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Acessibilidade e Guias de Orientação para Apoio ao Professor na Utilização de Conteúdos Educacionais Digitais Multimídia
Acessibilidade e Guias de Orientação para Apoio ao Professor na Utilização de Conteúdos Educacionais Digitais Multimídia
Educação
20/02/2008
*Joni de Almeida Amorim
Com o objetivo geral de selecionar projetos para a produção de conteúdos educacionais digitais multimídia para o Ensino Médio, foi realizada em 2007 uma chamada pública por meio da SEED do MEC. Foram aprovados 18 projetos, ao todo, sendo 3 deles da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). No intuito de fomentar a discussão em torno da utilização de multimídia em educação, apresenta-se a seguir uma proposta geral para o guia de conteúdo de orientação metodológica para apoio ao professor em cada mídia.
Como os projetos devem prever a utilização integrada das mídias, cada guia deverá ao mesmo tempo ser flexível e completo de modo a oferecer subsídios tanto para a utilização conjunta das mídias como para a utilização de cada uma em separado. Isso permitirá maior liberdade ao professor.
Por certo, cada guia a ser desenvolvido deve indicar quais são as facilidades de acessibilidade para deficientes auditivos e visuais de cada material a ser produzido. Os produtos mencionados no Edital da chamada pública são software, recursos de áudio, produções audiovisuais e experimentos educacionais. Deste modo, é fundamental pensar em acessibilidade de diferentes formas, três das quais destacadas a seguir.
Inicialmente, deve-se pensar em acessibilidade relativamente a cada tipo de produto. No caso de software, cada guia deve indicar algum tipo de funcionalidade para deficiência visual; se o software tiver som, piscar a tela, por exemplo, pode ser uma solução para substituir o som no caso de deficiência auditiva. Já no caso de recursos de áudio, deve acompanhar o respectivo texto com a transcrição das falas para possibilitar a leitura, no caso de deficiência auditiva.
Por outro lado, para as produções audiovisuais, o uso de LIBRAS e de legendas no caso de deficiência auditiva se apresenta como algo fundamental e a sua utilização deve ser apresentada ao professor através do respectivo guia. O uso de Braile para transcrição do roteiro completo deve ser considerado como possibilidade no caso de deficiência visual, o que implica na necessidade de incluir as respectivas instruções sobre como fazer uso deste tipo de estratégia. Por fim, na parte de experimentos educacionais, o hipertexto deve ser preparado para leitores de tela, no caso de deficiência visual; com isso, deve-se detalhar ao professor como utilizar estes elementos.
Depois, deve-se pensar em acessibilidade relativamente à parte pedagógica. Ou seja, deve-se explicitar quais são as estratégias mais adequadas para lidar com deficientes na sala de aula. Deste modo, garante-se que o professor considerará a acessibilidade não apenas com relação a cada tipo de produto, mas sim de uma forma mais ampla, relativa à integração dos alunos com deficiência auditiva ou visual ao ambiente escolar.
Por fim, deve-se considerar a acessibilidade em relação ao portal e à catalogação. O Edital salienta que a produção de conteúdos se destina a constituir parte de um amplo portal. Nesta perspectiva, a ficha de catalogação de cada produto desenvolvido poderá conter um campo extra que teria informações para os meta-dados, inclusive seguindo as sugestões da W3C.
Assim, cada guia deve apresentar diferentes considerações sobre o tema acessibilidade, assim como deve valorizar a função do docente como um “problematizador”, o qual ao mesmo tempo atuará viabilizando as diferentes atividades. Cada guia também contará com bibliografia complementar sugerida, o que incluirá a sugestão de leitura de materiais gratuitos já disponíveis na Internet em diferentes portais.
*Joni de Almeida Amorim - doutorando (Joni.Amorim@gmail.com)
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
Universidade Estadual de Campinas (http://www.unicamp.br/)
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Educação
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