Trata-se de um tratamento não invasivo para redução de gordura localizada e flacidez dérmica.
A temperatura do interior do corpo – “centro” – mantém-se quase exatamente constante, dentro de uma variação de 0,6 ºC dia, exceto quando a pessoa apresenta um estado febril.
A temperatura superficial, ao contrário da temperatura central, aumenta e diminui com a temperatura do meio ambiente. Essa é a temperatura importante quando nos referimos à capacidade da pele em perder calor para o meio ambiente.
A pele, os tecidos subcutâneos e a gordura dos tecidos subcutâneos constituem um isolador térmico para o corpo.
A maior parte do calor é produzida nas porções mais profundas do corpo, o isolamento por debaixo da pele constitui um meio efetivo para manter as temperaturas internas normais, apesar de permitir que as temperaturas da pele aproximem-se da temperatura do meio ambiente. A temperatura do corpo é regulada por mecanismos nervosos por meio dos centros reguladores da temperatura, localizados no hipotálamo. Entretanto, para esses mecanismos operarem terão que existir detectores de temperatura.
A pele possui até dez vezes mais receptores ao frio que ao calor em algumas partes do corpo. Muitos dos sinais para a identificação do frio originam-se nos receptores periféricos, porém esses sinais ajudam a controlar a temperatura corporal, principalmente por meio do hipotálamo. O mecanismo global para o controle térmico do hipotálamo é denominado termostato hipotalâmico.
Quando o termostato hipotalâmico constata que a temperatura corporal está alterada, adota procedimentos apropriados, destinados a reduzir ou aumentar o calor.
Redução de medidas
Muitas vezes, para se manter o equilíbrio térmico, é necessário produzir calor internamente. Para isso, utiliza-se a energia armazenada nos adipócitos, transformando gordura em calor. Quando isso ocorre, temos como consequência a diminuição do volume dos adipócitos, ocasionando a redução de medidas.
Se mantivermos uma fonte térmica externa aquecendo o tecido superficial, provocaremos um desequilíbrio entre a superfície do organismo e seu interior. Para se restabelecer esse equilíbrio térmico, nosso termostato provoca a sudorese ou calafrios. O objetivo é levar líquido à superfície externa do tecido por evaporação, a fim de baixar a temperatura externa ou causar contração muscular para gerar calor. Ocorre que a fonte externa permite que o hipotálamo busque outra forma para se restabelecer. Já que não se consegue regular a temperatura externa, só resta a alternativa de elevar a temperatura interna. Para isso, é necessário que se reduza calor internamente. Esse calor virá das nossas reservas orgânicas na transformação de gordura em calor, ocasionando, assim, a queima de gordura.
Tratamento Sinérgico
A sinergia da crioterapia, termoterapia, dermotonificação e ionoforese apresenta características importantes e fundamentais nos tratamentos de flacidez dérmica, pré e pós-cirúrgico, bem como na mobilização da gordura localizada e celulite.
A termoterapia de aplicação localizada e controlada permite que ocorra uma vasodilatação, aumentando o fluxo sanguíneo e nutrindo os tecidos, bem como o aumento da permeabilidade celular, facilitando a penetração de ativos. O disparo da termogênese local é um dos principais efeitos, pois é capaz de mobilizar os tecidos adiposos e celulíticos a fim de diminuir a resistência dos mesmos e suprimi-los. A vasoconstrição induzida na aplicação da crioterapia localizada tem como efeito a diminuição do fluxo sanguíneo e a permeabilidade da membrana, possibilitando a redução de edemas. Com o resfriamento, o metabolismo tecidual diminui e menos metabólitos são produzidos, proporcionando o aumento do tônus vascular.
No trauma e na inflamação, a crioterapia previne o extravasamento sanguíneo, diminuindo a quantidade de fibrinas e uma menor síntese de colágeno, minimizando, assim, a aderência, o que é muito interessante na atuação de pós-operatório e medicina desportiva.
A associação da ionoforese termoativa seguida da crioterapia é muito interessante, pois os efeitos do aumento de temperatura induzidos pela corrente galvânica (2 mA – 6 mA) e a penetração de princípios ativos pela ação terapêutica dessa corrente fazem com que ocorra uma diminuição rápida da temperatura, realizando uma vasoconstrição e impedindo que as substâncias ativas ionizadas sejam carreadas pela circulação, ficando, dessa forma, restritas à área de aplicação, potencializando sua atuação e seus resultados. A alternância entre a vasodilatação e a vasoconstrição produzem um aumento do bombeamento sanguíneo, aumentando o fluxo sanguíneo e potencializando a quantidade de nutrientes para facilitar o reparo dos tecidos e também diminuindo o edema.
A função dermotonificação/microcorrente atua acelerando a síntese de ATP e de proteínas, incrementando a regeneração celular e melhorando, assim, o tônus dérmico. Após a aplicação, é de grande valia a utilização da crioterapia para elevar o tônus dérmico por meio do efeito da vasoconstrição.
A ionoforese, por sua vez, realiza a transferência de princípios ativos e pode ser associada à temperatura entre 25º C e 25º C, de acordo com o objetivo do tratamento.
Protocolos de Tratamentos
Tratamento de rejuvenescimento de face, colo e pescoço
Higienização: aplicar sobre a área a ser tratada um sabonete demaquilante.
Afinamento da capa córnea: aplicar sobre a pele uma loção de alfabeta hidroxiácidos e deixar agir por 3-5 minutos, de acordo com a necessidade da pele, para promover uma ação esfoliante, removendo células mortas e diminuindo a resistência cutânea.
Crio/dermotonificação: aplicar sobre a pele um coquetel composto por ácido hialurônico e vitaminas A, C e E. Sobre o coquetel, utilize o modo Micro (dermotonificação) numa frequência de 10 a 33 Hz, de acordo com o biótipo cutâneo: pele senil = 200 a 300 Hz; pele madura = 100 a 200 Hz e pele jovem = 50 a 100 Hz.
Associe a aplicação de crio numa temperatura de 15º C durante 10 a 15 minutos, realizando movimentos circulares com a manipulação de aplicação facial.
Reaplicar o coquetel, deixando a pele bem umedecida, e ionize durante 10 minutos na polaridade normal (+) e inversa (-), com o tempo de espera de 3 minutos entre a troca de polaridade, associando uma temperatura de 25º C.
Finalizar com creme hidratante e FPS.
Número de sessões: 05
Frequência: 1 vez por semana
Manutenção do tratamento: a cada 3 meses
Criotermólise
Tratamento de redução de gordura localizada
1- Demarcar a região afetada por adiposidades em quadrantes e trabalhar diferentes quadrantes por vez.
2- Higienização: aplicar sobre a área a ser tratada uma emulsão de limpeza.
3- Esfoliação: aplicar um gel esfoliante sobre a área a ser tratada.
4- Criotermólise: sobre a região afetada selecionar a criotermólise no modo automático com um tempo de inversão de 2 minutos. Programar a temperatura máxima entre 40 e 45 ºC, dependendo da sensibilidade da cliente. Deixar o manípulo de aplicação estático sobre a região durante 10 minutos.
5- Dermotonificação: selecionar o modo Corpo e Ionto, aplicando um coquetel com princípios ativos antilipolíticos e ionizar nas propriedades normal (+) e inversa (-), com um intervalo de 3 minutos entre as mesmas numa temperatura de 25 a 30 ºC.
6- Finalizar massageando com creme antilipolítico na região afetada.
Número de sessões: 10 a 15
Frequência: 2 a 3 vezes por semana
Manutenção de tratamento: 1 sessão mensal
Autor: Profª Estela Cardoso *
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por Colunista Portal - Educação
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