Atuação do enfermeiro, frente as Doenças Sexualmente Transmissíveis
DST.
Enfermagem
26/11/2015
Como deve ser a atuação do enfermeiro frente às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)
How should the work of nurses, front Sexually Transmitted Diseases (STDs) Enfermeira: Sandra C. C. Feliciano (Especialista em Enfermagem do Trabalho e Programa Saúde da Família), 2015.
Resumo
As Doença Sexualmente Transmissível (DST), que acomete milhares de pessoas, sendo considerada um problema de saúde pública, no Brasil. Representa um desafio para a humanidade, considerando seu impacto biopsicosocial. Diversas são as atividades desenvolvidas pelo Enfermeiro, com isso o objetivo do presente trabalho foi destacar a atuação do enfermeiro no diagnóstico e no tratamento das DSTs.
Palavras Chaves: Enfermeiro, Atuação, Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Abstract
Sexually transmitted disease ( STD ) that affects thousands of people , and is considered a public health problem in Brazil . It represents a challenge for humanity , considering her biopsychosocial impact. Several are the activities developed by the nurse , thus the purpose of this study was to highlight the nursing work in the diagnosis and treatment of STDs.
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) são infecções do trato reprodutivo causadas por micro-organismos transmitidos por relação sexual, constituem uma ameaça à saúde geral e ao bem-estar de milhões de pessoas no mundo. As DSTs tornaram-se uma epidemia de extraordinária magnitude. Estima-se que 65 milhões de pessoas tenham uma DST incurável, e outras 15 milhões infectem-se por ano (RICCI, Susan Scott, 2008).
Por conta do estigma e da possível ameaça aos relacionamentos emocionais, aqueles com sintomas de DSTs frequentemente relutam em procurar os cuidados de saúde de uma maneira adequada. As DSTs podem progredir sem sintomas, semelhante a muitas doenças infecciosas. Os riscos de complicação e transmissão de um indivíduo infectado aumentam com o passar do tempo, por conta desta temática um atraso no diagnóstico e tratamento é potencialmente perigoso (SMELTZER,S.C.;BARE,B.G, 2006)
Devido a essa problemática, para abordar um paciente portador de DST, o profissional deve estar bem treinado e capacitado para tal. O nível de conhecimento do enfermeiro sobre a infecção deve incluir estratégias de tratamento, fontes de encaminhamento e medidas preventivas. Além disso, o enfermeiro deve ser especializado em orientações e aconselhamentos e deve sentir-se confortável quando se deparar com pacientes que apresentam diagnóstico de infecção (BRASIL, 2006).
Os enfermeiros necessitam ser particularmente sensíveis ao abordar pacientes com DSTs, pois, os pacientes sentem-se envergonhados e ainda tem a questão do estigma social ligado às DSTs. Diante desse fato, cria-se a necessidade de buscar atendimento diferenciado a esses pacientes. Diante da complexidade da doença, permeada por estigmas e preconceitos o portador ou doente sofre mudanças diversas, muitas vezes drásticas, no meio em que vive e com quem convive, por isso o impacto que ele sofre desde o momento da constatação do diagnóstico, o leva à deparar-se com suas relações afetivas, íntimas e familiares, trazendo conflitos que muitas vezes não são fáceis de serem enfrentados e solucionados (BRASIL , 2006).
Programas educacionais efetivos devem ser iniciados pelo enfermeiro para educar o público em relação a práticas sexuais mais seguras afim de diminuir os riscos de transmissão. A participação do enfermeiro na prevenção primária é de fundamental importância para limitar as ocorrências das infecções. Além de avaliar o paciente a procurar sinais e sintomas frequentes e dos fatores de riscos, o enfermeiro pode ajudar o paciente a evitar DSTs e suas ocorrências ensinando-lhe a adotar as precauções descritas nas diretrizes (RICCI, Susan Scott, 2008).
O profissional enfermeiro deve utilizar intervenções educativas que promovam o conforto e liberdade para discussão do tema entre a população-alvo, alertando sobre práticas sexuais seguras inclusive no período gestacional motivando o interesse e aplicação do conhecimento adquirido pelos pacientes atendidos para que estes utilizem o novo aprendizado.
A capacitação da equipe de enfermagem tem como diretriz qualificar a assistência. Quanto mais qualificada estiver essa equipe, mais facilmente ela poderá abordar e satisfazer as necessidades da clientela. Quando se educa uma equipe, dignifica-se o profissional e o cliente, pois os cuidados de enfermagem são realizados por uma equipe. O enfermeiro tem um papel imprescindível neste fator, ele deve estar apto para elaborar uma proposta de capacitação eficaz. O treinamento de capacitação de Recursos Humanos que prestam atendimento direto e/ou indireto a pacientes portadores de DSTs é essencial para a prevenção diagnóstico e tratamento em tempo hábil.
As atribuições e responsabilidades de cada um são diferentes, de acordo com a Lei do Exercício Profissional nº 7498 de 25/06/86, regulamentada pelo Decreto Lei nº 94406. Para que a assistência de enfermagem ao paciente portador do HIV e da AIDS seja resolutiva e solidária, faz-se necessário a capacitação dos profissionais.
Referências:
BRASIL - Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Programa Nacional de DST e Aids , Série Manuais nº 68, 4a edição Brasília, DF 2006
Decreto Nº 94.406 / 1987 (Regulamentação da Lei nº 7.498 / 198). Disponível em: http://www.portalcoren-rj.gov.br. Acessado em: 25/10/2015;
RICCI, Susan Scott. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008
SMELTZER,S.C.;BARE,B.G., Brunner/Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan 2006 10ª edição, v.4.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Sandra Chagas da Costa Feliciano
Sandra C. C. Feliciano: Bacharelado Ciências da Saúde Enfermagem e Especializada em Programa Saúde da Família Multidisciplinar, (universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO); Enfermagem do Trabalho, (Faculdade Signorelli - Jacarepaguá, RJ), Enfermeira assistencial em PSF, unidade de pacientes graves e neonatal.
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