Problemas na alimentação dos indivíduos com doença de Alzheimer
Incapacidade na aceitação, mastigação e deglutição
Enfermagem
01/06/2015
A coexistência de depressão, dentaduras mal ajustadas, gengivas doloridas e perda de apetite são fatores que contribuem para as alterações nutricionais e inibição do apetite por alguns indivíduos. Pessoas com Doença de Alzheimer (DA) podem não entender que a comida na frente deles está lá para ser ingerida. Mastigação e deglutição também se tornam difíceis conforme a doença progride, aumentando o risco de aspiração.
Nos pacientes com DA, a perda de peso ocorre em cerca de 40% dos casos, em todos os estágios, estando presente inclusive antes que seja feito um provável diagnóstico da doença. Esta perda de peso contribui para alterações no estado geral de saúde, para a frequência e a severidade de complicações, especialmente problemas infecciosos e para acelerada perda da independência. A perda de peso aumenta o risco das infecções, o desenvolvimento de úlceras de decúbito e retarda a cicatrização de feridas, que por sua vez prejudica a qualidade de vida destas pessoas, também leva à redução da massa muscular, da independência e da autonomia do doente (ROCHA, 2012).
As condições nutricionais de idosos portadores de DA são afetadas por uma provável incapacidade na aceitação, mastigação, deglutição e assimilação dos nutrientes/alimentos.
Os pacientes com demência também necessitam de um aumento no consumo calórico devido às alterações e agitações que ocorrem no decorrer da doença (ROCHA, 2012).
O processo de Alzheimer cria algumas dificuldades físicas na hora das refeições. O indivíduo terá perda gradual de habilidades motoras e pode já não saber como usar uma faca e um garfo. Apraxia é uma condição em que a pessoa pode ter a intenção de abrir a boca para comer, mas é incapaz de fazê-lo. Inquietação e agitação associada com a doença de Alzheimer faz com que o indivíduo seja incapaz de se sentar por longos períodos, e ele pode querer lançar ou cuspir a comida.
Intervenções para ajudar a melhorar a alimentação e nutrição com Alzheimer deve incluir a oferta de refeições frequentes com pequenas porções. É preciso ter pouco ruído e controle de distrações, servir um item de cada vez e supervisionar a refeição. Corte as carnes em pedaços pequenos e reserve tempo suficiente para o paciente comer. Pessoas com Alzheimer podem perder a capacidade de julgar.
REFERÊNCIA
ROCHA, M. M. A importância do nutricionista na prevenção da desnutrição em pacientes com doença de Alzheimer, 2012, 32f. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA– UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO, 2012.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Walisson Junio Martins da Silva
Mestre em Alimentos e Nutrição-Unesp. Especialista em Qualidade de Vida e Gerontologia. Graduado em Bacharelado em Bioquímica. Licenciado em Ciências Biológicas e em Química.
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