Primeiramente, farei um relato sobre a minha escolarização e experiências profissionais, para depois, em seguida, traçar considerações acerca de minha formação no Curso de Educação Física.
Sou natural de Cachoeiro de Itapemirim, ES e minha infância foi marcada por muitas aventuras que pareciam não ter fim, como peladas na rua, no chão de terra batida, pois, asfalto, ah! Asfalto era lá embaixo na avenida principal. Brincava de pique pega, pique alto, pique pé na lata, carreta de rolimã, arquinho! Perdia a conta de brincadeiras e do tempo que ficávamos na rua até tarde da noite.
Chegava o momento de estudar! Era sob pressão, pois, não gostava muito. Minha mãe dizia: “vai puxar carroça, cavar buraco” e queria que aquele momento acabasse logo. Chegava em casa exausto de tanto aprender a ler e a escrever. Meu contato com os livros, não existia. Em minha casa tinha livro de receita, plantas medicinais, mas, nunca um livro decente. Gibi tinha, mas, não havia de minha parte interesse em ler. Quando chegava a nota baixa da escola, era um problema. Meu irmão, que também não gostava de estudar, falava com minha mãe: “coloca ele pra ler um livro, decorar tabuada”! Era horrível!
Passou o tempo e aprendi a ler na marra, não porque gostava ou tivesse algum incentivo. Aprendi por necessidade e medo das palavras de minha mãe que fluíam no meu ouvido: “olha a carroça e o buraco, hein?”. Com o tempo aprendi a gostar de ler, vendo os mais velhos a falarem que tinha que ler porque ficava mais inteligente. Aprendi a ter mais compromisso com a leitura e com isso fui pegando gosto pela coisa e peguei mesmo. Hoje na universidade posso dizer que cresci muito cognitivamente. Não imaginava que iria ler e escrever tanto assim.
Hoje aprendi a ler vários artigos e a escrever, fazer relatos que não passavam pela minha cabeça. Tenho tanto gosto de ler que não precisa de minha mãe me colocar medo, pois, eu sou professor. E jamais esquecerei as leituras realizadas até altas horas da noite, lendo artigo daqui e dali. Os finais de semana eram destinados a artigos e livros para pesquisar e atividades para postar na plataforma[1]. Mas valeu a pena, pois hoje, dentro da faculdade sei do valor de uma leitura e uma escrita. Sou grato à minha mãe por ter me obrigado a ler aqueles livros, pois, hoje estou aqui relatando um pouco de minha história. E quero compartilhar ainda mais o processo difícil que foi ter chegado até aqui.
CONSTRUINDO A DOCÊNCIA
A partir do momento em que se começa a sonhar, começa, também, um caminho a percorrer. Começou a brotar dentro de mim o “ser professor”, quando iniciei minha caminhada escolar.
Não havia interesse de minha parte em outras disciplinas, mas as atividades de alongamento e queimada despertaram em mim atenção especial na minha escola. A disciplina de Educação Física estava sendo incorporada em mim. Talvez fosse a facilidade em executar os movimentos, e isso me ajudava muito. Sempre gostei de brincar usando o corpo, e qual criança que não gosta de correr, pular, brincar de piques? Pois é, eu era uma criança que gostava dessas e outras atividades. Sempre tive liberdade para brincar na rua onde moro até hoje. Na minha época, não havia essa tecnologia toda, e as crianças passavam mais tempo na rua brincando e interagindo com outras crianças. A violência existia, mas, com menor frequência. Tudo o que era para usar o corpo, eu estava dentro. Sempre fui de brincar até às dez da noite e brincava muito. Na quarta série (3º ano do ensino fundamental) lembro que realizava alongamentos, pois a professora deixava e isso eu achava o máximo. Nessa escola, não havia professor de Educação Física, então, a professora dava uma vez por semana um tempo livre em um campo de futebol com algumas graminhas. Certo dia, perguntei a ela se eu poderia dar alongamento, pois, fazia isso no judô, então, queria mostrar para os amigos. E a oportunidade foi concedida e eu realizei alguns alongamentos e jogamos bola. Foi o máximo. Não entendia muito o significado dessa disciplina, até eu começar a praticar o esporte chamado judô no ano de 1992. Eu via a Educação Física como um meio para ter mais saúde e se não realizasse as aulas, poderia ficar doente.
Meu professor de judô, Pedro Paulo Alves Correia, é formado pela UFES[2] em Educação Física. Nas aulas dele, realizava movimentos com o corpo que hoje entendo que eram experiências corporais da Educação Física. Comecei a perceber que tudo que praticava na aula era o mesmo que fazia na escola, mas o aprendizado ali era mais prazeroso. Entendia que precisava daqueles movimentos para aquecer o corpo para depois lutar. Hoje, meu entendimento realmente está sendo outro. Entendo que a Educação Física vai além de um simples aquecimento ou movimentos corporais. Entendo que todos os movimentos utilizados do corpo dependem de uma disciplina sistematizada, organizada para que eu possa crescer como um verdadeiro ser pensante. A educação que disciplina nos faz pensar como cidadão nos ensina a respeitar as regras da vida e sermos reflexivos em todas as nossas práticas, seja no esporte ou no cotidiano em geral.
O Judô sendo ensinado em conjunto com as brincadeiras recreativas, jogo com bola, "basquetinho" com aro de pneu, ginástica geral, era um sonho. Aprender uma luta com essas atividades corporais era realmente tudo que eu queria.
Dediquei-me muito às aulas de judô, vivenciando todos os movimentos corporais de uma aula de Educação Física. A cada dia crescia a vontade de me tornar um professor de Educação Física. Essa confirmação começou a ser revelada nas aulas de Educação Física nas escolas por onde passei. A partir do momento que iniciei a prática do judô, comecei a desenvolver maior condicionamento físico e, por isso, quando chegava às aulas de Educação Física, tirava de letra todos aqueles movimentos. Sabia alongar corretamente, sabia respirar corretamente e com tudo isso me destacava durante as aulas.
As práticas corporais do judô eram mais técnicas que as práticas na escola. Entendo que meus professores na escola não se importavam muito em realizar movimentos de alongamento ou ensinar conteúdos de treinamento de forma técnica. Era uma forma mais simples.
Com a prática do judô e junto aos professores da escola, pude conversar sobre o esporte, e, com isso, firmou-se o desejo de me tornar professor. Os movimentos físicos no judô e as conversas com outros professores em todo o período escolar foram decisivos para eu decidir o que eu queria ser quando acabasse o período escolar com 17 anos.
Lembro-me de um momento inesquecível na escola quando eu estava cursando o primeiro ano do segundo grau, o atual ensino médio. No meio de uma aula de Educação Física, a professora Rose Meri teve que sair para resolver algo na sala de informática. Os meninos estavam jogando bola em uma quadra e as meninas do outro, quando de repente, uma menina caiu no chão; logo, saí correndo para ver o que havia acontecido, e quando cheguei até a menina, esta estava sem respiração, por causa da queda. Logo, coloquei-a sentada, e fiz um procedimento o qual estava acostumado no judô, quando um aluno novato caía e não sabia fazer o amortecimento de queda corretamente. Descolei os pulmões dela dando uns “tapas” com as mãos abertas nas costas, e fiz uma massagem no diafragma dela na posição deitada. E logo procurei acalmá-la e saí daquela aula como o herói das meninas. A professora gostou muito da atitude.
Cresci ouvindo os mais velhos que iria fazer vestibular para entrar na UFES. Mas algo me incomodava, pois me sentia um pouco incapacitado intelectualmente para realizar o temido vestibular da UFES. O tempo passou e vi esse sonho ir embora, porque dentro de mim sabia que não poderia participar de um vestibular, devido à falta de condições financeiras para morar na capital e manter gastos com alimentação e transporte. Já que estou relembrando momentos de minha infância quero deixar um pouco mais registrado aqui.
Em minha cidade Cachoeiro de Itapemirim, ES abriu um curso de Educação Física em uma instituição particular. Deparei-me com o mesmo problema: a impossibilidade de pagar o curso que era muito caro. Comecei a caminhada como monitor de judô, e tive a oportunidade de praticar este esporte na Educação Física dentro das escolas. Um dia muito especial chegou. Já formado faixa preta de judô, só faltava agora à formação em Educação Física. A paixão de trabalhar dentro da escola, lidar com alunos de todo tipo, foi algo que comecei a vislumbrar e que estava mais próximo de mim.
A ENTRADA NA UNIVERSIDADE
Um amigo meu e professor de judô me convidou para fazer a inscrição do vestibular na UFES na última semana de prazo. Foi um momento mágico, pois, não via meu amigo há muito tempo. Fui à academia por acaso; acaso não, foi Deus quem me pegou pela mão e levou-me até aquele lugar. Quando me falou sobre esse vestibular de Educação Física a distância, oferecido pela UFES, meu semblante mudou, pois vi meu sonho mais perto de se realizar.
Pensar em tudo que passamos em cada momento é muito gratificante. Estava um pouco afastado da academia de judô, onde lá tinha vários amigos e um em especial que está aqui nesse curso de Educação Física. Senti vontade de retornar àquela academia para matar a saudade dos amigos e o Magno logo falou: "abriu uma oportunidade única pra gente! Chega em casa, faz sua inscrição no curso de Educação Física que já está terminando o prazo. Vai, faz e vamos realizar nosso tão sonhado desejo”. Lembro-me como se fosse hoje.
Cheguei em casa, fiz a inscrição e logo procurei um livro para estudar como se redige uma redação e dar umas relembradas em alguns assuntos. Chegou o momento da prova e não poderia ser melhor: eu estava dentro do curso. Nessa época, eu trabalhava em uma empresa de granito e ganhava consideravelmente bem. Depois do horário de trabalho, dava aulas de judô e Jump em uma academia em Vargem Alta, ES. Eu não podia atuar com o judô em escolas, pois não era formado em Educação Física. Porém, para ajudar em projetos sociais, eu poderia. Ganhava pouco, ficava mais barato para a Prefeitura e o Governo. Mas, para uma pessoa que já havia construído uma família, o dinheiro de projeto não dava.
Quando fiz a matrícula no curso, fomos para a aula inaugural no teatro Rubem Braga em Cachoeiro de Itapemirim, ES. A partir dali, minha nova história estava sendo escrita. Marcou muito a minha vida, pois me encontrava no meio de pessoas que compartilhavam o mesmo sonho e desejo. Estava no meio universitário, e me sentia um também. Isto foi muito especial em minha vida. Muitas coisas foram acontecendo, pois havia realizado cursos na área de granito, para seguir em frente e tornar-me um vendedor, pois, ganhava mais. Mas no fundo o desejo não era este. Lembro-me de uma música, Deus do Impossível, da banda Toque no Altar cuja letra é:
Quando tudo diz que não, sua voz me encoraja a prosseguir; quando tudo diz que não, ou parece que o mar não vai se abrir. Sei que não estou só e o que dizes sobre mim não pode se frustrar, venha em meu favor e cumpra em mim teu querer. Deus do impossível, não desistiu de mim sua destra me sustenta e me faz prevalecer. Deus do impossível [...]” (BANDA TOQUE NO ALTAR, 2007)
Esta música retrata o impossível que para mim tornou-se possível. Foi isso que aconteceu na minha vida e na dos meus amigos Camilo Biancardi, Carlos Magno Gomes, Marcelo Biancardi e outros, por isso não a esqueço nunca.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
O aprendizado no curso foi aumentando e logo as portas na minha área foram se abrindo. O meu amigo e colega de curso Camilo Biancardi, juntamente com seu irmão Marcelo Biancardi, me deram uma oportunidade para ajudá-los na escolinha de futsal na escola onde Camilo já atuava havia mais de dez anos como professor de Educação Física. Daí para frente não me via mais como um empregado no ramo de granito e, sim, como um professor.
As oportunidades foram surgindo na escola onde estava trabalhando com o Camilo. Pude apresentar um projeto de ensino do judô para a escola, projeto este construído com conhecimentos adquiridos no curso, principalmente em Didática. Tendo como referência um plano de ensino, formulei um projeto que foi logo aceito pela equipe pedagógica da escola. Estava eu com o conteúdo da Educação Física, o Judô. O projeto deu certo e hoje é o que sustenta minha família. Abandonei a empresa de granito porque iria realizar meu sonho e ganhar muito mais. Mas, tinha certeza que Deus já havia preparado tudo pra mim. Após esta etapa, surgiram novas oportunidades em projetos da Prefeitura os quais desenvolvi por um ano como professor estagiário de Educação Física, atuando com ginástica e atividades esportivas.
Quando venceu o contrato, inscrevi-me no projeto “Campeões de Futuro” do governo do Estado, permanecendo por mais dois anos. Tive experiências muitos positivas. Foram nos estágios que pude mostrar a qualidade do curso mesmo sendo à distância. Os profissionais já formados em outras instituições, que coordenavam esses projetos, ficavam encantados como as aulas estavam sendo desenvolvidas. Planos organizados e planejados, tudo impecável! Pude mostrar, de uma forma profissional, o que estava aprendendo na Universidade.
Foram aparecendo aulas para ministrar como professor substituto de Educação Física em várias escolas de Cachoeiro, ES. Outro fato marcante foi nossa primeira ida até a UFES. Antes, eu entrava nesta universidade como competidor e aluno de judô. Agora estava ali como um aluno universitário. Senti a emoção que meu professor de Judô sentiu quando estudava nesta instituição e outros que falavam a seu respeito.
O curso de Educação Física foi a melhor coisa que vivenciei durante a minha vida como estudante e hoje está sendo realizado o desejo e o sonho de obter uma graduação, ao mesmo tempo uma qualificação para minha vida na docência na qual já estou inserido.
APRENDIZADO E SUPERAÇÕES
Tive muito medo de não conseguir alcançar essa formação, pois não havia oportunidade para que eu pudesse estudar ou fazer esse curso.
Quando iniciei o processo de formação criei muitas expectativas de como aprender a teoria, ganhar mais dinheiro, e fazer o que mais gostava e sem contar, trabalhar com esportes na área educacional.
A construção coletiva durante debates realizados na sala no Polo nos encontros presenciais era um fator muito importante no meu aprendizado, pois mudava até mesmo a maneira de pensar sobre determinado assunto que até então, acreditava ser correto só de um jeito. Mas, o divisor de águas foi quando houve a reconfiguração dos tutores, pois perdemos a presença da tutora Paula Abreu que teve que se mudar para Vitória para cursar o Mestrado. Sabemos que foi uma oportunidade na vida profissional dela que surgia, e nesse ponto, ficamos felizes. Mas, sentimos muita sua falta porque nos ajudava muito nos estudos com seus conhecimentos e com o amor demonstrado por sua profissão.
Lembro-me um momento de grande sensibilidade foi quando foi feita uma homenagem à Fernanda Paiva, nossa coordenadora de curso, no auditório Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas na UFES. Ficamos todos tocados pela pessoa que ela é, autêntica, dinâmica, verdadeira, que luta por esse curso dando sua vida e pelo que representa para nosso curso: “Rainha do Prolicen[3]”.
Os desafios eram muitos, principalmente o estágio que colocaria toda a teoria aprendida até aquele momento em prática. Foram muitos os textos que elaboramos durante o curso e que contribuíram, significativamente, para a nossa formação. E sem contar que tenho um grande número de fascículos com estudos importantíssimos para minha vida docente.
Os diálogos com os tutores foram, sem dúvida, momentos para expressar nossas dúvidas e angústias e que nos ajudaram durante a escrita dos textos. Contribuiu muito para o nosso desenvolvimento. Só tive um momento de estranhamento que foi a reconfiguração da plataforma, mas que foi superado com o tempo de acesso. O estranhamento foi porque estávamos acostumados com a antiga configuração. Tivemos que nos habituar com os novos recursos do sistema.
Não posso esquecer-me do acolhimento de professores e tutores durante os SACs[4] que vivenciamos na UFES. Durante todo o tempo eles estiveram nos orientando, ajudando e sofrendo com nossas dificuldades. Descobri o profissional que sou por meio desse curso que mudou minha vida. Descobertas que sentia, mas não me encontrava. E hoje tenho a oportunidade de aprender valores e crescer, na co-formação com outros amigos como Marcelo Biancardi, Camilo Biancardi, Carlos Magno Gomes, Weverton Santos e outros. Já estou sentindo saudades.
Valeu a pena viver cada momento dentro do curso. Por trás de cada palavra brotava um sentimento inexplicável. As oficinas vivenciadas foram os melhores momentos de minha vida, uma mistura de ser aluno e professor ao mesmo momento. Aprendi muito nas oficinas[5], compreendi que os esportes são conteúdos para serem experimentados pelos alunos de forma critica e reflexiva. Que a intenção não é formar atletas de alto rendimento e, sim, pessoas com uma personalidade construída com autonomia, respeito e educação.
Como é difícil buscar nos originais do tempo e refletir hoje como foi tortuoso chegar até aqui. Nada vem de “mão beijada” já diziam os antepassados. E realmente não é mesmo. Compreendo cada momento que vivi sempre imaginando um dia poder chegar ao nível o qual cheguei. Jamais poderia imaginar que até essa parte do curso estaria de pé. Quantas noites sonhando...
O pior momento era conversar com amigos que puderam de certa forma graduar-se em alguma coisa; e eu mesmo achar que tudo estava perdido, que era até mesmo um fracassado. O que sempre quis era honrar meus pais por tudo que fizeram por mim. Minha maior alegria era poder concluir um curso ainda mais se esse fosse tão suado, tão difícil, tão almejado. É muito fácil apontar para um grupo e dizer que é “mamão com açúcar”, estudar pelo computador, ou seja, com metodologia do ensino a distancia, não sabendo que, por trás de cada clique, tem um pai que cuida da família sem poder dar muita atenção a ela. Lembro-me das lágrimas de desespero para postar as atividades na data certa, a leitura de artigos que mudaram a maneira de pensar, de agir. Discussões com a esposa por causa do computador, textos construídos com o tutor à distância. Tutor não! “Anjos à distância", ajudando sempre, chamando a nossa atenção, “melhora aqui, tá quase, vamos melhorar! É por ai!” Então, o caminho está sendo muito árduo, mas já consigo vislumbrar um futuro como profissional de Educação Física.
Tudo o que foi vivenciado até aqui foi tudo muito real, embora, quando paramos para refletir, parece ser inacreditável até este momento. Lembro muito da primeira apresentação de mídias na UFES, foi um momento que emocionou a todos nós. Cada momento de tensão se devia também à nossas inexperiências com o computador e isto foi algo que jamais irei esquecer. Meus amigos Camilo Biancardi e Marcelo Biancardi ligando sem parar perguntando: Qual programa? Como faz? Onde salvo? Nossa! Era uma tensão muito grande. Mas conseguimos vencer esse monstro chamado computador. Lembro-me quando assistimos à apresentação do amigo Eliseu Gasparini do município de Iconha-ES. Em sua apresentação, contava sua história que emocionou a todos os presentes. A chuva que alagou sua cidade tinha acabado de levar suas memórias, seus registros, fotos importantes, foi comovente esse dia! Pudemos ver tutores que ficaram comovidos com cada história ali contada em forma de vídeo. Foram marcantes as oficinas vivenciadas, professores tão capacitados e que passaram formas diferentes de educar e fazer uso dos desportos.
Aprender as várias formas de desenvolvimento de jogos constituiu-se em uma riqueza pedagógica muito grande e não o jogo com suas regras, ou jogar certo ou errado. Mas, sim provocar o seu lado crítico, de forma reflexiva para uma vida toda. Lembro-me da força que a Coordenadora do curso Fernanda Paiva transmitia para nós, porque quando um líder transmite confiança, todo o grupo fica motivado. E em nenhum momento eu vi a Fernanda Paiva se entregar, apesar dos problemas enfrentados, e a luta para que ninguém fosse de alguma maneira, injustiçado. Isso nos fazia vencer cada obstáculo, mesmo quando tínhamos problemas com internet, computador, tutor, textos, dentre outros. Ela tinha que dar conta de todos os alunos e tutores do Prolicen. Jamais irei esquecer-me dessa guerreira que lutou para que hoje pudéssemos contar nossa história.
Ponho-me a imaginar como entrei nesse curso sem conhecimento algum, tinha somente a prática de um professor e marcas da vida. O corpo chegou, mas faltava algo para ser completo. Cheguei só com o corpo e hoje vejo esse corpo com vida, com o espírito renovado e pronto para transmitir tudo que aprendeu dentro da universidade. Uma das coisas marcantes foram os primeiros textos, sem configuração certa, sem regras da ABNT[6], tutores enlouquecidos com as margens, fontes etc. Hoje estou aqui escrevendo e gostando de escrever. Foi o que o curso me proporcionou: essa riqueza de aprender a ter gosto pela escrita e pela leitura, algo que antes de entrar na universidade não existia em mim.
Aprender a construir de forma sistemática os conhecimentos junto com nossos alunos foi algo que me marcou muito. A aprendizagem em Didática foi o que mais gostei, pois ali aprendi a organizar uma aula e a refletir sobre ela. Minhas aulas tiveram mais vida, e não ficava perdido no que iria apresentar nos conteúdos. Foram conhecimentos que me fizeram crescer como professor. Por isso vale lembrar, quando eu cheguei ao curso em 2008 era somente um corpo. Hoje em 2013, esse corpo ganhou vida através de experiências nunca vividas antes. Com o corpo vazio, as pessoas podem chegar e transformá-lo em marionete, brincam com seu corpo, pois, só existe o corpo. Mas, quando ganha vida, espírito, aí, sim, ninguém brinca mais. O corpo com vida, pleno de conhecimentos, as pessoas passam a valorizar e a respeitar. Era o que acontecia comigo. Faltava o respeito, a confiança de ser formado em um curso de Educação Física. Agora, sim, as pessoas olham para nós com outros olhos, pois sabem de onde vem essa vida, essa força, este conhecimento. Agradeço muito a Deus por esta oportunidade de participar deste curso e levantar Fernanda Paiva, Fernanda Santos, Dalva Camara, Joelma Celin, Valéria Amorim, Paula Abreu, dentre outros. Mulheres que sempre me apoiaram e me ajudaram a vencer muitos obstáculos. São marcas que levarei por toda vida.
Hoje me sinto um professor, educador, articulador para muitos alunos. Entrei no curso pela oportunidade proporcionada, pois sem oportunidade não seria viável realizar esse curso. Sinto-me mais preparado para atuar dentro da escola. E foi isso que sempre sonhei, em trabalhar dentro da escola. Minha mãe fala comigo até hoje: “isso foi o que Deus quis para você, meu filho, não era outra coisa”. Agora estou realizando esse sonho.
As experiências e vivências dentro do curso, através da plataforma, dos diálogos com os tutores, os debates com grupos de amigos do curso, vivências nos estágios, além das oficinas aliados a esses conhecimentos, pude tornar-me um professor crítico e reflexivo em minhas ações. Entendo perfeitamente quando os professores do curso nos diziam que teríamos de ser reflexivos e críticos. Isso será usado dentro das escolas por onde eu passar. Poder passar para os alunos aulas críticas em suas ações e porque não reflexivas? Torno-me um profissional de qualidade e confiante no que estarei exercendo daqui para frente. Tenho certeza que meu trabalho será mais reconhecido por todos, mais do que está sendo na minha vida profissional.
Tudo começou a ter sentido quando comecei a estudar sobre Vygotsky e Piaget. A leitura destes estudiosos me ensinou a importância de o professor aprender sobre ZDP (zona de desenvolvimento proximal). Que a criança se desenvolve a partir da interação com outras crianças e as etapas do desenvolvimento por Piaget. Tudo isto muito contribuiu para entender o mundo das crianças quando pude vivenciar de perto nas intervenções realizadas no estágio. Foi um momento de superação e decisão também.
Decidir se era o que eu queria para minha vida realmente, que professor estava nascendo ali naquele momento, se aquele momento de intervenção serviria para meu aprendizado e desenvolvimento como professor. Posso garantir que foi um momento de superação e mudança de pensamento, principalmente pedagógico. Durante o estágio cresci muito como profissional. Vendo aquelas crianças gritando, correndo, pulando! Pensava: o que estou fazendo aqui? Mas, era meu campo de batalha, tinha que me organizar, planejar como iria vencer aqueles momentos dentro da escola. Foi muito importante passar por essa experiência. Tive vivências importantes de como lidar com alunos agitados e com irresponsabilidades de alguns pais que chegavam com alunos depois do horário de aula, sem nenhuma preocupação com o aprendizado de seus filhos. Se fosse uma vez ou outra tudo bem, mas, não era assim. Mas pensava: quando estiver dentro da escola com certeza poderei ajudar muitos pais, chamando-os para conversar ou até mesmo visitando-os em suas casas para melhor compreensão do contexto de cada família.
ESTÁGIO
Uma experiência que jamais irei esquecer foi uma pesquisa de campo exigida no início do estágio pelos professores desta disciplina e que foi realizada na escola Bernardino Monteiro em Cachoeiro, ES cujo título era “Repensando As Dificuldades Motoras De Forma Lúdica”. Tudo o que eu pensava antes de conhecer o curso de Educação Física não fazia tanto sentido. Precisava conhecer mais a fundo o que realmente era ser professor formado e preparado para lecionar em uma escola. Antes, pensava só o que eu sabia: ministrar atividades lúdicas, brincadeiras, corridas, treinamentos e estava de bom tamanho. Mas, estava faltando esse complemento teórico metodológico que hoje tenho. Precisava da capacitação em didática, como colocar os conteúdos de forma sistemática e a sequência dos mesmos.
Segundo Passerini (2007 apud JANUARIO, 2010, p.1)
O Estágio Supervisionado é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação. Por meio da observação, da participação e da regência, o licenciando poderá refletir sobre e vislumbrar futuras ações pedagógicas. Assim, sua formação tornar-se-á mais significativa quando essas experiências forem socializadas em sua sala de aula com seus colegas, produzindo discussão, possibilitando uma reflexão crítica, construindo sua identidade e lançando, dessa forma, um novo olhar sobre o ensino, a aprendizagem [e] a função do educador[...].
O estágio foi o momento de colocar em prática na escola o que estou aprendendo na universidade e refletir sobre essas práticas no campo de atuação. Tais reflexões puderam ser confrontadas com nossas ideias enquanto professores e batemos de frente com a realidade da comunidade escolar. Quando iniciei a intervenção na escola campo havíamos feito um levantamento da turma antes. Realizamos entrevistas e pudemos observar alguns movimentos corporais feitos pelos alunos. Durante as primeiras aulas foram observados e registrados algumas dificuldades motoras como pular, correr com bola na mão, passar entre os cones etc.
Os alunos apresentavam dificuldades tanto pedagógicas como motoras. Isso me fez refletir que professor eu seria após os conhecimentos construídos no estágio.
Diante dessa realidade, percebemos o quanto a falta de consciência de conhecimentos socioculturais pode interferir no aprendizado e no interesse da criança em participar de atividades propostas em aula. Alunos sem habilidades motoras básicas, dificuldades de relacionamento com outros colegas ou até mesmo em atividades em grupos. Tudo isso observamos nas intervenções pedagógicas feitas na escola campo. Procuramos uma maneira de envolver os alunos durante as aulas e colocar diante deles relações não vividas até aquele momento. Primeiro pensamos qual caminho trilhar para que todos participassem com mais interesse e motivação. Muitos alunos não haviam vivenciado experiências motoras orientadas na educação infantil. Sabe-se que, se não houver uma intervenção nessa faixa etária na qual eles se encontram, nas demais etapas terá muito mais dificuldades de assimilar movimentos complexos.
Não tivemos informações ou relatos de como alguns professores de Educação Física atuaram ou desenvolveram movimentos corporais que marcariam a vida dessas crianças. A questão era refletir sobre o que poderia realizar dessa etapa para frente. Ou seja, como pensar na solução desses problemas motores/pedagógicos sem entrar em monotonia? Ou seria prosseguir fazendo com que os alunos continuassem os mesmos, sem avançar e conhecer outras intervenções pedagógicas? Como se daria isso? Foi pensando em nossa prática e pesquisa dentro da escola/campo que procuramos colocar em prática tudo o que conhecemos até este momento. O planejamento fez uma diferença muito grande na intervenção, então, o que seria esse planejamento? Quando fizemos a pesquisa de como era a escola, o que os alunos realizavam e quais eram as dificuldades apresentadas, pudemos, então, planejar os conteúdos de acordo com a realidade daquela turma. Como professores em formação, aprendemos que tudo deve ser planejado, principalmente nossas aulas. Quando ministramos as primeiras aulas, observamos que quando seguíamos o plano, as aulas ganhavam maior organização e uma sequência muito importante. Não havia dúvidas e nem ficávamos perdidos no conteúdo a ser aplicado.
Em todas as aulas, conversávamos muito com os alunos e fazíamos sempre perguntas como: Foi difícil? Gostaram? Gostariam de realizar outra vez? E víamos como eles estavam encantados com essas aulas. E quando chegava o momento de ir embora, nem percebiam que o tempo havia passado.
Por diversas vezes, refletimos como é importante nessa faixa etária a elaboração de atividades de forma lúdica como brincadeiras, jogos e tempo livre. Desta maneira, concluímos que era uma forma de recompensá-los. Toda vez que deparávamos com alunos que não tinham coordenação motora para correr segurando uma bola, ou pular por cima da corda desajeitadamente, víamos a oportunidade de intervir e ajudar a superar as dificuldades. Adotamos essa forma de “recompensa lúdica” para que o interesse e a autoestima desses alunos pudessem mudar a partir daquele momento. Todo início de aula, dávamos uns dez minutos livres, para jogar bola, dedobol, pular corda, montar quebra cabeça etc. Sem contar que era uma maneira de alguns alunos chegarem, pois, estavam atrasados para a primeira aula do dia. Isso ocorreu durante toda intervenção nessa escola. Em todos os momentos estavam fazendo o que mais gostam: “brincar”. E aprender brincando é a maior recompensa que uma criança pode ter. E com esse clima de motivação, os alunos tiveram um crescimento muito satisfatório durante a intervenção.
O momento do estágio foi muito importante para meu desenvolvimento e crescimento como futuro professor de Educação Física. Foi o momento de colocar os conhecimentos adquiridos durante o curso e poder experimentar a própria autonomia na elaboração e execução de planos de aulas e objetivos. Pude ver realmente na prática o que realmente funcionava, quais eram as dificuldades de alguns alunos em aprender, entender e realizar algum movimento que dependia de mais práticas e isto exigia maior atenção da parte do professor. Tive esse momento de atenção durante o aprendizado desses alunos devido ao fato de, muitas vezes, nas minhas séries iniciais, o meu professor passava por cima e não me corrigia. Foi grande o prazer de contribuir de forma significativa para que os alunos não desanimassem ou não ficassem constrangidos durante o processo de aprendizagem. Vimos que é muito importante entender os alunos e intervir em suas dificuldades. É gratificante quando vemos os resultados e alegria de cada um. Espero ter contribuído no início do aprendizado desses alunos. Foi um crescimento e uma experiência que só quem realizou esse tipo de experiência pode contar.
Estou realizado, pois, o que coloquei em prática foi tudo o que não tinha antes de ingressar no curso. Todas as teorias que faltavam, hoje vejo como é importante não saber somente fazer e, sim, como fazer. Estou certo de que o caminho é esse: ser professor: é o que quero seguir. Muitas experiências estão para ser vivenciadas, mas, com a certeza de que estou mais bem preparado.
Cresci muito no curso como professor, pai, filho, em tudo sou grato a Deus por esse momento tão rico de minha vida. São conhecimentos que ninguém poderá tomar de mim.
Espero poder continuar essa experiência e explorar novos caminhos como realizar experiências de iniciação esportiva de forma lúdica, como relacionar o lúdico em etapas iniciais da educação infantil. Quero muito poder voltar aos estudos sobre o comportamento dos alunos e aprofundar mais sobre a intervenção de alunos com dificuldades motoras. Porque houve essa dificuldade? Veio da cultura da comunidade de onde vive? Houve decepções no início da aprendizagem escolar? E como poder resolver esses problemas de forma participativa no aprendizado e fazer com que reflitam durante suas práticas? São questões que, enquanto professores, temos que refletir continuamente, buscando respostas em todos os espaços que nos rodeiam. Essa é uma linha de pesquisa que pretendo aprofundar adiante.
Consideramos que toda intervenção deve ser realizada após um diagnóstico realizado na escola campo de trabalho, para que possa iniciar um planejamento tendo por referência a realidade daquela escola e comunidade. Neste processo pude ser acompanhado pela professora Dalva Camara há qual muito agradeço pelas orientações nos textos de estágio e planos de aula, como também agradeço à equipe de professores da UFES, responsáveis pelo estágio supervisionado.
Tive a oportunidade de escrever ou pelo menos tentar escrever textos sobre minhas experiências docentes. E lembro muito bem minha dificuldade de escrever um texto meta-reflexivo. O curso me deu a oportunidade de crescer e superar muitos desafios como os da escrita e como lecionar dentro da escola, me sentindo como um professor realmente.
EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA
Sobre o ser um professor pesquisador que sempre ouvi no curso; quero relatar outra experiência. Quando iniciei no curso minha filha era recém-nascida. Então, comecei uma pesquisa dentro da minha própria casa. Comecei a pesquisar as etapas do desenvolvimento dela e tudo que era mostrado nos textos sobre Piaget eu reparava em minha filha. Tudo foi acontecendo de forma extraordinária. Vi um vídeo que Piaget falava sobre uma criança de dois anos com o rosto pintado, ela não conseguia identificar aquela pintura no espelho. E fiz isso com minha filha e realmente quando coloquei em frente ao espelho ela nem viu a diferença. Quando ela estava para completar seus quatro anos ai fiz outra vez, e na mesma hora ela conseguiu identificar no seu rosto em frente ao espelho. Isso será inesquecível em minha vida. Tais conhecimentos me oportunizaram transferir os conteúdos para minhas aulas, onde trabalho com crianças de três anos até a fase adulta. E tudo que vimos no curso eu vivi em experiências dentro da escola. Os mais novinhos imitando os mais velhos, as etapas sendo respeitadas pelas crianças, tudo muito significante como professor. Posso dizer que sou pesquisador, mediador, profissional mais capacitado, e com toda força, eu sou um educador.
Quando entrei no curso fiquei muito focado em conhecimentos que poderiam me ajudar com o esporte em si e durante o curso que poderia ir muito adiante. Então pude entender o significado do esporte, dentro das aulas de Educação Física. Não teria que me preocupar em tornar ninguém um atleta de alto rendimento, e sim através do esporte como conteúdo da Educação Física, relacionar tudo sobre os esportes de forma crítico-reflexivo.
CONSIDERAÇÕES AOS NOVOS CANDIDATOS AO CURSO
Aos candidatos que querem entrar para o curso de Educação Física ficam minhas considerações. Não basta só querer ser mais um professor, seja por vaidade ou por ter maiores habilidades ou facilidade motora, ou ser um atleta ou porque era o sonho de algum parente. Tem que amar o que faz, o que irá aprender e como irá ensinar de forma construtiva e reflexiva esse aprendizado. Como diz Rubem Alves no vídeo Aprender a Aprender (2008) “tem que amar as crianças, e não basta amá-las, tem que ter vontade de ensiná-las” (ALVES, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredito que essas vivências ajudarão no desenvolvimento desses alunos no futuro, transformando-os em cidadãos pensantes e ricos em cultura. Muito bons os Seminários Articuladores de Conhecimentos que tivemos com aqueles coffee break caprichados. Risadas marcantes nos encontros. Tais eventos nunca sairão da memória. Apresentações em vídeos e textos e que textos! Muito significante a troca de tutores no nosso Polo, pois sentimos saudades de uns, aprendemos a amar e admirar outros. Que bom que estamos chegando à reta final, parece um sonho mesmo. É uma pena deixar as amizades que construímos dentro do curso, sei que poderemos nos encontrar, mas esse vínculo criado durante as avaliações, conversas no polo, tudo ficará marcado. A alegria da coordenadora Joelma em saber que os alunos de Educação Física estavam no Polo e sua alegria contagiava. São emocionantes essas memórias.
Estou pronto para atuar nas escolas, pois foi isso que aprendi no curso. Amar as crianças e o trabalho que escolhi para mim. Não tenho dúvidas que era isso mesmo que queria. Estou me saindo um profissional mais completo tanto em conhecimentos teóricos como em práticas. Irei me especializar em didática, pois foi onde me identifiquei melhor. Espero contribuir para um futuro melhor, e tornar meus alunos seres pensantes. Participar qualitativamente do desenvolvimento de cada aluno que passar por mim. Guardo na memória todos esses momentos do curso de Educação Física Prolicen-Ufes. Penso novamente nas palavras de Rubem Alves em “O Educador” (2008) que diz:
O estudo da gramática nos faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das “ciências da educação” não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer [...] (ALVES, 2008).
Por isso, nesse curso eu nasci e renasci a cada dia. E posso dizer que as Fernandas Paiva e Santos, a Dalva Camara, as Paulas Abreu e Grippa, a Valéria Amorim, a Joelma Celin, o Bernardo Santana, os demais tutores, professores e todos os meus amigos de curso me ajudaram a nascer de novo.
REFERÊNCIAS
DEUS DO IMPOSSÍVEL. Rio de Janeiro, Nova Iguaçu,. Disponível em: <http://www.lastfm.com.br/music/Toque+no+Alta> Acesso em: 12 set. 2013
JANUÁRIO, Gilberto. O Estágio Supervisionado e suas contribuições para a prática pedagógica do professor. Tese de Matemática, 2010. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/MATEMATICA/Artigo_Gilberto_06.pdf> Acesso em: 4 abr. 2013.
O EDUCADOR. Coleção Aprender a aprender: Os quatro pilares. Direção e Edição de Paulo Aspis. Realização da Atta. Mídia e Educação. Vídeo: 28:05 m, son., color, 2008. Disponível em: <http://aminhabusca.blogspot.com.br/2008/05/o-educador-rubem-alves.html> Acesso em: 12 set. 2013
NORMALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES. Plataforma online do Curso de Educação Física/Prolicen. Universidade Federal do Espírito Santo. Disponível em: <http://www.ef.neaad.ufes.br/pluginfile.php/3769/mod_resource/content
/1/Atividades%20Complementares%20Alterado%202010.pdf> Acesso em: 23 out. 2013
________________________________________
[1] Ambiente Virtual de Aprendizagem
[2] Universidade Federal do Espírito Santo
[3] Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício no Ensino Fundamental e no Ensino Médio
[4] Evento acadêmico-cultural presencial dedicado à reflexão coletiva do conhecimento, buscando articular os saberes mobilizados no currículo e sua relação com a prática profissional e o processo de formação inicial.
[5] Evento acadêmico-cultural presencial o tempo institucional de vivências de práticas corporais que constituem objetos de ensino específicos da Educação Física.
[6] Associação Brasileira de Normas Técnicas
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Francisco de Assis Damaceno Pereira
NOME:FRANCISCO DE ASSIS DAMACENO PEREIRA
DATA DE NASCIMENTO:22/02/1982
END: CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM ES
PROFISSÃO: PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93