivante e como elemento recreativo e lúdico, estimulando fatores psicológicos (autoestima, confiança, relações, etc.), além dos fatores físicos e sociais, ajuda no processo de aprendizagem. Como Brougére (1998) explica, o jogo faz parte da instrução, e ao mesmo tempo em que exercita a inteligência, promovem o crescimento, boas condições físicas e saúde entre os jovens. Por serem exercícios físicos, tornam-se um meio de introduzir a criança a uma atividade física e pode ser usado para permitir um relaxamento necessário cujo objetivo é propiciar um novo esforço intelectual, ou tornar lúdica a educação corporal, facilitar o aprendizado e promover a socialização.
Evidencia-se que as atividades lúdicas, na escola possibilitam que sejam alcançados os objetivos educacionais que norteiam o trabalho pedagógico, como já foi comprovado por muitos pesquisadores e estudiosos, e que as experiências adquiridas pelas crianças nos seus primeiros anos de vida, são fundamentais para o seu desenvolvimento em todos os aspectos. Neste sentido, a educação infantil pode formar crianças que irão para a etapa de alfabetização, autônomas, críticas, criativas, ou ao contrário, dependentes, estereotipadas, com aversão ao trabalho escolar.
Ter contribuído no sentido de alertar para a importância da inserção das atividades lúdicas, no contexto escolar, e que estas não sejam deixadas em um segundo plano, ou apenas no período do recreio. Desejo, ainda, que este estudo possa servir de incentivo para os professores inovarem suas práticas, e que a partir de agora tenham, nos jogos e brincadeiras, aliados permanentes, possibilitando às crianças uma forma de desenvolver as suas habilidades intelectuais, sociais e físicas, de forma prazerosa e participativa, uma vez que os jogos e brincadeiras são de grande contribuição para o processo de ensino e aprendizagem e não devem jamais ficar fora desse contexto.
Acreditamos que a utilização dos jogos, brincadeiras e brinquedos na educação infantil ainda é, sem dúvida, um tema inesgotável. Novas opções têm se mostrado aos educadores, opções de aliados que vêm se integrando a esse mundo encantado que é a educação infantil. Novas profissões têm surgido na área do lúdico como, por exemplo, a de "brinquedista" e até mesmo os "doutores da alegria" que salvam vidas nos hospitais por onde andam. Creio que este seja um tema para uma nova pesquisa!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola, 1987.
BROUGÉRE, Giles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998
BROTTO, Fabio O. Jogos cooperativos: Se o importante é competir fundamental é cooperar. São Paulo, 1993.
FRIEDMANN, Adriana. O brincar no cotidiano da criança. – São Paulo: Moderna, 2006.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2007 3 edição
OLIVEIRA, Zilma de Morais. Creches: faz de conta & Cia. ET.al – Petrópolis, RJ: Vozes, 1992
www.brinquedovivo.org.br. Autor desconhecido (15/05 as 15h00min)
http://brasil.babycenter.com/toddler/linguagem/imaginacao Autor desconhecido (15/05 as 17:00)
http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/joguinhos.html Valdemar W. Setzer (10/05 as 18:00)
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
Silvia Romano dos Santos Nacionalidade: Brasileiro (a) Estado Civil: Solteiro (a) Idade: 23anos E-mail: Silvia.brtcc@gmail.com Formação Acadêmica Graduação em Pedagogia (concluindo termino em 2014), Faculdade Padrão Unidade III Matutino. Pós- graduanda em Psicopedagogia
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93