Diante dos benefícios reforça-se a necessidade da sensibilização
Enfermagem
24/09/2015
Desde o princípio da humanidade um dos maiores laços entre mãe e filho é a amamentação. Ela traz diversos benefícios que vão desde a criação de vínculo à saúde do bebê. Infelizmente ainda hoje há um grande desafio em conseguir a adesão das mães ao aleitamento materno exclusivo por diversos motivos, apesar das intensas sensibilizações que ocorrem desde o pré-natal até o puerpério. Cabe à equipe de enfermagem, por passarem mais tempo prestando cuidado direto às mães, orientá-las quanto as vantagens, pega correta, cuidados com as mamas.
A partir do momento que o bebê nasce cabe à mãe a responsabilidade de alimentá-lo, começa a surgir então uma série de novos sentimentos, novas preocupações. Muitas mães não têm leite suficiente quando os bebês nascem e isso traz um sentimento de impotência, outras acham que apenas seu leite vai ser insuficiente para saciar o filho o que aumenta a probabilidade do desmame precoce, outras ainda optam por não amamentar referindo a deformação dos seios, e atualmente ainda contamos com aquelas que trabalham e não terão tempo de proporcionar a amamentação exclusiva até os seis meses.
No entanto, deve-se sensibilizá-las quanto aos inúmeros benefícios que são: o leite materno é considerado como a primeira vacina dos neonatos, por ser rico em vitaminas, proteínas e imunoglobulinas que servem para a proteção dos mesmos, colaborando para a formação do sistema imunológico da criança, previne alergias, obesidade, intolerância ao glúten; é um alimento completo, que não traz custos à família e tem todos os nutrientes necessários ao bebê; é mais fácil de ser digerido do que as fórmulas causando menos cólicas; o momento da amamentação aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas; previne a anemia; a sucção ajuda no desenvolvimento da arcada dentária do bebê; quando o ômega 3 está presente no leite materno, o que varia de mulher para mulher de acordo com sua alimentação, ele ajuda no desenvolvimento e crescimento dos prematuros nos primeiros meses de vida; ajuda no desprendimento da placenta, contribuindo para a volta do útero ao tamanho normal, com isso, também evita o sangramento excessivo e, consequentemente, que a mãe sofra de anemia; protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário; a amamentação dá às mães as sensações de bem-estar, de realização, e também ajuda a emagrecer; é de graça, natural, prático, e não desperdiça recursos naturais; está sempre pronto para ser transportado e ingerido (não precisa aquecer).
Para ocorrer uma boa amamentação é necessário atentar para alguns detalhes, o ambiente para a mesma deve ser tranquilo, confortável para a mãe e o bebê. Quanto à posição do bebê não existe uma maneira correta, a melhor é aquela que mãe e filho estejam confortáveis; é importante que haja contato pele a pele entre mãe e filho no momento da amamentação; a boca do bebê deve abocanhar a aréola e não apenas o mamilo; o queixo deve estar em contato com o seio; e o nariz do bebê livre para respiração; a mãe pode apoiar o seio com a mão em forma de C.
Diante de tais benefícios reforça-se a necessidade da sensibilização e estímulo constante, tendo em vista que muitas mães ainda são desinformadas. Sendo importante a intervenção da equipe de enfermagem e apoio constante sempre esclarecendo que da mesma maneira que toda criança tem o direito ao aleitamento materno, as mães também têm o direito de amamentar seus bebês garantidos por lei.
A mulher tem o direito de amamentar seu bebê em qualquer lugar, seja ele público ou privado, em local fechado ou aberto, na presença ou não de outras pessoas, de qualquer idade, de qualquer sexo ou gênero. Ela não pode ser constrangida ou impedida de tal ato. Portanto, é essencial que as mesmas estejam cientes de sua responsabilidade.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Sara Araújo dos Santos
Enfermeira graduada pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Técnica de Enfermagem na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand- Fortaleza-Ceará atuando em UTI neonatal. Pós-graduanda em Enfermagem Neonatal e Pediátrica.
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