As Funções Fisiológicas E As Qualidades Físicas Na Criança
Educação Física e Esporte
06/05/2015
Segundo Campos (2000) as funções de praticamente todos os sistemas fisiológicos e a maioria das qualidades físicas melhoram até o completo amadurecimento, depois disso permanecem estáveis por um período de tempo e começam a declinar com o avanço da idade.
A habilidade motora: aumenta com a idade atingindo um platô na puberdade e está relacionada a fatores endócrinos, neuromusculares e também pelo aumento das atividades da criança. (CAMPOS-2000)
A força: A força muscular aumenta conforme o aumento da massa muscular e adaptação do sistema nervoso. Altos níveis de força são impossíveis antes do sistema nervoso amadurecer.
Durante a infância, o tamanho do corpo e composição corporal são modestamente relacionados com a força muscular. No entanto, na puberdade a força está relacionada ao tamanho corporal, à massa muscular e ao somatótipo. Nas crianças a taxa de ganho de força durante a maturação varia muito e a força medida na infância não é um bom indicador de força na fase adulta. (CAMPOS, 2000)
A capacidade anaeróbica: De acordo com Campos (2000) embora a capacidade anaeróbica aumente através de toda a infância ela é muito menor e limitada na criança em comparação com o adulto. Weineck (1999) ressalta que durante a execução de um treinamento de resistência durante a infância os métodos e programas bem como a dosagem da intensidade e duração do estímulo devem se adequar às condições fisiológicas desta idade.
A capacidade aeróbica: Crianças e jovens apresentam, sob o ponto de vista metabólico e cardiopulmonar, grande capacidade de resposta a estímulos da resistência com mobilização aeróbica de energia (WEINECK, 1999).
Segundo Campos (2000) a capacidade máxima de consumo de oxigênio (VO2 Max.) é muito menor na criança que no adulto e aumenta proporcionalmente com o crescimento.
Weineck (1999) coloca que a proporção do aumento do VO2 Max e com isto da capacidade de resistência aeróbica relaciona-se igualmente ao crescimento e ao treinamento.
A resposta termorregulatória ao exercício: Crianças produzem mais calor metabólico durante o exercício do que os adultos e têm uma precária habilidade de remover este calor via suor. Isto faz com que a criança seja menos tolerante a exercícios prolongados, principalmente em ambientes quentes, pois isso também requer um maior período de tempo para aclimatação quando pratica exercícios em lugares quentes. (CAMPOS, 2000)
A flexibilidade: segundo Campos (2000) tende a diminuir no período de seis a oito anos e depois volta a aumentar até os dezoito anos. O exercício afeta positivamente os níveis de flexibilidade, mantendo-os ou até aumentando-os.
A musculação, quando bem programada e orientada para as crianças, ajuda a manter e até mesmo aumentar esta qualidade física imprescindível para a eficiência dos movimentos, para a diminuição dos riscos de lesões e para melhoria de postura articular.
O Nível de atividade física diminui continuamente durante a infância e adolescência e as meninas tendem a ser fisicamente menos ativas do que os meninos. O comportamento de atividade física em crianças e jovens é associado a complexos fatores demográficos, ambientais, fisiológicos e psicológicos.
O sexo e a idade estão entre os mais fortes determinantes da participação em atividades físicas. A atividade física em que as crianças experimentam a melhoria da autoeficácia sobre o exercício parece ser as mais produtivas e procuradas durante o período de crescimento.
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por Colunista Portal - Educação
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