Acidentes de Moto e a conduta no atendimento

Enfermagem

04/09/2015

A frota de motocicletas no Brasil cresce a cada dia e com este aumento do número de motocicletas nas ruas, os acidentes com motocicletas aumentam e atualmente são os responsáveis pela maioria dos acidentes de trânsito, principalmente nos grandes centros urbanos.

Os acidentes envolvendo as motocicletas são em sua maioria graves, pois mesmo o condutor usando todos os equipamentos de segurança, o impacto gerado lança o motociclista ao ponto fixo em que é arremessado em carros, postes, caminhão, chão etc., além disto, diversas vezes após a colisão e com a rapidez do acidente a vítima pode ser arremessada para debaixo dos veículos, sendo atropeladas.

Condutas de atendimento

Os acidentes de motocicletas irão recrutar as habilidades já vistas.

Portanto, devemos:

Manter a calma;

Garantir a segurança;

Acionar o serviço especializado de socorro;

Controlar a situação;

Identificar as vítimas;

Promover ações de suporte básico de vida às vítimas.

O caso mais comum de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas gera escoriações com o aparecimento de sangue, proteja-se com luvas, máscaras ou outros tipos de equipamentos que irão lhe resguardar de transmissões pelo sangue.

Caso a vítima esteja em pé, peça que se deite até aguardar o socorro, analisando os sinais vitais.

Nunca retire o capacete sozinho da vítima.

A retirada do capacete requer sabedoria e no mínimo dois socorristas para realizar a manobra.

Procedimentos: Coloque a vítima em posição de Decúbito dorsal (Deitada de barriga para cima) e alinhe seus membros. Para colocar a vítima nesta posição (se ela estiver em outra), é necessário proteger a sua cervical, bem como:

Um socorrista em posição de joelhos (os dois joelhos sempre no solo), por trás da cabeça da vítima e um segundo socorrista, também de joelhos do lado esquerdo da vítima, perto de sua cabeça (mais ou menos perto da altura do tórax da vítima).

O socorrista número um (da cabeça), segura o capacete com as duas mãos, pela parte de baixo do capacete. Enquanto o segundo socorrista vai soltando o que está prendendo o capacete na vítima, tudo isto rápido e delicadamente.

Lembre-se: O primeiro socorrista, (o que está por trás da cabeça) terá a função de:

Abrir a viseira para melhorar a respiração da vítima, ao iniciar a retirada do capacete, deve-se ir puxando o capacete e tentando alargá-lo nas partes laterais, bem como tomar cuidado para que o capacete não obstrua ou “raspe” no nariz da vítima, que poderá também está traumatizado.

Enquanto o segundo socorrista, colocando a mão direita espalmada, vai segurando o pescoço pela frente da vítima, a parte de sua mão esquerda ficará por debaixo do pescoço da vítima, mantendo a cabeça e o pescoço semi-imobilizado a sua cabeça.

O primeiro socorrista após retirar o capacete, também irá imobilizar a cabeça da vítima, segurando firmemente com as duas mãos perto das duas orelhas da vítima.

O primeiro socorrista não poderá soltar a cabeça da vítima, mesmo imobilizado a cervical (com o colar). Após todos estes cuidados, que não poderá durar mais de um minuto, e neste mesmo tempo já feito uma análise da vítima, se necessitar realizar a ressuscitação cardiorrespiratória RCP, usar o mais rápido possível as técnicas de primeiros socorros, pois o cérebro não deverá ficar mais de quatro até seis minutos sem oxigênio.

Após a estabilidade da cervical da vítima, é que irá fazer a imobilização do tronco e membros, tudo isto, se não houver fraturas expostas, que será resolvido por outro método de primeiros socorros, já visto anteriormente.

Providencie o transporte urgente da vítima ao hospital.

Lembrando sempre que: Ao socorrer vítimas envolvidas em acidentes, atente-se aos riscos que podem ocorrer ao removê-las de forma inadequada.