Métodos E Programas De Treinamento De Força Na Criança

Educação Física e Esporte

06/05/2015

Weineck (1999) utiliza uma separação por faixa etária no programa de treinamento de força na infância.

Idade pré-escolar: nesta fase do treinamento de força empregado é diferente do comumente utilizado. Basta a compulsão das crianças se movimentarem todo o tempo para que haja um desenvolvimento do aparelho motor ativo e passivo e para que haja estímulo suficiente para o crescimento ósseo e desenvolvimento muscular.

Primeira idade escolar: nesta fase utiliza-se o treinamento dinâmico, em função da baixa capacidade anaeróbia apresentada pelo organismo infantil e das condições desfavoráveis destes organismos para o trabalho estático. Em primeiro plano deve estar o treinamento para força rápida.

Idade escolar tardia: nesta fase há um fortalecimento de diversos grupos musculares através de exercícios com cargas que superam o peso do próprio corpo.

Pubescência: devido a um grande crescimento longitudinal seguido de uma fase desarmônica das proporções corporais, nesta fase, a possibilidade de executar exercícios de alavanca é sempre desproporcional ao potencial de desempenho da musculatura. Nesta faixa etária, a força geral deve ser paralelamente desenvolvida com a força específica e os seus requisitos próprios do condicionamento. Sendo que a força básica geral é treinada através de circuitos, de lutar, de empurrar e puxar e de exercícios com bola, corda, etc.

Adolescência: esta é a fase de maior resposta ao treinamento de força onde se observam os maiores aumentos de força. De acordo com Júnior (1998) a montagem de um programa de musculação para crianças deve ter os seguintes aspectos: na montagem da série deve-se optar por exercícios globais, evitando-se exercícios unilaterais, respeitando intervalos e períodos de recuperação mais prolongados do que para os adultos. O tipo de força a ser treinado é resistência muscular localizada.
Um programa básico de exercício para criança deve durar em torno de 20 a 60 minutos, no máximo 3 vezes por semana. Conforme a criança fica mais velha, é interessante desenvolver outros componentes da aptidão física, escolhendo um equilíbrio nos exercícios, respeitando a individualidade biológica e cognitiva.
Segundo Campos (2000) as características gerais do programa de musculação para crianças são:

Os exercícios devem ser escolhidos de acordo com a faixa etária da criança, com o nível de condicionamento, de conhecimento e coordenação, assim como a experiência prévia.

Programa
O programa deve conter alongamentos e exercícios de aquecimento no começo da sessão. Na parte principal da aula os exercícios que envolvem grandes grupos musculares devem preceder os que envolvem menores músculos. Ao final da aula, exercícios de volta à calma.

Sobrecarga
A sobrecarga após o processo de adaptação deve ser tal que permita a criança realizar uma média de 10 a 15 repetições por série.

Frequência
A frequência deve ser em média de 3 a 4 vezes por semana para ganhos gerais de condicionamento.
Número de séries
O número de séries pode variar entre 1 e 2 na fase de adaptação e entre 2 e 3 nas crianças já adaptadas.

Número de repetições
O número de repetições é em média de 15 a 20 repetições na fase de adaptação e de 10 a 15 em crianças mais adaptadas.

Período de descanso
O descanso entre as séries não precisa ser muito grande, em torno de 30 segundos a 1 minuto.

Amplitude
A amplitude deve ser a máxima que a articulação permita, sem diminuir a segurança do exercício.
Devem ter exercícios aeróbicos como complementos do programa de musculação.
De acordo com CAMPOS (2000) a periodização é uma boa forma de efetivar os benefícios de treinamento resistido e evitar o excesso de treinamento. Nas crianças, além da alternância de volume e intensidade, a periodização deveria incluir mudanças também de exercícios.

Para se periodizar um programa de musculação, CAMPOS (2000) sugere várias maneiras:

• Alterar a sobrecarga
• Alterar o número de séries
• Alterar o número de repetições
• Alterar os exercícios utilizados
• Alterar a ordem dos exercícios
• Alterar o intervalo entre as séries
• Alterar as técnicas de treinamento
• Alterar o número de exercícios para determinado grupo muscular.

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