20/02/2013
A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem especializada, representada por um conjunto de manobras suaves, lentas e rítmicas que atuam sobre o sistema linfático superficial, objetivando drenar o excesso de líquido acumulado no interstício, nos tecidos e dentro dos vasos, através das anastomoses superficiais.
Objetiva aumentar a atividade linfocinética dos canais linfáticos normais e a motricidade do linfangion, além do relaxamento e/ou amolecimento do tecido conjuntivo alterado.
Para ser efetiva, a técnica deve ser aplicada por profissional habilitado, que saiba aplicar com segurança todos os seus componentes. Ao executar a DLM é fundamental observar aspectos como o ritmo, a característica e a pressão das manobras, além do sentido do fluxo linfático. Se corretamente executada, a drenagem pode estimular a abertura dos linfáticos iniciais e aumentar o volume do fluxo da linfa em até 20 vezes.
Efeitos da drenagem linfática manual
Os efeitos da DLM baseiam-se nos mecanismos fisiológicos de pressões existentes entre os tecidos e os vasos sanguíneos e linfáticos. O sistema neurovegetativo, o sistema imunológico e o sistema vascular sofrem influência direta da técnica.
A DLM influencia diretamente: às respostas imunes; à velocidade de filtração da linfa e absorção dos capilares sanguíneos; à quantidade de linfa processada pelos gânglios; à motricidade intestinal; o sistema nervoso autônomo; à prevenção da formação de fibrose tecidual e o retorno da sensibilidade dos retalhos descolados em cirurgias;
A DLM influencia indiretamente: o aumento da quantidade de líquido excretado; favorece a melhora da nutrição e da oxigenação celular e tecidual; promove a desintoxicação dos tecidos intersticiais; facilita a eliminação de ácido lático da musculatura esquelética e a absorção dos nutrientes pelo trato digestivo.
Indicações
• Edemas e linfedemas;
• Fibro edema gelóide e lipoesclerose;
• Insuficiência venosa crônica;
• Cefaleias e nevralgias;
• Edemas gestacionais;
• Síndrome pré-menstrual;
• Enfermidades crônicas das vias aéreas;
• Assistência pré e pós-cirurgia plástica.
Contraindicações
Existem contraindicações absolutas e relativas para a realização da drenagem linfática:
Entre as contraindicações absolutas estão:
• Tumores malignos não controlados;
• Tuberculose;
• Processos infecciosos e inflamatórios agudos;
• Edemas oriundos de insuficiências renais, hepáticas ou cardíacas;
• Insuficiência renal aguda;
• Trombose venosa profunda, flebites e tromboflebites agudas;
• Erisipela em fase aguda.
Entre as contraindicações relativas estão:
• Hipertireoidismo;
• Insuficiência cardíaca;
• Menstruação abundante;
• Asma brônquica e bronquite;
• Hipotensão arterial;
• Afecções da pele;
• Estados febris.
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