A coletividade no jogo de basquetebol deve se fazer presente
Educação Física e Esporte
28/04/2014
O basquetebol é uma modalidade coletiva como as outras, mas é uma modalidade onde o contato físico se faz presente. O basquete é diferente dos outros esportes, pois a característica física do educando poderá lhe dar vantagens ou desvantagens na prática da modalidade. Uma criança com um biotipo privilegiado poderá se destacar mais que outra sem um biotipo não tão privilegiado para a prática do basquetebol.
A educação no basquetebol é importante, pois proporciona uma melhor visão do que vem a ser o basquete. Um esporte de motivador e de inclusão. O desporto vem sendo praticado por crianças e jovens, estas foram analisadas com base em pressupostos do rendimento desportivo. Estes pressupostos foram divididos em quatro grupos: Capacidades Psicomotoras (coordenativas): as ações motoras, as habilidades motoras e as técnicas desportivas são os resultados de processos de aprendizagem sensório-motora; a Capacidade Afetivo-cognitiva: neste grupo se atinge um ponto alto na idade de 9 a 12 anos, a criança mostra a vontade de concentrar-se para aprender; Componentes Psicodinâmicos: para se obter uma boa capacidade psicomotora é preciso variar os exercícios de aprendizagem desenvolvidos para crianças desde cedo; Capacidades condicionantes em cada faixa etária, certos elementos vão ser trabalhados: resistência, força, velocidade e flexibilidade; sempre respeitando a capacidade de cada um.
Os educativos são exercícios como o próprio nome diz, para a educação. Nesses educativos podemos aplicar o manejo do corpo (aquecimento), isto pode causar uma motivação dos alunos. Este esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, nos mais de 208 países filiados a FIBA. A participação, hoje, de pessoas no basquetebol é um número considerável, mas não é o esporte com maior número de participantes no Brasil.
A coletividade no jogo de basquetebol deve se fazer presente, para uma socialização dentro de uma equipe com até doze jogadores. Como qualquer modalidade esportiva o basquete deve ser trabalhado, inicialmente com atividades lúdicas, como mencionado anteriormente, com educativos. Para uma possível inclusão de educandos no desporto é preciso evidenciar a questão da saúde, neste esporte usamos muito as articulações e músculos, braços e pernas e o essencial para todo esporte: a concentração no jogo e treinos. A educação está na maneira de se conduzir a aula, com o transcorrer do ensino, os erros vão sendo corrigidos e a educação vai aparecer no momento do respeito ao próximo.
O professor Rubens Barbosa Rosadas caracteriza a prática esportiva como uma atividade de aprendizagem. Para ele esta atividade pode ter dois objetivos: performance e educação. Considera que a mera experiência motriz, tal como a intelectiva ou afetiva, por si só não educa, apenas treina, mas não o enriquece, nem desenvolve. Isso no seu ponto de vista. O basquete sendo uma atividade física serve como benefício para mente, a pessoa passa, depois de uma atividade física, a relaxar e educar-se de certa forma, porque aprendeu algo, dentre outros benefícios.
O basquete um instrumento de educação, isso pode ser entendido como se o basquete educasse, na realidade esse assunto é discutido por professores, alguns dizem que ele educa, outros não. Na realidade, esse desporto é praticado até por deficientes físicos, com isso percebemos a vontade dessas pessoas em jogar, eles recebem uma certa educação, antes de praticarem a modalidade. Como conteúdo da Educação Física, o basquetebol deve estar presente nas escolas de 1° e 2° graus como jogo e não como prática de confrontos de resultados. Segundo José Maria Cagigal, “o esporte será tanto mais educativo quanto mais conservar sua qualidade lúdica, sua espontaneidade e seu poder de iniciativa”. Daí, porque esporte super classificado, levado ao extremo do tecnicismo, modelado e estereotipado pela necessidade da vitória, não é mais prioritariamente educação.
O basquete é uma modalidade cansativa, pois usamos braços e pernas, por isso, cansativo. Porém, não deixa de ser um esporte de inclusão. Certo professor - coordenador disse: “são pilares fundamentais do nosso trabalho, respeitar e estimular o princípio da inclusão, para permitir a todos os alunos condições de vivenciar a cultura corporal dos movimentos; privilegiando a ludicidade, a competição e o respeito aos limites individuais”. Importante, essa afirmação retrata a educação existente nos esportes, incluindo o basquete. A educação no basquetebol existe quando o aluno, educado por nós, futuros educadores físicos, aprende ganhar e perder, fazer o certo e não o errado; sem esquecer do respeito aos companheiros, adversários e professores.
Questiona-se muito a iniciação da criança no esporte, devido a isso, criaram o mini-basquetebol, essa variação do basquete envolve a faixa etária de 10 a 12 anos. “a categoria mini foi criada por Jay Archer em 1950, tendo como principal objetivo o aspecto de sociabilidade, ou seja, a integração de crianças por uma prática recreativa, formativa e educacional”.
Esse desporto, assim como os outros necessitam da força de vontade do educando. Com essa vontade vai ter um aprendizado adequado, pois participará da aula. O basquetebol, um instrumento de educação, a afirmação deve ser levada em consideração, porque no basquete e em todo esporte, deve existir a compreensão do que pode ser feito durante uma aula ou coletivo de basquetebol. Hoje, vemos a prática da modalidade nas escolas, a valorização do esporte está acontecendo. Atividade física é fundamental para a saúde, não é a toa que a Educação Física está pertencendo a área da saúde, por isso não podemos deixar outra profissão tomar o nosso direito de trabalhar com a atividade física para crianças, jovens e idosos. Direito este, concedido ao profissional da Educação Física.
Cabe ressaltar: o jogo pode e deve estar presente na fase de iniciação, enquanto que a competição se torna um mal nesta fase, e seguramente causará problemas na formação da criança. Tanto na sua formação pessoal,como ser humano , por ser deseducativa, como também na sua formação atlética: pois a competição precoce também não tem valor comprovado na formação de atletas de alto nível.
Concluindo este trabalho, importa salientar, mais uma vez a necessidade de pesquisas, de publicações e sobre tudo, de estudos relativos ao tema proposto. Esta afirmação se torna mais evidente, a partir do número crescente de crianças praticantes do esporte, nas diferentes modalidades.
Referências Bibliográficas
PAES, Roberto Rodrigues. Aprendizagem e competição precoce: O caso do Basquetebol. 3° ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1997.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Ívirton Coutinho Chaves de Oliveira
Licenciado/Bacharel em Educação Física: Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza - CE.
Pós-graduado em Exercício Físico Aplicado à Reabilitação Cardíaca e a Grupos Especiais pela UGF-RJ.
Experiência em Musculação, Brasília-DF e Ginástica Laboral, Brasília - DF. Participou de projeto para o bem-estar e saúde de diabéticos, Brasília - DF.
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