As complicações apresentadas são causadas por infecções secundárias
Enfermagem
17/03/2015
A escabiose também conhecida como Sarna, tem como principal hospedeiro o homem. É uma doença parasitaria da pele causada por um ácaro o Sarcoptes scabiei, o qual penetra na pele deixando lesões em forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos onde deposita seus ovos. Os produtos metabólicos do ácaro causam uma reação alérgica e tem como sintomatologia o prurido intenso, intensificando-se a noite período de deposição de ovos e reprodução. As regiões interdigitais, punhos, axilas, região periumbilical, sulco interglúteo, e os órgãos genitais masculinos, são as áreas preferidas.
A doença está vinculada a hábitos de higiene, podendo ocorrer em qualquer lugar do mundo. Geralmente ocorre em comunidades fechadas ou grupos familiares.
Sua transmissão se dá por contato direto com doentes, contato sexual e através de roupas de cama, toalhas de banho e vestimentas contaminadas. Tem período de incubação de um dia a seis semanas, sendo transmitida durante todo o período da doença. O diagnóstico é clínico e/ou biopsia de pele.
As complicações apresentadas são causadas por infecções secundárias da pele devido o prurido intenso. Pacientes imunocomprometidos e idosos tem maior risco de desenvolver uma dermatite generalizada com descamação intensa; também denominada sarna norueguesa.
O tratamento deve ser feito com Ivermectina, via oral, em dose única, sempre obedecendo à escala de peso corporal, geralmente são necessários dois ciclos de tratamento, com intervalo de uma semana. Permetrina 5% creme, com aplicações durante seis noites, ou Deltametrina em forma de loção ou shampoo com uso diário durante 7 a 10 dias.
Mulheres grávidas e crianças abaixo de dois anos devem realizar o tratamento com Enxofre 10% diluído em petrolatum.
Os anti-histamínicos sedantes também são utilizados para alívio do prurido. Em infecções secundárias é indicado o uso de antibioticoterapia. A presença de sinais e sintomas após duas semanas de tratamento é considerada fracasso terapêutico. O reaparecimento dos sintomas após 4 semanas é considerado como reinfestação.
Para controle da doença devem-se lavar as roupas de cama, toalhas e vestimentas contaminadas com água quente diariamente. Manter a higiene pessoal e do ambiente. Fazer busca ativa de contactantes contaminados e realizar o tratamento o mais breve possível.
O indivíduo contaminado deve afastar-se de seus afazeres por um período de até 24 horas após o termino do tratamento. Recomenda-se o isolamento nos casos de pacientes hospitalizados, a fim de evitar transmissão, tanto para outros doentes como também para os profissionais de saúde, devendo perdurar por 24/48 horas após o início do tratamento.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiologia. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. Escabiose. -6 ed.rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Pag. 52 a 54.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Libna Nobre do Nascimento Santos
Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93