DOENÇAS OCUPACIONAIS INERENTES À PROFISSÃO DOCENTE¹

Saúde do Trabalhador
Saúde do Trabalhador

Enfermagem

03/11/2014

INTRODUÇÃO

 

O dinamismo no processo de trabalho e a velocidade nas mudanças tecnológicas e organizacionais trazem consequências diretas à saúde do trabalhador, pois a partir do momento em que o trabalho passa a ser altamente exigente, ele se configura, consequentemente como desgastante para os trabalhadores e potencial gerador de doenças ocupacionais (ROCHA, 2007).

De acordo com a Lei Orgânica da Saúde, Leinº8.080 de 1990 em Brasil (2007), que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, em seu artigo sexto, paragrafo terceiro, há a definição de saúde do trabalhador:

 

Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, [...].

 

Conforme Delcor (2004), o trabalho humano é fonte de realização, satisfação, prazer e contribui para construção da identidade dos sujeitos. Por trás dessa realidade, o tipo e a organização do trabalho podem gerar elemento patogênico e assim estar configurado num processo nocivo à saúde. Assim ocorre com os professores e empregados no setor da educação, dentre outras categorias, uma das que mais se expõem ao risco de doenças ocupacionais.

A pertinência em realizar o presente estudo justifica-se pelo aumento das doenças ocupacional no corpo docente levando ao absenteísmo e afastamento do trabalho. Esses profissionais usam, além do intelecto, todo o corpo para desempenhar o ofício, interferindo nas condições e na qualidade de vida do homem e, portanto do trabalhador. Diante do que foi exposto, o este estudo teve como objetivo levantar o conhecimento produzido sobre as doenças ocupacionais inerentes ao exercício da profissão docente.

 

  1. MÉTODO

 

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, embasada em literaturas publicadas e referenciadas no banco de dados da Scientific Eletronic Library Online(SCIELO), publicadas entre os anos de 2005 a 2013 e identificados pelos seguintes descritores: Saúde do professor, Docência e saúde, Saúde e trabalho docente. Tal pesquisa foi realizado no período de abril a agosto do ano de 2013. Foram considerados critérios de inclusão todos os artigos publicados no período analisado, publicado no idioma português e com abordagem sobre as doenças ocupacionais inerentes à profissão docente. Em posse das literaturas, procedeu-se à leitura detalhada de cada documento e, com isso, construiu-se um referencial teórico sobre o tema.

O levantamento bibliográfico possibilitou identificar inicialmente 243 artigos, e destes 21 com a temática Saúde do Professor, dos quais 13 estão diretamente vinculados ao objetivo dessa investigação. As variáveis investigadas foram: ano de publicação, metodologia utilizada e periódico divulgado. A pesquisa foi organizada em três categorias, elaboradas segundo os critérios citados: Distúrbio da voz, Distúrbio mental e Distúrbio osteomuscular.


  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A pesquisa bibliográfica foi organizada em forma de tabelas, onde há exposição de todos os dados de produções científicas e em três categorias elaboradas com base na interpretação do referencial teórico.

 

Tabela 1 Distribuição da produção científica de 2005 a 2013 relacionando o tema saúde do professor.

 

Periódico

 

Nº de artigos

                      

Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol

 

3

 

Pró-Fono Rev. de Atualização Cientifica

 

2

 

Rev. Bras. Epidemiol

 

2

 

Rev CEFAC

 

2

 

Rev. Saúde Pública

 

2

 

Cad. Saúde Pública

 

1

 

Fisioter Mov.

 

1

Fonte: Base de Dados SCIELO

 

Com base nos dados apresentados acima podemos observar que a Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia apresentou maior números de artigos relacionados com a temática proposta, seguido da Pró-Fono Revista de atualização científica, Revista Brasileira Epidemiológica, Revista Centro de Especialização de Fonoaudiologia Clínica e Revista de Saúde Pública, Caderno de Saúde Pública e Fisioterapia em Movimento.

 

Conforme exposição na Tabela 2 tem-se a distribuição científica segundo alguns critérios como periódico, título, autores, ano e tipo do estudo.

 

 

Tabela 2 Distribuição da produção científica sobre a saúde do professor segundo periódico, título do artigo, autores, ano e tipo de estudo.

 

 

Periódico

Artigos

Autores

Ano

Tipo de estudo

Pró-Fono Rev. de Atualização Cientifica

Impacto da voz na qualidade de vida de professore(a)s do ensino fundamental

 

Grillo, MHMM; Penteado, RZ

 

2005

 

Quantitativa

 

Cad. Saúde Pública

Prevalência de transtornos mentais comuns em professores da rede municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

 

Gasparini SM  et al

 

2006

 

Descritivo

Transversal

 

Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol

 

Relações entre saúde e trabalho docente: percepções de professores sobre saúde vocal

 

 

Penteado, RZ

 

2007

 

Qualitativa

Rev. Saúde Pública

Qualidade de vida e saúde vocal de professores

Penteado RZ; Pereira IMTB

2007

Qualitativa

Quantitativa

 

Pró-Fono Rev. de Atualização Cientifica

 

Ações em saúde vocal: proposta de melhoria do perfil vocal de professores

 

 

 

Silverio KCA et al

 

 

2008

 

 

Quantitativa

 

Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol

 

Políticas públicas e voz do professor: caracterização das leis brasileiras

 

 

Ferreira LP et al

 

2009

 

Qualitativa Documental

Rev. CEFAC

Prevalência de disfônia em professores do ensino público estadual afastado de sala de aula

 

Provezano, LCFA; Sampaio TMM

 

2010

Longitudinal e descritivo

 

 

 

Rev. Bras. Epidemiol

Prevalência da Síndrome de Burnout e fatores sociodemográficos e laborais em professores de escolas municipais de cidade de João Pessoa, PB

 

Batista JBV et al

 

2010

 

Quantitativa transversal

 

 

Rev. CEFAC

 

Ações de promoção e prevenção à saúde vocal de professores: uma questão de saúde coletiva

 

 

Luchesi KF et al

 

 

2010

 

Qualitativo e Quantitativo

 

 

Rev. Soc. Bras. Fonaudiol

 

Risco ocupacionais na legislação trabalhista brasileira: destaque para aqueles relativos à saúde e à voz do professor

 

 

Servilha EAM

et al

 

 

 

2010

 

 

Bibliográfico

Qualitativo

 

Rev. Saúde Pública

 

Fatores associados a patologia de pregas vocais em professores

 

 

Souza CL et al

 

 

2011

 

Transversal Censitário

 

Rev.. Bras. Epidemiol

Avaliação perceptivo auditiva e fatores associados à alteração vocal em professores

 

 

Ceballos AGC et al

 

 

2011

 

 

Exploratório

Transversal

 

Fisioter Mov.

Análise dos Sintomas osteomusculares de professores do ensino fundamental em Matinhos (PR)

 

Mango MSM  et al

 

 

2012

 

Quantitativo

Fonte: Base de Dados SCIELO


Pelo que constatamos nos dados apresentados na Tabela 2, observou-se que houve maior produção no ano de 2010 e não existindo nenhum publicado no ano de 2013. Dentre os artigos selecionados, a maioria abordava sobre a saúde vocal, 10 artigos relacionados a voz, 2 relacionado a saúde mental e 1 sobre a saúde osteomuscular. Em relação às metodologias utilizadas pelos autores, constatamos que as pesquisas quantitativas e qualitativas foram as mais abordadas. Segundo Minayo (2008), o uso de métodos quantitativos tem o objetivo de trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis ou produzir modelos teóricos de alta abstração com aplicabilidade prática. No entanto a abordagem qualitativa é o que se aplica ao estudo da história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, produtos das interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus artefatos e a si mesmos, sentem e pensam.


Partindo desses estudos sobre a saúde do professor, foi possível identificar os dados que fundamentaram a catalogação das principais doenças que acometem tais profissionais:


2.1 Distúrbio da voz


Os professores estão entre os profissionais que têm na comunicação elemento vital para a viabilização de seu trabalho, sendo a voz o instrumento utilizado para estabelecer vínculos diretos com o aluno, a família e a comunidade. Voz profissional foi conceituada como uma forma de comunicação oral, utilizada por indivíduos que dela dependem para exercer sua atividade ocupacional e, por meio desse modo de expressão, atingir um público específico e determinado (PROVENZANO; SAMPAIO, 2010).


Dentre os distúrbios da comunicação, há os distúrbios vocais que são denominados disfonias, sendo caracterizados como qualquer dificuldade na emissão da voz, que podem impedir a transmissão da mensagem verbal e/ou emocional do discurso, tais como rouquidão, afonia, dor ao falar, cansaço ao falar, falhas na voz, falta de projeção vocal e dificuldade para falar em forte intensidade, que são responsáveis por um número significativo de queixas, licenças médicas, afastamentos e readaptações funcionais, representando prejuízos para o trabalhador professor, para a comunidade escolar e toda a sociedade. (GRILLO; PENTEADO, 2005)


Diante do exposto, nota-se que os distúrbios vocais estão fortemente presente nessa categoria, devido à grande demanda vocal e exposição aos diversos fatores de risco, como as condições ambientais e organizacionais em que a docência é exercida.


Esses dois gêneros de fatores que interferem no adoecimento vocal, principalmente do professor, são devidamente explicitados: os primeiros, os fatores ambientais, são elementos como o ruído, a poeira e a fumaça, já os fatores organizacionais são evidenciados como excesso de trabalho, cobrança excessiva e falta de material. Ambos se associam ao despreparo vocal desse profissional, consequência da falta de conhecimentos de técnicas e cuidados especiais com a saúde vocal (SERVILHA et al, 2010)
Além desses fatores, outros inerentes ao próprio sujeito, são considerados inimigos biológicos da voz. São eles as alterações advindas com a idade, alergias, infecções de vias aéreas superiores, influências hormonais, medicações, etilis¬mo, tabagismo e falta de hidratação. Refletindo sob esse ponto de vista, vale ressaltar que o achado de uma alteração de natureza pessoal, não descarta a existência concomitante de um distúrbio de voz relacionado ao trabalho (FERREIRA et al, 2009).


Penteado (2007), considera que os sintomas do distúrbio de voz têm início insidioso, com predominância no final do dia de trabalho e piora no decorrer da semana e do semestre letivo. Após descansos noturnos, finais de semana e férias, a voz tende a melhorar. Contudo, aos poucos, tais sintomas se apresentam continuamente e sem expectativa de melhora. Os mais comuns são: rouquidão ou disfonia, afonia, dor e cansaço ao falar, falhas na voz, falta de projeção vocal e dificuldade para falar em forte intensidade.


Os distúrbios decorrentes do uso da voz caracterizam-se por serem crônicos, o que os diferencia de outros distúrbios que alteram a qualidade do som da voz, como laringites, gripes, resfriados e processos inflamatórios agudos( SOUZA et al, 2011).


A importância da preservação da voz não é reconhecida pela maioria dos professores, que demonstram dificuldades em perceber como problemas, os sinais e os sintomas vocais que apresentam. Há ainda, a aceitação passiva da alteração vocal, pois muitos acreditam ser esta uma consequência natural de sua profissão, além disso, o tempo e o ônus financeiro dispensado ao tratamento da disfonia os tornam relutantes a buscar um acompanhamento apropriado (LUCHIESI et al, 2010)


Quanto às condições de trabalho dos professores,(CEBALLOS, 2011) considera que esses profissionais referem esforço físico elevado, exposição a poeira ou pó de giz, ventilação inadequada, permanência em pé durante longos períodos, tempo insuficiente para a realização das atividades e estudos, e ritmo acelerado de trabalho. Observando a relações entre a condição de saúde e o trabalho docente, Penteado e Pereira (2007), enfatizam que a escola e a organização nesse ambiente repercutem sobre os processos saúde doença no professor, este pouco conhece sobre as condições de saúde, de trabalho e da qualidade de vida docente. Conforme Silvério et al (2008), a condição de saúde é um aspecto fundamental para a qualidade de vida bem como para a capacidade de trabalho das pessoas.


2.2 Distúrbio mental

A relação entre saúde mental e trabalho esta diretamente ligada, a presente pesquisa contribuiu para identificar fatores ocupacionais implicados nessa relação, como estresse, fadiga, alterações do sono, problemas depressivos e consumo de medicamentos, além disso, há mudanças no trabalho docente, novas exigências e competência são requeridas, criando uma sobrecarga de trabalho, gerando consequências negativas para a vida e saúde dos professores.


Diante das literaturas percebeu-se que os transtornos psíquicos estão entre as principais queixas de saúde dos docentes e de causas de absenteísmo nas escolas correspondendo, em sua maioria a quadro depressivo, nervosismo, abuso de bebidas alcoólicas, sintomas físicos sem explicação e cansaço mental, com serias consequências para o desempenho profissional e impacto cada vez maior na função familiar.


As condições do ambiente de trabalho estão diretamente ligadas às alterações psicossociais, uma vez que existem situações adversas no trabalho docente como a deficiência de ventilação na sala de aula e a presença de ruído, seja ele gerado na sala, seja fora da escola, além disso, a falta ou escassez de recursos materiais, a violência e agressões nas escolas praticada por alunos, pais de alunos, funcionário ou colegas de trabalho, ou pessoas externa a escola são fatores que tornam o ambiente desconfortável, incômodo e intranquilo, para professores e alunos, requerendo maior esforço e maior exigência física e mental com repercussões à saúde docentes (GASPARINI et al 2006).


(BATISTA et al, 2010) Em meio aos agravos mais recorrentes na categoria docente, observa-se que os transtorno mentais se sobressaem, dentre estes, a Síndrome de Burnout ocupa um lugar de destaque. Burnout é um fenômeno psicossocial que surge como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorrido na situação de trabalho, que acometem profissionais que matem uma relação constante e direta com outras pessoas, como no caso dos professores.


Essa síndrome é constituída de três dimensões: Exaustão emocional, Despersonalização e Baixa realização profissional, esta afetam o profissional, deixando-o exausto, com tensão muscular, apresentando fadiga crônica, assim como gripe ou resfriado, cefaleia, ansiedade e depressão, problemas cardiovasculares e transtorno psiquiátricos. O professor pode apresentar rompimento como hábitos normais, perda do auto-respeito e do autocontrole em aula e reações exageradas para moderar o estresse.


Ainda o mesmo autor, a Síndrome de Burnout é um dos agravos ocupacionais de caráter psicossocial mais importante na sociedade atual, tendo em vista suas graves implicações para saúde física e mental do trabalhador é considerado uma questão de saúde pública. É evidente o comprometimento dessa síndrome na qualidade de vida do professor, portanto, faz-se necessário o entendimento e o reconhecimento dessa doença ocupacional para a inclusão desse profissional nas medidas de políticas públicas voltadas para a saúde e bem-estar da categoria.
2.3 Distúrbio osteomuscular

As condições de trabalho podem estar relacionadas ao afastamento dos docentes de suas atividades, pois estes estão expostos a fatores que levam ao adoecimento: muito tempo em pé, ou em ambientes não ergonômicos e atividades repetitivas as quais foram identificadas como o principal risco da atuação dos docentes.


As Lesões por Esforços Repetitivos (LER)/Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) representam um dos grupos de doenças ocupacionais que traz danos decorrentes de fatores de risco físicos como repetitividade, força muscular, posturas inadequadas e mobiliário inadequado, em suma são decorrentes da utilização excessiva, imposto ao sistema osteomuscular, e da falta de tempo para recuperação. Em geral, são caracterizadas pela ocorrência de vários sintomas, concomitantes ou não, de aparecimento insidioso, predominantemente nos membros superiores (MAGNO et al, 2012).


O mesmo autor, refere os sinais e os sintomas das doenças osteomusculares, dores, parestesias, limitações funcionais, inflamação, diminuição da força muscular, tensão muscular, retrações musculares e limitações articulares, cãibras, cefaleia, problemas circulatórios, irritabilidade geral e estresse orgânico e mental, além de sensação de peso e fadiga. As alterações osteomuscular mais comum nos professores são protrusão da cabeça e dos ombros, hiperlordose cervical e lombar, a cervicobraquialgia, lombociatalgia, asalgias vertebrais, a bursite do ombro, a escoliose, as tendinopatias do punho e as síndromes compressivas do complexo punho antebraço.


Portando é essencial analisar os sintomas osteomusculares dos professores, permitindo a identificação dos problemas, com a participação efetiva dos sujeitos do processo de trabalho, que deve ser replanejado.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conjunto de dados levantado nesta pesquisa revela aspectos importantes sobre a realidade dos professores, desvelando que a saúde vocal, saúde mental e saúde osteomuscular são os problemas mais afetados no exercício profissional da atividade docente. Dentre os artigos citados e analisado acima o problema relacionados ao uso da voz, é mais significativo, devido alterações das vozes encontradas nos professores, evidenciando a precariedade das condições de saúde vocal desses sujeitos.


O entendimento e reconhecimento dessa realidade se fazem necessários para uma inclusão do professor nas medidas de políticas públicas voltadas para a saúde e bem-estar da categoria e a importância e necessidade de implantação de programas de saúde docente, a fim de prevenir as doenças crônicas, desta forma são necessário intervenções que atuem sobre as variáveis laborais, com também psicossociais que influenciam o desenvolvimento desse adoecimento ocupacional. Neste sentido os resultados podem subsidiar formas de auxiliar a comunidade escolar na busca de uma melhor qualidade de vida no trabalho e instituições a oferecer à sociedade um trabalho eficiente e qualificado.


A importância na construção de um Programa de intervenção com toda a equipe de saúde do trabalhador, na qual cada profissional constitua práticas de sua competência. Para dar início à intervenção, seria interessante um trabalho de sensibilização para a importância da voz no ensino, que proporcionasse ao professor uma reflexão sobre o papel da voz no ensino, o impacto deste instrumento de trabalho sobre a aprendizagem do aluno e o aumento de sua sensibilidade para queixas e sintomas vocais.
REFERÊNCIAS

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Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Renata Lima e Silva

por Renata Lima e Silva

Renata Lima e Silva, Enfermeira, especializando em Enfermagem do Trabalho pelo Portal da Educação e Saúde da Família pela UNASUS.

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