Idosos e práticas de atividade física

Ajuda a manter os músculos, os ossos e as articulações fortes
Ajuda a manter os músculos, os ossos e as articulações fortes

Educação Física e Esporte

14/02/2015

A capacidade funcional no idoso é resultado do cuidado preventivo, envolvendo alimentação, atividade física, atividade mental e equilíbrio emocional, incorporados no decorrer da vida (BARBOSA, 2012).


O declínio do nível de atividade física, aliado à adoção de hábitos alimentares pouco saudáveis, como a adesão a uma dieta rica em alimentos altamente energéticos e baixa concentração de nutrientes, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e refinados, o consumo excessivo de nutrientes, como sódio, gorduras saturadas, trans e açúcares simples e a redução no consumo de alimentos como frutas, verduras e legumes e alimentos integrais têm relação direta com o aumento da obesidade e doenças como o diabetes e a hipertensão (BARBOSA, 2012).


A atividade física regular e com a intensidade adequada à idade mantém os músculos, os ossos e as articulações fortes e os perfis hormonais e sanguíneos dentro dos índices de normalidade, e as funções imunológicas e intestinais equilibradas.
Também contribui para a prevenção de doenças dos ossos e articulações dentre outras. É muito importante manter a atividade física por toda a vida, pois as pessoas que estão em forma fisicamente desfrutam mais da vida, do trabalho, dormem melhor, ficam menos doentes e, provavelmente, terão uma maior expectativa de vida, envelhecendo com saúde. A atividade física beneficia as pessoas doentes ou enfermas, bem como as pessoas idosas. Contribui para maior mobilidade, equilíbrio e flexibilidade, aumentando a autonomia, autoestima e autoimagem (BARBOSA, 2012).


Os exercícios físicos também têm importante papel modulador do sistema imunológico no qual, os estímulos físicos como intensidade, duração, frequência e tipo de atividade física podem alterar o funcionamento do sistema imunitário.


Exercícios físicos moderados tendem a serem benéficos para aprimorar a resposta imunológica, pois melhoram a expressão de linfócitos, monócitos e neutrófilos, reduzem a produção de citocinas pró-inflamatórias, causam diminuição de infecções oportunistas e aceleram o processo de cura (RODACKI, 2012). Estes benefícios ao sistema imune tendem a ocorrer principalmente nos indivíduos que ingerem antioxidantes adequadamente.


A sarcopenia é a perda involuntária da massa muscular esquelética, que ocorre com o avançar da idade. São vários os fatores que acarretam essa perda da massa muscular e consequentemente perda da força muscular. A massa muscular diminui cerca de 3-8% por década após a idade de 30 anos e esta taxa de queda é ainda maior após os 60 anos. O total da área transversal do músculo diminui em cerca de 40% entre as idades de 20 e 80 anos (RODACKI, 2012).


A redução na produção de hormônios anabolizantes prejudica a capacidade musculoesquelética em incorporar aminoácidos e sintetizar proteínas, o que pode ajudar a explicar a redução na capacidade do idoso em aumentar o volume muscular. A inflamação tem sido apontada com fator chave associada à perda progressiva da massa magra durante o envelhecimento (RODACKI, 2012).


A prática de exercício físico e o consumo de nutrientes com propriedades anti-inflamatórias podem reduzir o nível de doenças crônicas e o quadro de inflamação crônica e auxiliar na melhora das funções do sistema imunológica e neuromuscular em idosos (RODACKI, 2012). Entre os anti-inflamatórios naturais mais potentes estão o açafrão e os peixes ricos em ômega-3.



A partir do crescimento do número de idosos, cresce também a morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis, ressaltando cada vez mais a necessidade de profissionais capacitados, com estratégias preventivas e conceito de saúde atualizado, para o planejamento adequado das políticas de saúde, atendimento e cuidado dos idosos,
tendo em vista que a maioria deles pertence a níveis socioeconômicos e educacionais desfavoráveis (MECCA, 2012).


Para as pessoas constitucionalmente mais saudáveis e que cuidaram melhor de si mesmas ao longo dos anos, a velhice tende a conduzir a mais saúde, sabedoria, autodeterminação, compreensão, paciência e tolerância (BARBOSA, 2012).



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, MARILU. A importância da alimentação saudável ao longo da vida refletindo na saúde do idoso. 41f, 2012. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica – 3° edição, do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Nutrição Clínica, 2012.


MECCA, MARITA SCARPIM. Influência da composição dietética nas alterações cognitivas de idosos, 70f, 2011. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Especial do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Educação Especial, 2011.


RODACKI, CINTIA DE LOURDES NAHHAS. Efeito da atividade física associada à suplementação de óleo de peixe sobre a resposta neuromuscular e imunitária de idosas.208f, 2012. Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do Título de Doutor em Educação Física do Curso de Pós-Graduação em Educação Física, do Setorde Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, 2012.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Walisson Junio Martins da Silva

por Walisson Junio Martins da Silva

Mestre em Alimentos e Nutrição-Unesp. Especialista em Qualidade de Vida e Gerontologia. Graduado em Bacharelado em Bioquímica. Licenciado em Ciências Biológicas e em Química.

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