Em razão às alterações das vias respiratórias, os pacientes com FC (fibrose cística) apresentam grandes problemas na eliminação de secreção. A secreção é densa e presa ao epitélio bronquial e frequentemente a sua eliminação é ainda dificultada por barreiras mecânicas (edemas das mucosas, broncoespasmo e colabamento bronquial).
1) Oscilações dos calibres (inspiratórios e expiratórios)
O calibre dos brônquios oscila com os movimentos inspiratórios e expiratórios, facilitando assim o soltar da secreção da parede bronquial e sua mobilização. Este princípio forma a base da ação da drenagem autógena, mas também pode ser relacionado à respiração PEP e à aplicação do VRPI-Desitin.
2) Estenose expiratória
Por intermédio do uso de uma estenose expiratória artificial mantém-se a pressão interna, evitando o colabamento bronquial. Este é o princípio do freio labial, da respiração PEP e do VRPI-Desitin.
3) Oscilações
A sequência rápida de oscilações de pressão, que encontramos no VRPI-Desitin na subida e descida da bola de metal, provoca rápidas oscilações do calibre bronquial no mesmo ritmo. Além disso, a constante variação do fluxo, ora turbulento, ora linear, provocam o fenômeno “stop and go”, auxiliando o deslocamento do muco do epitélio bronquial.
4) Mudança de decúbito
Pela ação da gravidade a irrigação sanguínea é mais intensa na base dos pulmões, enquanto que as partes superiores apresentam melhor troca de ar. Por meio das mudanças de decúbito procuramos influenciar a ventilação e também a mobilização da secreção quando esta não é muito espessa como nos casos de FC.
5) Mobilização
Os exercícios de mobilização do tórax auxiliam as técnicas de eliminação do calibre das vias respiratórias.
Tratamento de enfermagem
O cuidado de enfermagem do adulto com fibrose cística inclui assistir o paciente no controle dos sintomas pulmonares e evitar as complicações da FC. As medidas de Enfermagem específica incluem as estratégias que promovem a remoção das secreções pulmonares; a fisioterapia respiratória, incluindo drenagem postural, percussão torácica e vibração, e os exercícios respiratórios são implementados e ensinados ao paciente e à família quando o paciente é muito jovem.
A ingesta hídrica e nutricional adequada para promover a remoção das secreções e garantir um estado nutricional apropriado.
O paciente tem que conhecer bem a sintomatologia da doença, pois é um distúrbio para vida toda.
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por Colunista Portal - Educação
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