Há regras na DLM que devem ser respeitadas para que seus efeitos positivos sejam obtidos.
A pressão exercida deve ser suave o suficiente para alcançar os capilares linfáticos superficiais, sem atingir o tecido muscular, o que significa um valor aproximado de 40mmHg. Como é difícil dimensionar este valor, pode-se basear no aspecto da pele, que não deve apresentar hiperemia.
A pressão deve ser bem menor do que a usada na massagem terapêutica tradicional.
Deve ser obedecida uma direção de fluxo. A DLM deve sempre ser iniciada pelo segmento proximal, pelas manobras que facilitem a evacuação, feitas nos linfonodos regionais, e só então deve seguir para as manobras de reabsorção e captação, realizadas ao longo das vias linfáticas e nas regiões de edemas, obtendo assim um esvaziamento prévio das vias pelas quais a linfa terá que fluir.
Os movimentos da massagem devem ser feitos de forma rítmica e lenta. A mão do terapeuta deve percorrer a área tratada lentamente com pressão suficiente para produzir os efeitos desejados sem causar lesão tecidual, num ritmo constante, sendo a direção do movimento centrípeta.
O ritmo deve ser uniforme, regular e sempre adaptado ao tecido tratado. A cada movimento de bombeamento deve corresponder um intervalo de tempo de, no mínimo, um segundo.
As manobras devem ser repetidas de quatro a seis vezes em cada local, havendo uma concentração maior de tempo, nos locais onde o edema for maior. Ao final de cada etapa (cinco manobras de movimentos circulares em cada local de uma região), procede-se à drenagem da linfa para o local de início da manobra, seguindo-se ao mesmo caminho inicial.
A pressão exercida deve seguir sempre o sentido fisiológico da drenagem. O trajeto das manobras segue a anatomia do local, orientado pelas vias linfáticas que estabelecem continuidade entre si, sempre tendo em suas extremidades um grupamento ganglionar. Há a necessidade de se drenar um local mais proximal para se avançar a um local mais distal.
A massagem deve iniciar-se pelas manobras que facilitem a evacuação, objetivando descongestionar as vias linfáticas, para isso, é de vital importância o conhecimento das vias de drenagem para o sucesso da terapia.
A drenagem linfática é uma técnica lenta e que induz ao relaxamento, portanto demanda certo tempo para ser aplicada. O tempo médio para drenagem de cada segmento é de cerca de 20 minutos, considerando-se variações como a presença de edema ou linfedema severo, condições nas quais pode ser necessário um tempo maior.
Existe um deslocamento natural da pele durante as manobras de drenagem, linfática. Esse deslocamento é um importante componente na ativação do sistema linfático. Dessa forma, o uso de produtos deslizantes pode impedir ou dificultar a realização de algumas manobras. Em casos de ressecamento extremo da pele pode-se aplicar algumas gotas de óleo apenas para lubrificação cutânea.
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por Colunista Portal - Educação
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