Garrafas Fixadas na Cintura Para Hidratação Física

Educação Física e Esporte

17/06/2015

Acessório essencial na hidratação de um corredor. São bem vindas em dias de treinos longos ou de provas longas (acima de 40 minutos).

Bom, agora que já fizemos uma autoanálise do nosso condicionamento físico inicial, fizemos um teste de campo para saber como está nossa capacidade aeróbica e qual é o nosso VO2máx, sabemos como nossos pés chegam ao chão, temos um tênis propício a nossa marcha, já nos vestimos de maneira confortável e segura...

... Chegou a hora de nos preocuparmos com outra questão importante para um (a) corredor (a) que tem como pista principal, tanto para treinos quanto para provas, um país tropical como o nosso.

Mas antes de passar para o próximo assunto, vamos relaxar um pouco, faça agora o jogo da memória! Descubra onde está cada objeto.

Agora vamos, então, falar sobre hidratação.

Qual é quantidade ideal de água que eu devo ingerir antes, durante e depois de um treino ou de uma prova?

Essa quantidade tem a ver com o tempo, com a distância e com a intensidade que irei correr?

Devo beber água somente quando estou com sede?

Em provas de corrida de rua devo ingerir líquido em todos os postos de hidratação disponíveis?

O que é hiponatremia?


Hidratação

Quando pensamos em hidratar o corpo, automaticamente evitamos a instalação de qualquer tipo de lesão por calor, causada pela prática de atividade física. Beber água suficiente, nem mais nem menos, faz com que nosso corpo fique longe de quadros de hipertermia e de hiponatremia. Essas são duas lesões graves causadas pelo calor.


Hipertermia

Acontece quando nosso corpo entra num grau excessivo de desidratação. Ele superaquece e acaba “fervendo” igual a um “motor de carro quando a gente se esquece de colocar água no radiador”. O rendimento esportivo em situações como essa cai e sua saúde fica em risco.


Hiponatremia

Acontece quando a quantidade de água ingerida excede as necessidades do seu corpo, fazendo com que haja uma indesejável diluição dos níveis sanguíneos de sódio, situação essa que também coloca a saúde do (a) atleta em risco.

Portanto, vamos dar uma “olhada” cautelosa sobre as recomendações citadas a seguir.

A referência usada foi o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 1996), que é uma das mais importantes entidades quando o assunto é a ciência do esporte.

De acordo com o ACSM (1996), alterações na quantidade de água corporal e no equilíbrio eletrolítico podem afetar o funcionamento celular sistêmico e, como consequência, reduzir a capacidade humana em tolerar exercício físico prolongado.

A perda de água através do suor pode conduzir ao quadro de desidratação dos compartimentos de líquidos tanto intracelulares (Dentro das células) quanto extracelulares (Meio externo ao das células) do corpo.

Até mesmo níveis baixos de desidratação (cerca de 1% do seu peso corporal) podem exercer uma sobrecarga cardiovascular. Já as perdas de líquidos que ultrapassam 3% do peso corporal representam uma desidratação significativa.

Com o suor, o volume de sangue presente no seu corpo diminui. Ou seja, uma menor quantidade de sangue volta ao seu coração e, em função disso, uma menor quantidade de sangue vai ser bombeada pelo seu coração fazendo, portanto, que uma menor quantidade também de sangue rica em oxigênio atinja os músculos que estão em atividade.

A sua produção de energia pelas vias aeróbicas diminui e seu rendimento cai. Você irá correr em uma intensidade menor. Portanto, as consequências de um déficit de água corporal podem aumentar as chances de queda de rendimento esportivo e causar uma possível lesão por calor (Hipertermia).

Depois de saber tudo isso, vamos então seguir algumas estratégias para a nossa hidratação.

O país onde corremos é quente!

Por isso, todo corredor (a) que deseja manter uma prática saudável e cuidar do corpo durante a corrida deve ter sempre em mente a quantidade de água que ele (ela) precisa ingerir antes, durante e depois de um treino ou de uma prova.