Que bicho me mordeu?! Acidentes com animais peçonhentos e mordedura de cão

A vítima deve receber atendimento imediato
A vítima deve receber atendimento imediato

Enfermagem

01/08/2014

AI! UM BICHO ME MORDEU!

Tenho certeza de que você já foi picado ou mordido por algum animal. Isso é bastante comum. Até porque, diariamente, estamos em contato com diversos animais, principalmente insetos, que picam, como abelhas, vespas, mosquitos e formigas. Entretanto, alguns desses animais não possuem veneno, como é o caso do mosquito e da maioria das espécies de formigas, mas suas picadas, de qualquer forma, causam algum tipo de irritação na pele.


Alguns animais muito comuns em nosso dia a dia, como as abelhas e as vespas, são considerados peçonhentos, ou seja, eles possuem veneno, que é injetado na presa no momento da picada. As formigas, apesar de nem todos os estudos as incluírem na classe de animais peçonhentos, também picam, e algumas até possuem glândulas de veneno, que são injetadas na presa e provocam irritações ou até mesmo infecções.


Pessoas que moram na zona rural estão sujeitas, com maior frequência, ao contato com animais peçonhentos do que aquelas que moram nos grandes centros urbanos. Mesmo se você for morador de alguma grande cidade precisa estar ciente dos tipos de animais que oferecem algum tipo de risco, já que pode querer passar suas férias acampando no meio do mato e, nesse caso, vai estar bastante suscetível a esses “pequenos” predadores.


Se for acampar em lugares de mata, redobre sua atenção. Você pode encontrar animais peçonhentos pelo caminho.
Através de texto, você vai conhecer alguns dos principais tipos de animais peçonhentos e aprender a lidar com eles, em casos de picadas ou mordidas. Além disso, vai aprender como agir em caso de mordidas de cachorros, que, apesar de não serem animais venenosos, podem nos transmitir doenças, como a raiva.


ANIMAIS PEÇO... O QUÊ?

Você sabe o que são animais peçonhentos? Já ouviu falar nesse nome? Pense um pouco e anote no espaço a seguir o que vem à sua cabeça quando você pensa em animais peçonhentos... Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, FERRÕES, AGUILHÕES, por onde o veneno passa e é injetado na presa.


Portanto, são peçonhentos os animais que injetam veneno com facilidade e de maneira ativa. Serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, vespas e marimbondos são exemplos de animais peçonhentos. Escorpiões e algumas espécies de aranhas e cobras são animais peçonhentos e possuem venenos muito perigosos. Por tanto, mantenha distância desses animais!


Os animais peçonhentos, em geral, nos metem medo. E não é para menos! Eles realmente são bastante perigosos. O veneno desses animais pode levar uma pessoa à morte, e é por isso que você vai aprender como agir em caso de picadas ou mordidas desses animais.

SAIBA MAIS......

Animais peçonhentos X animais venenosos

É importante que você não confunda animais peçonhentos com animais venenosos. Todo animal peçonhento é venenoso, mas nem todo animal venenoso é peçonhento. Não entendeu? Calma. Animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões ou aguilhões). Nesse caso, eles provocam envenenamento passivo por contato (Ex.: taturana), por compressão (Ex.: sapo) ou por ingestão (Ex.: peixe baiacu). Aprendeu a diferença?


PICADAS DE ABELHAS, VESPAS E FORMIGAS
Picadas de abelhas, vespas e formigas podem ser doloridas, mas, como regra, não são muito perigosas. Em geral, causam vermelhidão, inchaço e coceira no local da picada. O mais perigoso é a ocorrência de uma reação alérgica. Você vai aprender, com mais detalhes, sobre o tipo de picada de cada um desses insetos, as possíveis reações e a maneira correta de agir no local da picada.


ABELHAS
O veneno da abelha é uma mistura complexa de substâncias químicas com atividades tóxicas que atuam como agentes bloqueadores neuromusculares, podendo provocar paralisia respiratória. O veneno também possui ação destrutiva sobre as membranas das células. As reações provocadas pela picada de abelhas variam de acordo com o local e o número de ferroadas, bem como as características e a sensibilidade alérgica da vítima. As manifestações clínicas podem ser alérgicas (mesmo com uma só picada) ou tóxicas (múltiplas picadas) e classificam-se como:

• locais: dor aguda local, que tende a desaparecer espontaneamente em poucos minutos, deixando vermelhidão, coceira e edema por várias horas ou dias);

• regionais: inchaço e coceira, que evoluem para um endurecimento do tecido local, que aumenta de tamanho nas primeiras 24-48 horas, diminuindo gradativamente nos dias seguintes. Esse endurecimento pode chegar ao ponto de limitar a mobilidade do membro atingido;

• sistêmicas: apresentam-se como manifestações clássicas de anafilaxia (reação alérgica grave), com sintomas de início rápido, isto é, de dois a três minutos após a picada. Além das reações locais, podem aparecer sintomas gerais, como dor de cabeça, tonteiras e calafrios, agitação psicomotora e sensação de pressão na região torácica;

• reações alérgicas tardias: há raros casos de reações alérgicas que ocorrem vários dias após a(s) picada(s);

• tóxicas: nos acidentes provocados por ataque múltiplo de abelhas (enxame), desenvolve-se um quadro tóxico generalizado, denominado síndrome de envenenamento, devido à quantidade de veneno inoculada.


Além das manifestações já descritas, podem ocorrer alterações neurológicas, como torpor (entorpecimento, sonolência) e coma, hipotensão arterial, oligúria/anúria (diminuição da produção de urina) e insuficiência renal aguda. Se a pessoa foi ferroada por uma abelha, o ferrão do inseto pode ficar no interior da pele e deve ser removido, raspando-se suavemente a superfície cutânea, até que seja expelido. Nunca puxe ou arranque o ferrão com uma pinça, pois isso pode acarretar a introdução de mais veneno no corpo. Para aliviar a dor, aplique um cubo de gelo sobre o local da picada. Frequentemente, a aplicação de um creme contendo uma combinação de anti-histamínico, analgésico e corticosteroide é útil também no alívio da dor. Se, após um dia, a área de vermelhidão se espalhar e provocar coceira, pode estar ocorrendo um quadro de infecção. Nesse caso, procure um médico imediatamente. Fique sabendo que as mordidas levam frequentemente diversos dias para começar a melhorar.
ATENÇÃO
Uma complicação imediata da picada de abelha, e que exige um tratamento rápido, é uma reação alérgica do corpo inteiro, denominada anafilaxia (ou choque anafilático). Nesse caso, o corpo inteiro é coberto por uma erupção cutânea, a pressão de sangue cai, o paciente sente-se fraco e frequentemente há falta de ar e respiração ofegante. A boca e a garganta podem inchar e fechar-se. Se isto acontecer, dirija-se imediatamente a um médico ou hospital, para atendimento de emergência.


VESPAS

As vespas são também conhecidas como marimbondos. A composição de seu veneno é pouco conhecida, mas apresenta reações cruzadas com os das abelhas e também produzem fenômenos de hipersensibilidade. Ao contrário das abelhas, as vespas não deixam o ferrão no local da picada. Os efeitos locais e sistêmicos do veneno são semelhantes aos das abelhas, porém menos intensos, e podem necessitar de tratamentos idênticos.


FORMIGAS
As formigas-de-fogo tornam-se agressivas e atacam em grande número se o formigueiro for perturbado. A ferroada é extremamente dolorosa e uma formiga é capaz de ferroar entre 10 e 12 vezes no mesmo local, o que leva a uma pequena lesão dupla. Seu veneno possui pouco efeito local, mas é capaz de provocar reações alérgicas em determinados indivíduos. As saúvas, comuns em todo o Brasil, podem produzir cortes na pele humana com suas potentes mandíbulas. Imediatamente após a picada, há dor no local, mas, com o passar das horas, essa dor diminui.


Pode ocorrer coceira no lugar atingido, com a possibilidade de surgirem infecções secundárias, caso a pessoa coce o ferimento com frequência. É possível, também, ocorrerem processos alérgicos em diferentes graus, que eventualmente levam à morte. O tratamento para esse tipo de picada deve ser feito pela aplicação imediata de compressas frias locais, seguida de remédios prescritos. Caso apareçam quadros de anafilaxia ou reações respiratórias do tipo asma, é necessário procurar atendimento médico de emergência.


PICADA DE COBRAS

Vamos sair um pouco do mundo dos insetos. O próximo animal do qual vamos falar coloca muito mais medo nas pessoas do que aqueles de que já falamos até agora. E não é para menos! Uma mordida desse animal é de fato muito mais perigosa... Estamos falando da cobra, animal que povoa o imaginário popular há muito tempo. Antes de você aprender como realizar o procedimento de socorro em uma vítima de mordida de cobra, vamos relembrar um pouco esse grupo de animais? As cobras são animais que pertencem ao grupo dos répteis. Têm o corpo coberto escamas, não possuem patas e, por isso, se locomovem arrastando-se pelo chão. Seus olhos não possuem pálpebras, ou seja, ficam sempre abertos.


Sua língua é dividida em duas partes na ponta (bífida) e serve para explorar o ambiente e pegar pequenas substâncias que se encontram suspensas no ar, encaminhando-as a um órgão localizado dentro da boca (órgão de Jacobson), que desempenha função equivalente ao olfato. As cobras possuem várias glândulas na cabeça e na boca, que produzem substâncias que podem ser tóxicas, variando em quantidade e qualidade entre as espécies. O veneno é uma secreção que funciona para captura e digestão do alimento e, também, como defesa do animal contra seus agressores. As cobras, quando assustadas, podem tomar atitudes diversas: as venenosas, em geral, enrolam-se e ficam prontas para o bote; as não-venenosas dão, em geral, vários botes na pessoa, extremamente rápidos, e se afastam velozmente.


Algumas cobras não-venenosas, além de morderem, abocanham o local e dificilmente soltam, sendo necessário abrir sua boca e afastar os maxilares, para evitar a dilaceração do ferimento. Você pode estar se perguntando: Como saber se uma cobra é ou não venenosa? Vamos ver a diferença entre elas, a seguir.
SAIBA MAIS......

Tem veneno? Quer saber como distinguir uma cobra venenosa de uma não-venenosa? Leia os itens a seguir, mas, caso você encontre uma cobra pelo caminho, não fique tentando saber se ela é ou não venenosa. Por via das dúvidas, é melhor se afastar.

a) As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno.

b) Com exceção das cobras corais, as serpentes peçonhentas têm, entre a narina e o olho, um orifício termo-receptor, denominado fosseta loreal. A fosseta loreal serve para que a cobra perceba modificações de temperatura à sua frente. Visto em posição frontal, esse animal apresentará quatro orifícios na região anterior da cabeça, o que justifica a denominação popular de “cobra de quatro ventas”.

c) As serpentes peçonhentas possuem cabeça triangular recoberta com escamas pequenas e a parte superior do corpo é recoberta por escamas sem brilho, em forma de quilha, isto é, como bico de barco ou casca de arroz;

d) As cobras corais verdadeiras (Micrurus) são a exceção às regras aqui referidas, pois apresentam características externas iguais às das serpentes não-peçonhentas (são desprovidas de fosseta loreal e sua cabeça é arredondada, recoberta com escamas grandes, de coloração viva e brilhante). De modo geral, toda serpente com padrão de coloração, que inclua anéis coloridos, deve ser considerada perigosa.

e) As serpentes não-peçonhentas têm geralmente hábitos diurnos, vivem em todos os ambientes, têm coloração viva, brilhante e escamas lisas.

f) No local da mordida de uma serpente peçonhenta encontram-se, geralmente, um ou dois ferimentos puntiformes, de modo diferente do que ocorre com as não-peçonhentas, que costumam provocar vários ferimentos, também, puntiformes, delicados e enfileirados. Essa característica, entretanto, é muito variável e nem sempre útil para o diagnóstico médico.
No caso de uma mordida de cobra, a vítima deve ser levada imediatamente ao hospital. Procure movimentá-la o mínimo possível e deixe o membro atingido elevado durante o transporte, para que seu estado não se agrave. Procure ver o animal que mordeu a pessoa, para informar ao médico o maior número de detalhes. Quanto mais informações sobre o animal, mais adequado poderá ser o tratamento. As reações que se seguem a uma mordida de cobra variam, dependendo do gênero da cobra responsável pelo ataque, já que há variações com relação ao veneno.


Dentre as principais reações, podemos citar:

–dor imediata;

–inchaço (edema);

–calor e vermelhidão no local picado;

–hemorragia no local ou distante dele (gengiva, ferimentos recentes);

–diarreia;

–vômitos.


Dentre as principais complicações que podem surgir, destacam-se:

–bolhas;

–gangrena;

–abscesso;

–insuficiência renal aguda;

–hipotensão arterial persistente;

–choque;

–dificuldade em abrir os olhos;

–“visão dupla”;

–“cara de bêbado”;

–visão turva;

–dor muscular;

–urina avermelhada;

–falta de ar;

–dificuldade em engolir;

–insuficiência respiratória aguda.


Muitas pessoas cometem erros no socorro às vítimas de ataques de cobras. Você, como socorrista, não pode ser uma delas. Observe, então, o que você não deve fazer:

• Furos ou cortes na pele para retirar o sangue contaminado (alguns venenos podem dificultar a coagulação do sangue e o ferimento pode facilitar a infecção).


• Sugar o local da picada para retirar o veneno (além de não ajudar muito, há risco de contaminar a ferida).


• Colocar óleo, folhas ou outras substâncias no local (o profissional de saúde é quem deve decidir qual o procedimento mais adequado).


• Dar bebidas alcoólicas, remédios, querosene ou qualquer outra coisa à vítima (isso pode agravar a intoxicação).


• Garrotes ou torniquetes, pois dificultam a passagem do sangue no membro afetado
O QUE FAZER FORA DO AMBIENTE HOSPITALAR
• Remover a vitima para um lugar mais seguro, longe da mata.

• Manter a vitima deitada, evitando que faça esforço, principalmente quando a picada for em membros inferiores.

• Não garrotear o membro afetado, pois só prejudicará o atendimento posterior.

• Lavar o local com água e sabão.

• Elevar o membro picado e mantê-lo nessa posição.

• Comprimir próximo à picada, para que ocorra sangramento no local, pois ajuda a expelir o veneno.

• Aplicar compressas frias ou gelo no local da picada.

• Não colocar nada sobre o ferimento, apenas a compressa fria ou gelo; evitar ao máximo “remédios caseiros”.

• Procurar remover a vitima o mais rápido possível para o hospital, para que o soro específico possa ser administrado.
• Não dar nenhum medicamento para dor, aguardar atendimento médico.

• Se possível, levar a serpente causadora do transtorno, para que tenham certeza da conduta a ser tomada.

• A vitima apresenta dor local, perturbações visuais, respiração rápida e ofegante, ansiedade, agitação; procurar acalmá-la.

• Observação: as orientações anteriores podem ser realizadas por qualquer pessoa que tente socorrer a vitima. O mais importante é manter a calma e procurar socorro médico imediato.


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA HOSPITALIZAÇÃO

• Colher a história do paciente para verificar a possibilidade de identificação da serpente.

• Providenciar soro específico de acordo com orientação do C.C.I – Centro de Controle de Intoxicação local e administrar o rápido possível.

• Verificar sinais vitais e monitorização do paciente.

• Fazer limpeza com S.F. 0,9% no local da picada e no membro afetado.

• Manter membro elevado.

• Puncionar acessos venoso de grosso calibre e manter hidratação conforme orientação médica.

• Fazer controle rigoroso da diurese, separar as micções em frascos limpos e orientar o paciente que cada vez que urinar deve colocar a urina em um franco, que deve estar identificado com o seu nome, data, número da amostra, e colocar o horário no ato. Observar o volume e a cor da urina. A insuficiência renal pode ser uma consequência seria da picada.

• Providenciar transferência do paciente da sala de emergência para local predestinado.


ENVENENAMENTO POR PICADA DE ESCORPIÃO

Características:

• Corpo: tronco e cauda; quatro pares de patas, um par de ferrões (queliceras), um par de pedipalpos (em forma de pinça e que serve para capturar o alimento); um ferrão no final da cauda por onde sai o veneno.

• São carnívoros (baratas, grilos e outros insetos).

• Hábitos noturno, durante o dia se esconde.

• Não possuem audição, sentem vibrações do ar e do solo e enxergam pouco.
Os escorpiões são aracnídeos que picam outros seres vivos, causando envenenamento, que pode ser fatal.


A toxicidade do veneno da picada do escorpião varia com relação ao seu tamanho, idade e estado nutricional, com a quantidade de veneno inoculada e o peso e a resistência da vítima.


Os efeitos apresentados pelo veneno causam mal-estar; cefaleia; fraqueza muscular; tontura; delírio; agitação; ansiedade; podendo levar ao coma e à morte; dor local intensa, edema e rubor.


O tratamento é feito com soro antiescorpiônico nos casos graves, e nos casos leves, é feito de forma a aliviar a dor e manter a observação do paciente.


“O que fazer” a e “Assistência de Enfermagem” são os mesmos procedimentos das picadas de serpentes.


Possuem uma quantidade muito pequena de veneno na glândula, mas de grande atividade tóxica.


Acidente em adultos são benignos, mas em crianças e idosos são quase sempre fatais.


O VENENO

• É rapidamente absorvido pela pele e músculos.
• Desloca-se para o sangue, rins, pulmão e sistema nervoso.


A GRAVIDADE DEPENDE:

• Espécie e tamanho do escorpião.
• Massa corporal do acidentado.
• Sensibilidade do paciente envenenado.
• Quantidade de veneno inoculado e
• Retardo no atendimento.


SINAIS E SINTOMAS

• Dor local
• Alterações sistêmicas como hiper ou hipotensão arterial.
• Arritmias cardíacas.
• Tremores.
• Agitação psicomotora.
• Alterações respiratórias.
• Vômitos e diarreia.


TRATAMENTO

• Soro antiescorpiônico especifico para envenenamento com o gênero Tityus.
• Pode ser usado, eventualmente, o soro antiaracnídico polivalente.
• Casos benignos, onde a dor é suportável: aplicação de anestésicos locais.
• Soroterapia deve ser feita em:
o Crianças menores de 7 anos.
o Adultos idosos.
o Adultos em que a dor persiste após a aplicação de analgésicos locais.



ENVENENAMENTO POR PICADA DE ARANHA
As aranhas também sã aracnídeos que picam outros seres vivos, causando envenenamento. Suas picadas são bastante dolorosas, podendo ocorrer necrose do tecido lesado, e muitas vezes pode levar à morte.
As aranhas venenosas mais conhecidas são as seguintes:
- Aranha caranguejeira;
- Aranha armadeira;
- Aranha marrom;
- Tarântula;
- Viúva-negra.
Animais carnívoros, hábitos domiciliares e peridomiciliares. No Brasil existem 3 gêneros de aranhas de importância médica.


A ação e o efeito do veneno lançado são diferentes em cada espécie, sendo as do gênero da caranguejeira tóxicos para o sistema nervoso, e os demais, com exceção da armadeira, pode até ser fatais, principalmente para as crianças, que ainda não têm todo sistema imunológico desenvolvido.


Ocorrem do local, equimose (mancha escura ou azulada devida a uma infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo), necrose dos tecidos superficiais, náuseas, vômitos, hipotermia e sudorese, podem ocorrer casos de coagulação, queda de pressão arterial e até o choque.


O tratamento deve ser rápido, com soro específico, quando se conhece a espécie causadora, ou soro polivalente, quando há duvida quanto a espécie.


“O que fazer” a e “Assistência de Enfermagem” se repetem também para estes casos.


PREVENÇÃO PARA ESSES TIPOS DE PICADAS

• Evitar andar descalço em zona rural, matas e campos.
• Utilizar botas de cano longo.
• Não “perturbar” tocas no solo, ou local em que pode haver serpentes, ou seja, seu “ninho”.
• Não “brincar” com serpentes vivas ou mortas, tentando mostrar que as conhece e não tem medo. Elas são traiçoeiras, e mesmo mortais, conservam restos de veneno em suas presas por algum tempo. Cuidado!
• Antes de subir em árvores, verificar o local e a árvore.
• Ao capinar terrenos baldios, utilizar luvas e botas.
• Evitar acampamentos em locais impróprios, próximo a matas, pastos e plantações.
• Em zona rural, verificar roupas antes de vesti-las e também averiguar colchões e canto de paredes.


MORDIDA DE CACHORRO

O cachorro é um animal doméstico, em geral dócil e criado com o intuito de proteger os moradores da residência. Entretanto, quando se sente acuado, pode atacar e morder a pessoa que ele considera “perigosa”.


O cachorro, ao morder, pode introduzir, no ferimento, microrganismos, vírus ou bactérias que estavam em sua boca, podendo provocar infecções e até mesmo doenças mais sérias, como a raiva. Assim, é necessário que você saiba como agir numa situação de mordida de cachorro. Veja, a seguir, o passo a passo do procedimento de socorro:

1. Lave o local da mordida com água quente e sabão ou com um antisséptico.

2. Seque muito bem o local, passando uma gaze.

3. Cubra a ferida com um curativo feito com gaze esterilizada e prenda com esparadrapo.

4. Procure saber se o cachorro foi vacinado contra raiva. Se em 10 dias ele começar a ter comportamento estranho, como querer morder as pessoas, latir de forma diferente, uivar, babar muito, ter dificuldade de comer e beber água, ficar muito agitado ou muito quieto, então ele está contaminado pelo vírus da raiva.

5. Procure um médico caso a mordida tenha sido feita por um cachorro de rua (que provavelmente não foi vacinado contra o vírus da raiva) ou se tiver alguma dúvida sobre a validade da vacina antitetânica da pessoa que foi mordida.

6. Leve a vítima para tomar a vacina antitetânica e antirrábica.

7. Cuidado! Mesmo vacinado, o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as mordidas de animais devem ser vistas por um médico.
RESUMINDO...
• Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões, aguilhões, por onde o veneno passa e é injetado na presa.


• Picadas de abelhas, vespas e formigas podem ser doloridas, mas geralmente não são perigosas. O mais perigoso é a ocorrência de uma reação alérgica.


• As reações provocadas pela picada de abelhas são variáveis de acordo com o local e o número de ferroadas, as características e a sensibilidade alérgica da vítima. As manifestações clínicas podem ser: alérgicas (mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas picadas).


• O ferrão da abelha pode ser removido da pele, raspando-se suavemente a superfície cutânea até fazê-lo sair. Nunca deve ser puxado ou arrancado com uma pinça.


• As vespas são também conhecidas como marimbondos. Ao contrário das abelhas, as vespas não deixam o ferrão no local da picada.


• Apenas algumas formigas oferecem perigo, do ponto de vista de ataques, como as formigas-de-fogo (ou lava-pés) e as formigas saúvas.


• As cobras possuem várias glândulas na cabeça e na boca, que produzem substâncias que podem ser tóxicas, variando em quantidade e qualidade entre as espécies. O veneno é uma secreção que funciona para captura e digestão do alimento e, também, como defesa do animal contra seus agressores.


• Uma vítima de mordida de cobra deve ser levada imediatamente ao hospital.


• Procure ver o animal que picou a pessoa para informar ao médico o maior número de detalhes. Quanto mais informações sobre o animal, mais adequado poderá ser o tratamento.


• As reações que se seguem a uma mordida de cobra variam, dependendo do gênero da cobra responsável pelo ataque, já que há variações com relação ao veneno.


• Uma vítima mordida por cachorro deve ser levada ao hospital para que o médico avalie a necessidade de aplicar a vacina antitetânica e antirrábica. Isso porque, mesmo vacinado, o animal pode apresentar a doença.


• Lave o local da mordida do cachorro com água quente e sabão ou com um antisséptico.



Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Everton Elias Silva

por Everton Elias Silva

Possui graduação em Enfermagem pela Faculdade Santa Rita - FaSaR/MG (2009). Especialista em Urgência, Emergência e Trauma pela Faculdade Redentor - FacRedentor/RJ (2011), Especialista em Saúde Coletiva com Ênfase em Estratégia Saúde da Família pela FacRedentor/RJ (2012) e Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2013).

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