O basquete masculino passou por uma grande crise no século XXI.
Educação Física e Esporte
14/05/2015
A equipe de basquete masculina ganhou notoriedade nas décadas de 60 e 70. Já a feminina transformou-se em uma das potências mundiais do esporte na década de 90.
Para que você entenda melhor essa questão histórica, torna-se necessário dividi-la em participações masculinas e femininas.
“No masculino já fomos considerados uma equipe poderosa!”
A seleção masculina de basquete foi 3 vezes 3ª colocada em Olimpíadas (1948, 1960 e 1963), 2 vezes 1ª colocada em Jogos Pan-Americanos (1971 e 1987) e 1 vez vice-campeã em Campeonatos Mundiais (1970).
Jogadores como Wlamir, Rosa Branca, Marquinhos e Carioquinha destacaram-se nessa época com um estilo de jogo extremamente rápido e criativo, e que, muitas vezes, lembrava o nosso futebol da década de 70, nos seus áureos (Brilhante, magnífico.) tempos.
Porém, quando se estuda sobre a história desse esporte em território nacional, deve-se lembrar da grandiosa conquista nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (EUA) em 1987.
Nessa competição o time brasileiro conseguiu uma surpreendente vitória contra os norte-americanos, após reduzir uma vantagem de 20 pontos, contra os donos da casa.
Havia 20 anos que a seleção de basquete norte-americana colecionava títulos em seu próprio território, sendo considerada uma potência na modalidade.
Com uma apresentação majestosa do ala Oscar, Paulinho Villas Boas, Marcel e Rolando, o Brasil conseguiu um feito que a maioria das pessoas considerava impossível.
Muitos historiadores e cronistas esportivos relatam que foi a partir dessa derrota que os Estados Unidos, através da NBA, pleitearam a entrada dos jogadores profissionais americanos nos campeonatos amadores, com o receio de perder a sua supremacia.
No início do século XXI, o basquete masculino acabou mergulhando em uma terrível crise de identidade, pois a renovação de jogadores demorou a acontecer, culminando com uma crise de patrocínio, desaparecimento do público e evasão de jogadores para países estrangeiros, demonstrando a incompetência em sua ausência por quase 20 anos dos Jogos Olímpicos.
Falta de comando, jogadores sem motivação, sempre deixando a seleção brasileira em um segundo plano e desorganização na CBB, contribuem ainda mais para esse quadro caótico.
“Hoje somos muito mais que uma equipe de respeito! Viva as nossas meninas!”
O basquete feminino brasileiro participou pela primeira vez de uma olimpíada em 1972, ficando em 7º lugar. Foi 1º lugar em 3 Jogos Pan-Americanos (1967, 1971 e 1991) e em campeonatos mundiais, uma vez 3º lugar (1971) e uma vez campeã (1994).
Além desses títulos, devemos lembrar o 2º lugar nas Olimpíadas de 1996 e o 3º lugar nas Olimpíadas de 2000 e o 2º lugar nos Jogos Pan-Americanos de 1999.
Da mesma forma que o masculino, o basquete feminino destacava-se devido ao estilo de jogo rápido e muito técnico, apesar da pouca estatura de algumas atletas.
Nomes como Maria Helena, Norminha, Hortência e Paula, dentre outras, destacavam-se no meio esportivo, sendo as duas últimas participantes incluídas no seleto grupo chamado de “as 10 melhores jogadoras do mundo”.
Com o término das carreiras de Paula, Hortência e Janete, não houve um abismo como no masculino para se iniciar a renovação de talentos, pois este já havia inteligentemente recomeçado, conseguindo bons frutos com essa nova geração.
Contudo o basquete feminino também sofre com a crise nacional que se estabelece nesse esporte, devido principalmente à dificuldade imensa de patrocínio e a realização de campeonatos.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Educação
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