13/01/2009
Clima tropical, praias bonitas, surfe, população hospitaleira e um câmbio melhor do que o dólar americano são as principais motivações dos estudantes que escolhem a Austrália como destino de estudo. Segundo estatísticas da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association), o país é hoje o segundo preferido dos brasileiros que vão ao exterior para estudar inglês, ficando atrás apenas do Canadá.
Entre 2004 e 2006, a Austrália registrou um crescimento de cerca de 150% no recebimento de alunos do Brasil. Em 2007, 12,5 mil estudantes brasileiros estiveram no país. Para 2008, é esperado que esse número aumente em 20%.
A principal demanda é a de cursos de inglês, mas a Austrália também oferece opções para quem pretende fazer o ensino médio (high school), graduação, pós-graduação e cursos técnicos com qualidade reconhecida internacionalmente.
O sistema educacional é uma das prioridades do governo australiano, que também estimula pesquisas nas áreas médica, biológica, oceanográfica, física e tecnológica.
Os cursos técnicos vêm ganhando destaque: praticamente um terço dos brasileiros que vão ao país se encaminha para esse tipo de formação. Segundo a gerente da Australian Education Internacional no Brasil, Priscila Donato Trevisan, os mais procurados são os da área de administração, ciência da computação, turismo, hotelaria e ciências físicas. Quando o assunto é graduação e pós-graduação, as áreas de administração, artes, meio ambiente e saúde disparam na preferência dos estrangeiros.
Os estudantes podem, ainda, aproveitar as horas de folga para praticar atividades radicais, entre elas "rafting", surfe, "canyoning", mergulho, vôo livre, "bungee jumping", paraquedismo e "mountain bike".
Nada de jeitinho brasileiro
Mais do que a natureza preservada, a Austrália encanta por sua cultura hospitaleira. Seus habitantes costumam receber bem turistas e estudantes, que chegam de todas as partes do mundo.
Em Sydney - cidade mais importante do país-, a população é cosmopolita, formada especialmente por europeus e asiáticos. A mistura de culturas pode ser atribuída ao incentivo que o governo australiano oferece aos estudantes estrangeiros, o que não quer dizer que não haja controle sobre eles.
Em toda a Austrália, há muitas regras a serem cumpridas. Há leis que vão desde a obrigatoriedade no uso do capacete para os ciclistas até o pagamento de multas por estudantes internacionais (imigrantes) flagrados com cartões de trem ou de ônibus mais baratos - legalmente, apenas australianos ou residentes têm esse benefício.
Estudantes com passaporte brasileiro devem apresentar comprovantes de renda com o equivalente a AU$ 1000 (mil dólares canadenses), para cada mês de estadia no país. Também devem ter outros documentos que comprovem vínculos com o Brasil, como carteira de trabalho assinada ou matrícula trancada em curso superior.
O objetivo do governo é saber se o estrangeiro tem intenção de permanecer em território australiano. Quanto mais documentos o visitante mostrar, provando o contrário, mais fácil será a obtenção ou renovação de seu visto.
A fiscalização em relação à freqüência na escola costuma ser inflexível. A imigração intima estudantes estrangeiros que não comparecem a 80% das aulas. No caso de reincidência, a imigração pode cancelar o visto do aluno e expulsá-lo do país.
O mesmo rigor é verificado no campo do trabalho. A Austrália é um dos poucos países que dão permissão de trabalho de 20 horas semanais para estudantes internacionais. Só que lá não tem "jeitinho brasileiro". Permissão de 20 horas não quer dizer de 30 ou de 40 horas. As leis são levadas a sério. O estudante que exceder este período e for flagrado por um agente de imigração terá seu visto cancelado e será deportado do país, sem direito de retornar pelo período de dois anos.
Estilo australiano de ser e viver
Apesar de seguir um grande número de leis e regras, o povo australiano nada tem de tenso ou cerimonioso. Possui bom humor e costuma andar pelas ruas vestido de forma descontraída - com bermudas, camisetas e chinelos ou até mesmo descalço.
A qualidade de vida na Austrália também se deve ao bom funcionamento dos serviços públicos, desde transportes e hospitais a áreas de lazer gratuitas. A Austrália foi colonizada pelos ingleses em 1.770 e já faz parte da lista dos países mais ricos do mundo.
Atualmente, o país apresenta uma das sociedades mais organizadas e um dos melhores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo - é o 3º na lista da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2007. A Austrália tem uma sociedade mais igualitária que a brasileira. Ou seja, há menor diferença entre as classes sociais australianas que entre as brasileiras.
A terra dos cangurus apresenta uma beleza natural e preservada que encanta os estrangeiros. Suas mais de 10 mil praias são o sonho de consumo de qualquer surfista. A diversidade de climas encontrada no território australiano vai desde o calor do "Outback" (nome dado ao deserto no país por estar fora da costa), no centro do país, até as geleiras das "Snowy Mountains" (montanhas de neve), a pouco mais de uma hora de Camberra, capital do país.
Fonte: UOL Educação
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