A Admissão do Doador de Sangue

O peso do doador deve ser superior a 50 Kg
O peso do doador deve ser superior a 50 Kg

Enfermagem

20/11/2012

A doação de sangue deve ser altruísta, voluntária e não gratificada direta ou indireta. O doador deve ser submetido à triagem clínica no dia da doação. Esta deverá ser feita por um profissional da saúde, qualificado e capacitado, sob a orientação e supervisão médica, em local com condições de privacidade.

As informações obtidas devem constar de fichas de triagem padronizadas preenchidas pelo entrevistador, nas quais constem as perguntas realizadas, as respostas obtidas e a assinatura do doador, autorizando a doação e assumindo a responsabilidade pelas informações fornecidas.

Devem ser questionados e verificados itens que garantam a segurança do doador e do receptor. A coleta de sangue deverá ser feita de tal forma que do ato de doar não advenham ao doador consequências outras que as derivam da retirada de volume de sangue compatível com a manutenção de sua condição hígida.

Todo o candidato à doação deverá ser submetido à rotina de doação e deve ser preenchido o cadastro do doador. É obrigatória a apresentação de um documento de identificação com foto.

Pesquisar cadastro de doadores impedidos:
Nome completo e por extenso; Data de nascimento; Órgão expedidor do documento de identificação; Nacionalidade/naturalidade; Filiação; Raça; Ocupação habitual/profissão; Endereço; Telefone; Número de registro do doador na instituição e Data da coleta.

Observação: As fichas de todos os doadores devem permanecer arquivadas por um período indeterminado, não menos de dez anos. O candidato à doação deverá ser encaminhado à sala de triagem hematológica, para avaliação hematimétrica.

A sala de triagem hematológica segue a seguinte rotina:

Recebe o candidato à doação; confere os dados com a ficha do cadastro; explica ao candidato à doação o procedimento que será feito, e por fim, realiza uma das técnicas descritas.

Técnica para realizar hemoglobina:

Obter uma amostra de sangue por meio de uma punção digital (amostra de sangue venoso também pode ser usada); A microcuveta colhe o volume de sangue; Insira a microcuveta no fotômetro; O resultado aparecerá entre quinze e 45 segundos; Ler, interpretar e registrar resultados na ficha do doador.

A Técnica para realizar hematócrito:

Obter uma amostra de sangue por meio de punção digital (amostra de sangue venoso também pode ser usada); Preencher o microtubo com sangue; Selar a ponta do microtubo com cera própria; Colocar o microtubo na cruzeta (a parte selada contra a guarnição de borracha); Vedar a tampa da cruzeta, e depois a tampa da centrífuga; Girar o botão até o ponto desejado; Aguardar até que a centrífuga pare totalmente; Abrir a tampa da cruzeta e retirar o microtubo; Proceder a leitura de acordo com as instruções do cartão de leitura de hematócrito, e por fim, Interpretar e registrar o resultado obtido na ficha do doador.



A rotina triagem clínica:

O doador deve ser submetido à triagem clínica no dia da doação. Esta deverá ser feita por um profissional qualificado e capacitado, sob a orientação e supervisão médica, em local com condições de privacidade.
A coleta de sangue deverá ser de tal forma que do ato de doar não advenham ao doador consequências outras que as derivadas da retirada de volume de sangue compatível com a manutenção de sua condição hígida.

A entrevista:

As informações obtidas devem constar de fichas de triagem padronizadas, preenchidas pelo entrevistador, nas quais constam as perguntas realizadas, as repostas obtidas e a assinatura do doador, autorizando a doação e assumindo a responsabilidade pelas informações fornecidas.

Proteção ao doador: candidato com história de doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, autoimune, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após infância ou epilepsia, devem ser convenientemente avaliados e podem ser excluídos da doação temporária ou permanente.
Medicamentos: história terapêutica deve merecer avaliação por parte de um médico, de vez que a indicação clínica do tratamento pode motivar a rejeição da doação. Cada medicamento deve ser avaliado individualmente e em conjunto, e registrado na ficha de triagem. Os medicamentos abaixo listados, quando em uso pelo candidato, são motivos de rejeição temporária:

Antibióticos; Quimioterápicos; Corticosteroides; Anticoagulantes orais; Agentes hipoglicemiantes e Antipsicóticos.
Intervalo entre doação: é obrigatório que se questione o candidato quanto à doação de sangue anterior e a data da última doação. O intervalo mínimo entre cada doação é de sessenta dias para homens e de noventa dias para mulheres. Após uma doação de plaquetas ou plasma por aférese, a doação de sangue total só será feita depois de 48 horas. Em casos especiais, em que se deseje ou necessite efetuar doação com maior frequência, deverá haver um protocolo por escrito, aprovado pela Comissão de Ética Médica da instituição em que será realizado o procedimento.
Idade: Os doadores devem estar entre dezoito e 67 anos de idade. Em casos especiais, o candidato menor será aceito com a autorização do responsável, anotando-se, na ficha de triagem, qual a sua razão.

Menstruação: a menstruação não contraindica a doação. A hipermenorreia ou outras patologias da menstruação devem ser avaliadas pelo médico.

Gestação e Puérpera: as candidatas que estiverem grávidas serão impedidas de doar, se mantendo este impedimento até doze semanas após o parto.




Abortamento: a candidata deve ser excluída até doze semanas após o parto.

Profissão: não devem ser aceitas para doação pessoas que exerçam profissões ou atividades que possam apresentar riscos físicos para si ou para outros, e que não tenham condições de interromper sua atividade funcional por, pelo menos, doze horas após a doação.

A Avaliação física do doador de sangue:

O candidato à doação de sangue deve ter a aparência geral de um indivíduo sadio. No momento da triagem clínica, os dois braços devem ser examinados para verificar presença de sinais de uso de drogas intravenosas.
A pele do doador, no local da punção, deve ser íntegra e sem lesões. Presença de tatuagem e ou acupuntura nos últimos doze meses que antecedem a doação impedem temporariamente a doação.

Verificação dos sinais vitais:

Considerar:
• Pressão arterial sistólica (PAS) deve estar entre 90 e 180 mmHg;
• Pressão arterial diastólica (PAD) não exceder em 100 mmHg;
• Frequência cardíaca: o pulso não deve ser irregular, é preciso estar entre 60 e 110 bpm;
• Temperatura axilar: não exceder a 37ºC.

A Avaliação hematimétrica:

Considerar:
• Hematócrito maior ou igual 38% para mulheres e 40% para homens;
• Hemoglobina maior ou igual 12,5 para mulheres e 13,0g para homens.
Observação: Candidato com níveis hematimétricos abaixo dos acima citados, não devem ser aceitos para doação.

Pesar o doador:
O peso deve ser superior a 50 Kg.

Volume a ser coletado:
O volume a ser coletado não deverá exceder o limite de 08 ml/kg para mulheres e de 09 ml/kg para homens. Em nenhum caso poderá ser ultrapassado o limite de 495 ml por doação.

O Preparo para bolsa:
Preparar a bolsa coletora, identificando-a com a data da coleta, data de validade, número de registro do doador, etiqueta da Secretaria de Saúde. Todos os dados referentes à entrevista do doador deverão constar da ficha de triagem clínica e a mesma deverá ser assinada pelo doador. Profissional responsável deverá assinar a ficha e encaminhar doador à sala de coleta.



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