A segurança do trabalho em enfermagem no ambiente hospitalar
Ambiente, Saúde e Segurança
Enfermagem
17/03/2015
A SEGURANÇA DO TRABALHO EM ENFERMAGEM NO AMBIENTE HOSPITALAR[1]
Mabelle Ricardo de Souza Freitas[2]
Cristiane Costa Schossler[3]
RESUMO
Este trabalho mostra de forma contextualizada, um parâmetro da situação dos profissionais dentro do ambiente hospitalar. Teve o objetivo de avaliar a qualidade da Segurança aos profissionais dentro do Ambiente Hospitalar, através da literatura, para que assim pudesse averiguar a necessidade de um enfermeiro do trabalho dentro deste ambiente. Para isto realizou-se uma pesquisa com abordagem qualitativa, do tipo bibliográfica, em artigos relevantes obtidos nas Bases de Dados da Biblioteca Nacional de Saúde (BVS), durante os meses de Julho e Agosto de 2014. Este trabalho, através de uma pesquisa bem embasada, mostrou os riscos a que estão expostos os profissionais e como se faz importante a presença do enfermeiro dentro do mesmo, pois com o foco voltado para a enfermagem procura elucidar questionamentos sobre os riscos a que estão expostos e como preveni-los. Assim serve como base para futuras pesquisas e para um maior conhecimento de profissionais da área.
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[1] Trabalho de conclusão do curso de pós-graduação lato sensu à distância em Enfermagem do Trabalho pelo UCBD/Portal da Educação.
[2] Bacharel em Enfermagem pela Universidade Veiga de Almeida (RJ). Pós-graduada em Saúde Pública pela UNOPAR. Pós-graduanda em Enfermagem do Trabalho pelo UCBD. E-mail: minhabelle2008@gmail.com.
[3]Professora Especialista em Enfermagem do Trabalho e Saúde Coletiva. Orientadora do Trabalho de Conclusão do Curso de pós-graduação lato sensu da UCDB/Portal Educação. E-mail: krys.schossler@hotmail.com.
INTRODUÇÃO
A Saúde do Trabalhador está inserida na Saúde Pública e esta tem como foco ações preventivas à saúde, que se fazem necessárias à atuação dela no ambiente hospitalar. Este espaço, por ofertar saúde necessita que seus profissionais estejam sadios. Ao levar em conta a atual situação dos hospitais no Brasil, sempre mostrada nos noticiários, percebe-se que a segurança tanto aos pacientes quanto aos profissionais está prejudicada, necessitando de melhorias para que a oferta de condições de trabalho menos danosas sejam possíveis. Ao realizar tais estudos percebe-se que há uma fragilidade quanto a segurança prestada aos profissionais de saúde dentro do ambiente hospitalar. Estatísticas oficiais do Ministério da Previdência Social, sobre registro de acidentes de trabalho na área da saúde, divulgaram números como 17.267 no ano de 2002 e um aumento significativo no ano de 2010 com índices de 58,252 acidentes de trabalho no setor de serviço de saúde (BRASIL, 2010).
Embora o ambiente hospitalar seja um local de reabilitação, voltado a prestação de saúde à população, onde muitos profissionais estão envolvidos, os quais assim como os pacientes precisam ter ofertado saúde e segurança. Percebe-se em um contexto geral que os hospitais hoje mencionados diversas vezes em noticiários no país, não oferecem o mínimo de segurança, visto a existência de desvio de verba, ambientes mal organizados, higienizados e superlotados, falta de recursos e equipamentos, dentre outros (PALHANO, 2013)
É em vista deste problema que este trabalho procurou estudar estes ambientes através da literatura, para ter um parâmetro da situação atual e como se fará possível uma mudança benéfica para os profissionais. A partir desta visão questionou-se: O que atualmente é oferecido aos profissionais em relação a segurança do trabalho no ambiente hospitalar? Quais os principais problemas relatados ou vivenciados pelos profissionais quanto a segurança? Qual a diferença que um enfermeiro do trabalho faria dentro deste ambiente? Este trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade da Segurança aos profissionais dentro do Ambiente Hospitalar, através da literatura, para que assim se possa averiguar a necessidade de um enfermeiro do trabalho dentro deste ambiente.
MÉTODOS
O presente estudo utilizou-se de pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica. O foco deste trabalho esteve voltado para a melhora na qualidade de vida dos profissionais da área da hospitalar, já que são eles que estão diretamente expostos aos riscos de acidentes neste ambiente. A coleta de dados ocorreu mediante a procura de artigos relevantes obtidos nas Bases de Dados da Biblioteca Nacional de Saúde (BVS) através dos seguintes descritores: “enfermagem do trabalho”; “segurança do trabalho”; “ambiente hospitalar”, durante os meses de Julho e Agosto de 2014.
Os critérios de inclusão foram artigos em português, encontrados a partir dos descritores escolhidos, escritos por profissionais da saúde. Os critérios de exclusão: artigos estrangeiros, em idiomas estrangeiros, escritos por profissionais de outras áreas sem ser da de interesse e fora dos descritores selecionados.
Foram encontrados 30 artigos relevantes sobre o assunto, os quais foram separados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão totalizando 20 artigos, os quais passaram pela análise de dados comparativa, de modo a estabelecer relação entre os artigos encontrados, seguindo a temática de Bardin. Foram utilizados também Manuais do Ministério da Saúde, decretos e normas, Leis e alguns livros para dar embasamento à pesquisa. Este trabalho teve como foco alcançar o interesse de todos os estudantes de Graduação em Enfermagem, assim como os já graduados e interessados em maior conhecimento sobre o assunto.
1. 1. A SAÚDE E A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL
Há relatos de que há muito tempo as questões sobre ambiente seguro e cuidados com a população já se faziam presentes. Estudiosos como Aristóteles, Platão entre outros já realizavam pesquisas sobre a saúde dos trabalhadores. A Revolução Industrial trouxe mais problemas ainda com a falta de saneamento e condições de trabalho adequadas. Muitas tentativas de melhorias foram feitas ao longo dos anos (MULATINHO, 2001).
No Brasil, esta perspectiva é um pouco diferente visto que a maior parte do tempo a sociedade baseou-se na exploração da mão de obra indígena, escrava e imigrante, deixando-os sem muitos direitos. Mas, foi somente na década de 1980, que programas voltados à saúde do Trabalhador foram criados, tendo como marco a VIII Conferência Nacional de Saúde em1986, e a I Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, também neste mesmo ano (BRASIL, 2007).
Essas duas Conferências, somadas à Reforma Constitucional de 1988 e a Lei Orgânica de Saúde, n. 8.080 de 1990, se tornaram os verdadeiros pilares na base de sustentação da Saúde do Trabalhador, desenhando assim, uma nova trajetória a ser trilhada, a qual por ser complexa sofre embates importantes na busca por sua consolidação (BRASIL, 2007).
Vecina Neto; Malik (2007, p.826-27) no artigo “Tendências na Assistência Hospitalar” fazem um cenário da saúde no Brasil levantando questões como perfil epidemiológico, recursos humanos, tecnologia, entre outros. Para os autores o modelo assistencial atual, no qual o Estado passa a responsabilidade para empresas privadas e cooperativas, no quesito de recursos humanos, se torna ineficaz e mais caro, o que leva, segundo os autores, ao retrabalho, desperdício de material e diminuição da qualidade da atenção.
Segundo Francisco; Castilho (2002, p.240) os gastos em saúde como: o emprego de novas tecnologias, aumento da expectativa de vida, a escassez de mão de obra qualificada, entre outros, ainda é enorme e está intimamente ligada a vários fatores que ao invés de auxiliar os profissionais causam baixa produtividade, gestão desorganizada, incapacidade dos profissionais, falta de controle, entre outros.
Os autores relatam ainda que a crise em relação aos gastos e arrecadações perduram desde a década militar, período em que o Brasil e muitos outros países passaram por crises econômicas e tentam se reerguer desde então. Mas, que ainda passam por dificuldades, tanto no setor público quanto no privado. Para eles, uma das formas de melhorar o quadro atual é otimizar os custos e repassar informações secretas ou desviadas (FRANCISCO; CASTILHO, 2002, p.242).
A Segurança do Trabalho, de acordo, com o artigo 19 da Lei n° 8.213 de 1991 é a ciência que tem o foco voltado para a prevenção dos acidentes de trabalho decorrentes dos fatores de riscos operacionais. Atualmente o quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (BRASIL, 1990).
Dentro das empresas, os profissionais constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Aliados a estes, as unidades básicas de saúde, dão suporte em questões emergenciais como nos acidentes ou preventivos como as imunizações. A Saúde aliada a Segurança do Trabalho tem como foco um ambiente de qualidade que propicie ao trabalhador desenvolver suas atividades sem prejudicar temporária ou definitivamente a sua saúde (CAMPOS, 2002).
1.1. SAÚDE DO TRABALHADOR
Em um âmbito geral, o trabalhador é aquele que “trabalha; lidador; pelejador; empregado” (FERREIRA, 1993). Já de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001), trabalhador é todo homem e mulher que exerce atividade para o seu próprio sustento assim como os seus dependentes, independente da forma de inserção no mercado de trabalho, nos setores formais e informais da economia.
Ainda nesse grupo, estão inclusos os trabalhadores que exercem atividades não remuneradas, além daqueles em ajuda a membro da unidade domiciliar que tem uma atividade econômica, aprendizes e estagiários e os temporários ou definitivamente, afastados do mercado de trabalho por doença, aposentadoria ou desemprego. Além deles, pessoas que trabalham ou trabalharam como empregados assalariados, trabalhadores domésticos, avulsos, agrícolas, autônomos, servidores públicos, cooperativados e outros (BRASIL, 2001).
Ao analisar quem faz parte desta definição de trabalhadores, entende-se que estes necessitam de saúde, e está de acordo com a Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 196 define que saúde é um direito à que todos devem ter e deve ser ofertado pelo Estado integralmente, visando a redução dos riscos de doenças e outros agravos, assim como o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 2012. P.116-117).
A saúde do trabalhador é um conjunto de atividades ligadas a vigilância sanitária e à vigilância epidemiológica, com a finalidade de prevenir e proteger o trabalhador dos riscos de doenças próprias de ambientes laborais, bem como recuperar a sua saúde quando submetida a qualquer agravo ocasionado pelo trabalho (FERNANDES, 2009, p.180).
Dentro do ambiente hospitalar, todos os profissionais são considerados trabalhadores e à eles deve ser oferecido o mínimo de segurança e qualidade de vida dentro deste ambiente. É importante levar em conta que quando se denomina profissional estão inclusos desde os profissionais terceirizados (em sua maioria na área de limpeza, manutenção e transporte) e os profissionais de mais alto escalão como chefes de setores, presidentes e pessoal administrativo (BRASIL, 2002).
Os profissionais encontrados neste ambiente independentemente do nível são: médicos de diversas especialidades, desde clínicos a cirurgiões especializados, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, os quais executam ordens médicas, orientados e assistidos pelo enfermeiro responsável, pessoal de limpeza, rouparia, nutrição, segurança, administrativo, biólogos, psicólogos, técnicos de Radiológicos e muitos mais. Todos eles compõem o quadro hospitalar, para juntos oferecer aos pacientes: saúde, segurança, assistência humana e psicológica. (FRONZA; TEIXEIRA, 2010). Ao se levar em conta os profissionais de enfermagem este quadro se restringe aos auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros, assim como estagiários e residentes de enfermagem.
Dentro do Sistema Único de Saúde, as principais leis: são a lei 8.080/90 que dispõe sobre as condições de saúde e funcionamento dos serviços, abordando a Saúde do Trabalhador e suas competências, destacando as atividades que se destinam, por meio de ações de vigilância epidemiológica e sanitária, à promoção da saúde dos trabalhadores, bem como às medidas de recuperação e reabilitação dos indivíduos que estão expostos as cargas e agravos provenientes das condições do labore da sua complementar, a lei 8.142/90 (RIBEIRO, 2012). Ambas direcionam para uma melhora do trabalho em saúde, garantindo os princípios da universalidade, da equidade e da participação popular – usuários, trabalhadores e gestores – na construção desse Sistema (KIRCHHOL, 2003).
Além dessas Leis existe uma gama de documentos que falam sobre os direitos e deveres dos empregados e empregadores, dentre elas temos a Constituição Federal (1988), que em seus parágrafos XXII e XXVIII, do 7° artigo do Capítulo II, diz que os trabalhadores tanto urbanos quanto rurais, além de outros que visem melhorar sua condição social têm o direito a redução dos riscos referentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando ocorrer em dolo ou culpa (BRASIL, 2012, p.19).
Outro importante documento é a Lei 10.406 do Código Civil Brasileiro (BRASIL, 2002), que dispõe em seu artigo 186, que qualquer pessoa que violar o direito e causar dano a outrem, mesmo que por ação ou omissão, negligência ou imprudência, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Ainda nesse contexto temos o Decreto-Lei5.452, de 1° de maio de 1943 – a Consolidação das Leis Trabalhistas, que em seu Título II, Capítulo V, dispõe sobre a Segurança e Medicina do Trabalho nos artigos 154 a 201 (BRASIL, 1943).
E por fim, mas não menos importante, as Normas regulamentadoras, as quais são explicitações dos artigos 154 a 201 da CLT, para que sirvam de parâmetro técnico às pessoas ou empresas no intuito de atender de forma legal e observar o pactuado nas Convenções e nos Acordos Coletivos de Trabalho de cada categoria e nas Convenções Coletivas sobre Prevenção de Acidentes (GARCIA, 2007).
Dentre as Normas Regulamentadoras a NR 32 tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral (GARCIA, 2007). Todas essas normas e leis agregadas servem para nortear os serviços dentro dos hospitais para evitar os acidentes e melhorar a qualidade de vida dos profissionais que formam seus quadros de funcionários.
1. 2. O AMBIENTE HOSPITALAR
O Hospital é antes de qualquer definição uma instituição de nível Federal, Estadual, Municipal ou Privada, que tem como foco, ações científicas para pesquisa de agentes causadores de doenças com a finalidade de curá-las, seja através de medicações, cirurgias ou reabilitação (FRIAS, 1999).
Ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde também são desenvolvidas dentro deste ambiente. Nesse contexto estão inclusas como ambientes hospitalares, não só os próprios hospitais, como também Clínicas, Postos de Saúde, Unidades Básicas de Saúde, Laboratórios e todas as unidades que de alguma forma realizem atividades em prol da saúde da população (FRIAS, 1999).
Para D’Innocenzzo; Adami; Cunha (2006, p.86-88) de forma política, o que determina a qualidade dos serviços são os programas instituídos pelo Ministério da Saúde, como forma de incentivo ao aprimoramento da assistência hospitalar e melhoria da gestão das instituições, esses programas ofertam as instituições de qualidade benefícios, sejam eles em dinheiro para maiores investimentos, equipamentos, além dos certificados de qualidade (Instituições Acreditadas).
Com esse objetivo, o Ministério da Saúde tem implementado programas como o de Centros Colaboradores para a Qualidade da Gestão e Assistência Hospitalar, o de Humanização da Assistência, o de Modernização Gerencial dos Grandes Estabelecimentos e o de Acreditação Hospitalar. Tem realizado também significativos investimentos no reequipamento e na reforma de inúmeros hospitais em todo o País (BRASIL, 2002).
Em geral, os trabalhadores, inseridos na produção em saúde, estão expostos a uma diversidade de cargas que são geradoras de processos de desgaste. A problemática no trabalho em saúde é acentuada aos que atuam em hospitais, uma vez que essa instituição é tipicamente insalubre. As características e as formas de organização e divisão do trabalho os expõem, ainda mais, pois são obrigados a permanecer nesse ambiente, durante toda sua jornada laboral e grande parte da vida produtiva (COSTA, FELLI, 2005).
Os riscos ocupacionais no ambiente hospitalar, geralmente estão associados aos agentes biológicos e às radiações ionizantes, o que vem favorecer o desconhecimento ainda maior por parte dos trabalhadores em relação às cargas químicas (COSTA; FELLI, 2005). De modo a comentar as definições legais dos agentes potenciais de danos à saúde do trabalhador, citamos os itens que seguem, encontrados na NR-9 da Portaria nº 3214/78:
Consideram-se agentes físicos, dentre outros: ruídos, vibrações, temperaturas anormais, pressões anormais, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes, iluminação e umidade; Consideram-se agentes químicos, dentre outros: névoas, neblinas, poeiras, fumaça, gases e vapores; Consideram-se agentes biológicos, dentre outros: bactérias, fungos, "rickettsia", helmintos, protozoários e vírus; Consideram-se, ainda, como riscos ambientais, para efeito das Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214, os agentes mecânicos e outras condições de insegurança existentes nos locais de trabalho capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador (BRASIL, 1994, p.1)
Outro grande fator de risco para os profissionais são os aspectos ergonômicos do ambientes de trabalho, os quais são normatizados, mas em sua maioria não são postos em prática, dificultando assim a realização do trabalho e proporcionando ao longo do tempo riscos permanentes aos profissionais. Assim também, a falta de manutenção de equipamentos e a utilização de mobiliários improvisados e inadequados, tornam o trabalho mais árduo para a equipe de enfermagem. Pode-se citar como exemplo: camas pesadas com rodas que não funcionam, local improvisado para fazer anotações e colher sangue, manivelas de camas de difícil movimentação, entre outros (ALEXANDRE, 1998).
Os acidentes que ocorrem com perfuro-cortantes contaminados podem acarretar doenças como a Hepatite B (transmitida pelo vírus HBV), Hepatite C (transmitida pelo vírus HCV) e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS (transmitida pelo vírus HIV). Essas doenças podem levar à mudanças nas relações interpessoais de ordem privativa e no ambiente de trabalho, podem causar distúrbios mentais e emocionais.
É perceptível que os trabalhadores estão expostos a muitos fatores de risco dentro do ambiente de trabalho, mas dentre todas as situações perigosas de riscos à que estão lidando o que se tornou nos últimos anos mais comum foi o stress. Para Martins (2003), as organizações hospitalares são sistemas complexos compostos por diversos departamentos e profissões, tornando-as uma organização de pessoas confrontadas com situações emocionalmente intensas, tais como vida, doença e morte, as quais causam ansiedade e tensão física e mental.
De acordo com a autora supracitada os fatores que mais são relevantes para o quadro stressor são: a sobrecarga de trabalho (uma quantidade excessiva de trabalho cansa a mente), o conteúdo do trabalho (a diversidade de funções gera um conflito pessoal), as relações interpessoais (conflito ao lidar com os colegas de profissão, superiores e equipe multidisciplinar), as novas tecnologias (a dificuldade que muitos têm em lidar com os equipamentos mais modernos), ambições não-satisfeitas, responsabilidade e a falta de lazer devido ao cansaço gerado pelo trabalho (MARTINS, 2003).
Ao observar todos estes fatores de riscos percebe-se que a enfermagem por estar 24 horas por dia em contato com o doente ela está mais suscetível a adoecer. Com isso, se evidenciou que dentre os riscos revelados a organização do trabalho, fatores relacionados ao ambiente e sobrecarga nos segmentos corporais, foram às principais causas de afastamentos, licenças e aposentadorias por invalidez na equipe de enfermagem (SILVA et al., 2013).
A segurança do trabalho se faz de grande valia dentro do ambiente hospitalar porque quando acontece com qualidade fornece segurança aos profissionais para realizarem suas atividades com qualidade e consequentemente ofertem aos pacientes o seu melhor. Não é porque o hospital é um local que oferta saúde que não está exposto a riscos ou acidentes, muito pelo contrário, exatamente pelo fato de ter diversas pessoas com algum tipo de patologia que o hospital é o local que mais está exposto a acidentes, e os profissionais por sua vez, não se importam com sua segurança tanto quanto necessário. O enfermeiro do trabalho dentro deste ambiente pode trazer de volta alguns aspectos que muitas vezes ficaram esquecidos e muitos acidentes podem ser evitados (SALIBA, 2004).
2.1. AS AÇÕES DE ENFERMAGEM NO AMBIENTE HOSPITALAR
O mundo do trabalho vem passando por profundas transformações. Temáticas como globalização, flexibilização, competitividade e novas formas de organização do trabalho têm sido destacadas nas análises daqueles que atuam nas organizações ou as estudam. Nesta fase da dita terceira Revolução Industrial, as pessoas que atuam nas organizações passam a ser fonte de interesse; conforme assinalam alguns autores, são os colaboradores que possibilitam a vantagem competitiva nas organizações e faz-se necessária a implementação de ações que propiciem a qualidade de vida no trabalho (TOLFO, 2001).
Entretanto em razão de um mercado de trabalho muito competitivo e a desvalorização da mão de obra profissional dentro do ambiente hospitalar, é muito comum encontrar profissionais da área da saúde, principalmente de enfermagem, com mais de um vínculo empregatício. Com isso, estes acabam trabalhando de forma precária e sem a segurança necessária, acarretando para si problemas relacionados às suas atividades exercidas, incluindo os riscos relacionados à saúde (SOUZA, 2011)
Tendo em vista a essa preocupação com os riscos ocupacionais surgiram portarias ministeriais, como a 3.460/75, que certifica o profissional enfermeiro como parte de uma equipe de saúde ocupacional. As Portarias 3.236/72 e 3.237/72 do Ministério do Trabalho obrigam as instituições com mais de 100 profissionais possuírem um serviço de saúde ocupacional para prevenção de acidentes aos seus trabalhadores (ANDRADE; SANNA, 2007).
A presença de um enfermeiro conhecedor das regras e normas de segurança dentro do ambiente hospitalar melhora o ambiente, visto que ao colocar em prática o seu conhecimento gera melhores condições de trabalho, ambientes mais seguros e qualidade na assistência, visto que este tem como responsabilidade: estudar as condições de segurança e periculosidade da empresa; identificar as necessidades no campo da segurança, higiene e melhoria do trabalho; executar e avaliar programas de prevenções de acidentes e de doenças profissionais ou não profissionais para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador; prestar primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença; supervisionar e avaliar as atividades de assistência de enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no local de trabalho; Instruir e treinar os trabalhadores sobre o uso de EPI’s, para reduzir a incidência de acidentes (AREASEG, 2014, p.1).
Planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, a fim de preparar informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientar em problemas de prevenção de doenças profissionais (SOUZA, 2011).
A questão da interferência do espaço físico disponível para atendimento de pacientes e utilização de equipamentos pelo pessoal de enfermagem ainda serem um problema, visto que em sua maioria não há a utilização de equipamentos que auxiliem os profissionais, os profissionais ainda se expondo a riscos realizam estas tarefas nesses ambientes precários e mal arquitetados (ALEXANDRE, 1998).
São necessárias mudanças no ambiente de trabalho para minimizar os riscos em procedimentos de assistência e no ambiente laboral, além de treinamento, conscientização de práticas seguras e fornecimento de dispositivos de segurança aos trabalhadores. Além de ser importante a participação da enfermagem em qualquer planejamento do ambiente físico hospitalar. Além disso, tem o SESMT e a CIPA que devem auxiliar os enfermeiros e profissionais ao cumprir com suas responsabilidades de zelar pela saúde e integridade física do trabalhador; rever todos os acidentes envolvendo visitantes, pacientes e funcionários, bem como manter relatórios e estatísticas de todos os danos; evitar acidentes, recomendando medidas preventivas e corretivas para evitá-los; treinar a equipe de Brigada Contra Incêndio, bem como a população envolvida em situações de incêndio (ANVISA, 2014, p. 2).
É premente a necessidade de implementação de um programa de educação permanente junto aos trabalhadores de saúde para prevenção de exposições ocupacionais e adesão ao seguimento clínico após exposição. Para Carvalho (2009), a melhor maneira de se prevenir contra acidentes biológicos é o emprego das precauções-padrão, que preconizam medidas a serem seguidas por todos os trabalhadores da saúde ao cuidarem de pacientes ou manusearem objetos contaminados, entre elas, o uso de EPI's é a principal barreira de proteção contra esses acidentes.
As Precauções-Padrão são grupos de medidas realizadas para minimizar os riscos de transmissão por agentes patógenos no ambiente hospitalar, tais como lavagem das mãos (após procedimentos com ou sem proteção), uso de luvas (quando houver contato com sangue ou secreção), máscaras, protetor de olhos, protetor de face (principalmente em situação que ocorra respingos de sangue), avental (para proteção de superfície corporal, em situação de exposição a sangue e líquido corporal), entre outros (BRASIL, 2007).
A higienização das mãos é recomendada antes e depois de procedimentos como preparo da medicação e nebulização, manejo do paciente, preparo de materiais, embora seja de fundamental importância para prevenção da contaminação por contato manual, tais medidas não são seguidas a rigor (MARTINEZ, 2009). Para diminuição do índice de contaminação com perfurocortante é importante não apenas uma educação continuada em campo de trabalho com profissionais da saúde, mas também dar a liberdade para que estes entendam como funciona a organização de trabalho em que atuam, para que trabalhem mais seguros (SARQUIS, 2002).
Para controle e diminuição da ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, torna-se imprescindível a realização de educação em saúde para todos os trabalhadores envolvidos com o setor (SILVA, 2009). Pois dessa forma conscientizar a equipe de que a utilização dos equipamentos de segurança, assim como a imunização periódica são fundamentais, facilita o trabalho do enfermeiro e diminui os riscos de acidentes.
Esses profissionais ao adquirir, através das medidas de segurança, a competência profissional necessária para desempenhar seus deveres, assim como autonomia e certa independência para realizar suas atividades perceberão que seu ambiente de trabalho se torna melhor e que seus resultados terão melhor qualidade, ao aderirem às medidas de segurança (SILVA, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS
No estudo da Segurança do Trabalho no Ambiente Hospitalar, de uma forma geral pode-se obter uma visão sobre esta realidade, a qual necessita de uma maior vigilância e atitudes efetivas para melhorar a saúde não só da população, mas também dos profissionais que estão cotidianamente entrando em contato com diversos fatores de risco, expostos a eles sem muitas vezes nem perceber a gravidade.
A segurança é um fator imprescindível para um serviço de qualidade, e esse deve ser constantemente avaliado e renovado para que possa sempre estar apto a utilização. Os profissionais, por sua vez, não devem fechar os olhos, devem sempre estar atentos e dispostos a mudar, a fazer o seu melhor para uma saúde de qualidade.
Este trabalho, através de uma pesquisa bem embasada, serve como material para futuras pesquisas e que possa despertar em outros a necessidade de avaliar, questionar a segurança oferecida no Ambiente Hospitalar, pois com o foco voltado para a enfermagem procurou elucidar questionamentos sobre os riscos a que estão expostos e como preveni-los, assim como, a importância do enfermeiro dentro deste ambiente.
Este por sua vez, desempenhando o seu papel dentro do ambiente hospitalar seja ele público ou privado já conseguiu melhorar uma realidade, a qual se achava distante, mas que ainda necessita alcançar um maior espaço e autonomia para solucionar questões até então esquecidas, assim como qualquer trabalhador o profissional que se encontra presente dentro do hospital também necessita de cuidados e segurança, e esta só é obtida através do esforço da equipe juntamente com os responsáveis pelas unidades.
Ainda há um longo caminho a percorrer e muitas pesquisas a serem realizadas com foco nestas mudanças, mas este trabalho já serve como base para obter-se um parâmetro da situação.
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por Mabelle Ricardo de Souza Freitas
Sou Mabelle Ricardo de Souza Freitas tenho 23 anos, sou casada, atualmente moro em Arraial do Cabo - Rio de Janeiro. Fiz Faculdade de Enfermagem na Universidade Veiga de Almeida. Sou Especialista em Saúde Pública e estou cursando atualmente Pós - Graduação em Enfermagem do Trabalho.
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