Percepções éticas da enfermagem frente à família de uma criança com câncer
Restaurar a qualidade de vida
Enfermagem
06/02/2013
Quando antes se acreditava não ter mais nada a fazer, hoje se assume a possibilidade de proporcionar momentos de conforto e satisfação diante da terminalidade, muda-se o foco do cuidar, o objetivo não é mais prolongar a vida ou assegurar a cura, mas restaurar a qualidade de vida, fazer o princípio ético da não maleficência. Trata-se de uma assistência denominada de cuidados paliativos. E assim, o estudo tem como objetivo compreender a problemática que envolve o enfermeiro em sua assistência prestada às crianças terminais e os dilemas éticos diante a família.
Metodologia - A metodologia de escolha é um estudo exploratório, descritivo e bibliográfico com abordagem qualitativa. Durante a elaboração do estudo, estabeleceu-se o recorte temporal para a coleta de dados que foi de quatro anos (2007 - 2011), estudos indexados na base de dados LILACS sendo utilizados os seguintes descritores: Ética de Enfermagem, Paciente terminal e Cuidados Paliativos.
Resultados - Ao final da análise foram selecionados 17 artigos, dos quais retiramos informações pertinentes ao tema. Realizou-se a leitura seletiva e crítica após o último refinamento desses processos com análise temática. A partir dos dados, emergiram as seguintes linhas temáticas:
1- As questões éticas da enfermagem nos cuidados paliativos, que segundo Araújo et al (2011), a ética refere-se aos padrões de conduta moral, significa saber o que é certo e o que é errado, e como agir para chegar ao equilíbrio. Portanto, a assistência dos cuidados paliativos à criança deve ser humanizada, respeitando este ser como um todo.
2 - O impacto da terminalidade na vida dos familiares, onde Bernardes et al destaca que para o enfrentamento de todos esses fatores impactantes a fé é uma importante ferramenta. A fé ou a busca pela ajuda divina faz com que os familiares se protejam em busca de recursos na luta contra a doença.
Considerações Finais - O profissional precisa estar preparado para dar total apoio à família no processo de luto, respeitando sempre seus costumes e crenças religiosas. Percebe-se que os enfermeiros possuem dificuldade em lidar com a morte.
Para tanto, é preciso formação qualificada em cuidados paliativos, já que a tecnologia utilizada nesse cuidado são os cuidadores. A enfermagem deve ter ciência que cuidar é mais do que curar. Ou seja, nem antecipar a morte, nem prolongar a vida, mas garantir que se viva até o fim com dignidade.
Referências
PESSINI, L. Cuidados paliativos: alguns aspectos conceituais, biográficos e éticos. Rev. Prática Hospitalar 2005; 41(7): 107-12.
ARAUJO, M.M.T; SILVA, M.J.P. A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo. Rev. Esc. Enferm. USP. 2007; 41(4): 668-74.
SILVA, M.R.B et al. O câncer entrou em meu lar: sentimentos expressos por familiares dos clientes. Rev Enferm UERJ. 2008; 16(1): 70-5.
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