Segundo Mattar (1995), a prática mostra que, no diagnóstico desta afecção, nem sempre se consegue identificar uma causa de base anatômica para explicar o quadro doloroso e/ou inflamatório, presente no caso.
A anamnese bem feita e o exame físico meticuloso podem oferecer subsídios fundamentais para o esclarecimento de boa parte dos casos.
Existem situações, no entanto, em que o quadro clínico se mostra absolutamente inespecífico, dificultando o raciocínio. Para esses casos existe a necessidade de estudos complementares, tais como:
• Raio-X;
• Ultrassonografia;
• Eletromiografia;
• Ressonância magnética;
• Cintilografia.
As síndromes dolorosas mais comuns são:
• Tenossinovite: constitui em inflamações dos tecidos sinoviais que envolvem os tendões em suas passagens por túneis osteofibrosos.
• Dedo em gatilho: é a constrição inflamatória da bainha tendinosa, com formação de nódulo no tendão acometido, que se localiza na superfície palmar das articulações metacarpo-falangeanas.
• Doença de Quervain: é decorrente do espessamento do ligamento anular do carpo no compartimento dos extensores, por onde trafegam o tendão longo abdutor e o tendão extensor curto do polegar, causando distúrbios de sensibilidade e impotência funcional desse dedo.
• Síndrome do Túnel do Carpo: é decorrente da compressão do nervo mediano no nível do Carpo, pelo ligamento anular, que se apresenta muito espessado e enrijecido pelo processo inflamatório, esse processo inflamatório produz dor, parestesia e impotência funcional que atingem primordialmente a face flexora do 1º, 2º e 3º dedos.
• Síndrome do Túnel Ulnar: decorrente da compressão do nervo ulnar, quando ele passa pelo canal de Guyon ou Túnel Ulnar. Leva ao quadro de dor e impotência funcional, além de atrofia, e atinge a face flexora e extensora do 4º e 5º dedos e região hipotenar.
• Epicondilite: ocorre devido a rupturas ou estiramentos dos pontos de inserção dos músculos flexores ou extensores do carpo no cotovelo, ocasionando processo inflamatório local que atinge tendões, fáscias, músculos e tecidos senoviais. Causa dor difusa, atingindo o terço proximal do antebraço e pode irradiar-se para o ombro e a mão, com hipertonia da musculatura.
• Bursite: apresenta como localização mais importante os ombros. Decorrente de processos inflamatórios que acometem as bursas (pequenas bolsas de paredes finas, constituídas de fibras de colágeno e revestidas de membranas sinoviais, encontradas em regiões onde os tecidos são submetidos à fricção, geralmente próximas a inserções tendinosas e articulações), provoca dores intensas nos ombros, principalmente na realização de movimentos de abdução, rotação externa e elevação do membro superior.
• Miosite e polimiosite: Inflamação do tecido próprio dos músculos, com ou sem degeneração de suas fibras por esforços ou fadiga. Termo aplicável a todo e qualquer processo inflamatório que acometa músculo em qualquer local do corpo. Provoca dor, fraqueza muscular e desconforto muscular.
• Síndrome cervicobraquial: decorre da degeneração do disco cervical e compressão das raízes nervosas, provocando hipoestesia, fraqueza muscular, dor, limitação à movimentação.
• Síndrome do ombro doloroso: esta decorre de processo inflamatório dos músculos do ombro particularmente o supra espinhoso, que realiza o movimento frequente de levantar o ombro.
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por Colunista Portal - Educação
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