03/08/2012
É um pigmento de cor marrom escura, produzido por uma célula especial chamada melanócito, que se encontra na camada germinativa da epiderme. Os melanócitos têm como função produzir os grãos de melanina. Estes grãos migram das ramificações dos melanócitos para o interior de células vivas da epiderme. Dentro destas células, os grãos de melanina se localizam em uma posição muito especial do citoplasma, isto é, sobre o núcleo da célula.
Esse fato é muito importante porque a melanina tem a capacidade de absorver os raios UV provenientes do sol, protegendo os núcleos das células. São esses núcleos que trazem a carga genética da célula que com ação dos raios UV podem sofrer alterações cromossômicas e provocar desde a morte da célula até a alteração de suas funções gerando um câncer.
Quanto maior for a quantidade de melanina da epiderme da pessoa, mais escura será sua pele. O melanócito sintetiza a melanina a partir da tirosina. O melanócito a partir da tirosinase, uma enzima cobre-dependente, promove a hidroxilação em C3 do núcleo fenólico da tirosina levando à formação da DOPA. A ausência congênita de tirosinase, que é um distúrbio autossômico recessivo, gera o albinismo.
Então, a partir da oxidação da DOPA por um processo de ciclização envolvendo uma quinona é gerado um polímero quinoide que é a melanina. A melanogênese: a tirosinase é sintetizada no retículo endoplasmático rugoso e armazenada em vesículas do aparelho de Golgi. Quando a síntese de melanina se completa no melanossomo, quando não há mais atividade enzimática está pronto o grão de melanina.
A perda do poder melanogênico dá-se por mecanismos intrínsecos aos melanócitos do bulbo piloso, não havendo alteração dos melanócitos da epiderme. Ocorre na fase da catagênese, onde cessa a atividade da papila dérmica, quando começa a fase de repouso fisiológico, paralisando então, o processo da transcrição do código de síntese da tirosinase.
Sabe-se que a atividade celular no bulbo é cíclica, então todo o processamento bioquímico paralisa, bem como a síntese de pigmento pelo melanócito. Após os 30 anos de idade é possível que esta paralisação tenha mais dificuldades para se reativar, provavelmente por defeitos no material genético do melanócito, causadas por radicais livres, o que torna impossível a codificação das informações em RNA para a síntese da tirosinase, que por sua vez lentifica e aumenta a insuficiência da melanina.
Este procedimento não pode ser mais revertido naturalmente, progredindo assim, para uma degeneração irreversível. São os melanossomas que, no citoplasma do melanócito, sintetizam a melanina devido à "tirosinase". Este sistema enzimático contendo cobre, vai oxidar em di-hidroxi-fenil-alanina (DOPA), depois esta em dopa-quinona e finalmente num polimerizado de derivados (quinonas e indois) da tirosina, que constitui a melanina negra ou castanha (eumelanina).
É um pigmento extraordinariamente resistente a toda ação enzimática e química e praticamente insolúvel. As feomelaninas são ligeiramente diferentes e aparecem nos cabelos claros (melaninas vermelhas e amarelas). A despigmentação patológica é geralmente devida à destruição parcial dos melanócitos (vitiligo, acromias cicatriciais). No albinismo pelo contrário, a acronemia é constitucional.
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