Resíduos com a possível presença de agentes biológicos
Enfermagem
14/03/2013
A classificação dos RSSs objetiva destacar a composição desses resíduos segundo as suas características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para o seu manejo seguro.
A classificação adotada é baseada na Resolução CONAMA nº 5, Resolução CONAMA 283, na NBR - 10004 e na NBR - 12808 da ABNT, e em outros estudos e documentos pertinentes à matéria.
Resíduos Infectantes
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção, tais como:
-Culturas e estoques de agentes infecciosos de laboratórios industriais e de pesquisa;
-Resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados;
-Descarte de vacinas de micro-organismos vivos ou atenuados;
-Meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas;
-Resíduos de laboratórios de engenharia genética;
-Bolsas contendo sangue ou hemocomponentes com volume residual superior a 50 ml;
-Kits de aférese;
-Peças anatômicas (tecidos, membros e órgãos) do ser humano, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando não houver requisição prévia pelo paciente ou seus familiares;
-Produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando não houver requisição prévia pela família;
-Carcaças, peças anatômicas e vísceras de animais provenientes de estabelecimentos de tratamento de saúde animal, de universidades, de centros de experimentação, de unidades de controle de zoonoses e de outros similares, assim como camas desses animais e suas forrações;
-Todos os resíduos provenientes de paciente que contenham, ou seja, suspeitos de conter agentes Classes de Risco IV, que apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação;
-Kits de linhas arteriais endovenosas e dialisadores, quando descartados;
-Filtros de ar e gases oriundos de áreas críticas.
Ainda, órgãos, tecidos e fluídos orgânicos com suspeita de contaminação com proteína priônica e resíduos sólidos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita de contaminação com proteína priônica (materiais e instrumentais descartáveis, indumentária que tiveram contato com os agentes acima identificados). Não é considerado resíduo, o cadáver com suspeita de contaminação com proteína priônica.
Material proveniente de áreas de isolamento
Incluem-se aqui, sangue e secreções de pacientes que apresentam doenças transmissíveis.
Material biológico
Composto por culturas ou estoques de microrganismos provenientes de laboratórios clínicos ou de pesquisa, meios de cultura, placas de Petri, instrumentos usados para manipular, misturar ou inocular microrganismos, vacinas vencidas ou inutilizadas, filtros e gases aspirados de áreas contaminadas.
Sangue humano e hemoderivados
Composto por bolsas de sangue com prazo de utilização vencida, inutilizada ou como sorologia positiva, amostras de sangue para análise, soro, plasma, e outros subprodutos.
Os procedimentos recomendados para o descarte são:
-As disposições inadequadas dos resíduos gerados em laboratório poderão constituir focos de doenças infectocontagiosas se, não forem observados os procedimentos para seu tratamento.
-Lixo contaminado deve ser embalado em sacos plásticos para o lixo tipo 1, de capacidade máxima de 100 litros, indicados pela NBR 9190 da ABNT.
-Os sacos devem ser totalmente fechados, de forma a não permitir o derramamento de seu conteúdo, mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destinação final do resíduo. Caso ocorram rompimentos frequentes dos sacos, deverão ser verificados, a qualidade do produto ou os métodos de transporte utilizados. Não se admite abertura ou rompimento de saco contendo resíduo infectante sem tratamento prévio.
-Havendo derramamento do conteúdo, cobrir o material derramado com uma solução desinfetante (por exemplo, hipoclorito de sódio a 10.000 ppm), recolhendo-se em seguida. Proceder, depois, a lavagem do local. Usar os equipamentos de proteção necessários.
-Todos os utensílios que entrarem em contato direto com o material deverão passar por desinfecção posterior.
-Os sacos plásticos deverão ser identificados com o nome do laboratório de origem, sala, técnica responsável e data do descarte.
-Auto clavar durante pelo menos 20 minutos.
-As lixeiras para resíduos desse tipo devem ser providas de tampas.
-Estas lixeiras devem ser lavadas, pelo menos uma vez por semana, ou sempre que houver vazamento do saco.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Educação
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