15/07/2008
A eletrolipólise é aplicada com uma microcorrente específica de baixa frequência (ao redor de 25Hz) que atua diretamente ao nível dos adipócitos e dos lipídios produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação.
Foram realizados estudos com correntes alternadas com pulso bifásico assimétrico e os resultados obtidos foram os mesmos efeitos fisiológicos e intensa redução do panículo adiposo localizado.
Regulação hormonal da lipólise
O transporte dos triglicerídios e dos ésteres de colesterol no sangue é muito complexo e requer um equilíbrio entre as quantidades e atividades das diferentes lipoproteínas, enzimas implicadas e receptores. Esses receptores são estimulados por diversos hormônios, tais como os glicocorticoides, a insulina, o hormônio da tireoide, a prolactina entre outros.
A influência neuro-hormonal sobre a lipólise ocorre da seguinte forma: a estimulação do sistema simpático a ativa, porém quando o sistema parassimpático é estimulado, a lipólise é reduzida. O sistema simpático ativa a lipoproteína lipase (LPL) promovendo a lipólise e mobilização dos ácidos graxos livres a partir do tecido adiposo por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). Essa atuação é mediada pelo AMP cíclico. A noradrenalina liberada por terminações pós-ganglionares dos nervos simpáticos do tecido adiposo ativa a lipase aumentando a taxa de hidrólise de triglicerídeos.
Pesquisas realizadas com a eletrolipólise promovida pela corrente alternada demonstram que há presença de quantidades valorosas de glicerol na urina, sendo que em condições basais este não é detectado. Por meio de todos os eventos mencionados, se induz um aumento do catabolismo local que se traduz clinicamente em redução do panículo adiposo.
Processo da lipólise
As fontes para o catabolismo lipídico incluem:
triglicerídios armazenados diretamente na célula muscular;
triglicerídios circulantes nos complexos lipoproteicos, que são hidrolisados pela lipoproteína lipase na superfície do endotélio capilar de determinados tecidos;
ácidos graxos livres circulantes mobilizados a partir dos triglicerídeos no tecido adiposo.
Durante a ingestão, os triglicerídios são, em sua maioria, desdobrados em monoglicerídios e ácidos graxos. Esses ácidos graxos contêm, incontestavelmente, a maior parte da rica energia potencial dos triglicerídios.
Ao passarem pelas células epiteliais do intestino, os monoglicerídios e os ácidos graxos são ressintetizados em novas moléculas de triglicerídios, que penetram na linfa na forma de diminutas gotículas dispersas denominadas quilomícrons.
Ocorre absorção de pequena quantidade da proteína apoproteína B sobre a superfície externa dos quilomícrons. Em consequência, as demais moléculas de proteínas projetam-se para a água circundante, o que aumenta a estabilidade de suspensão dos quilomícrons na linfa e impede sua aderência às paredes dos vasos linfáticos. Estes são transportados pelo ducto torácico e deságuam no sangue venoso circulante, na junção das veias jugular e subclávia. Os quilomícrons são, em sua maior parte, removidos do sangue circulante à medida que passam pelos capilares do tecido adiposo e/ou fígado. Tanto o tecido adiposo quanto o fígado contêm grande quantidade da enzima denominada lipoproteína lípase.
Essa enzima é particularmente ativa no endotélio capilar, onde hidrolisa os triglicerídios dos quilomícrons quando entram em contato com a parede endotelial, com a consequente liberação de ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos, que são quase insolúveis na água, ligam-se às moléculas de albumina do plasma sanguíneo e são transportados para outros tecidos onde serão utilizados como fonte de energia. O glicerol, muito mais solúvel no plasma, é captado pelo fígado e reaproveitado.
Os ácidos graxos, por serem altamente miscíveis com as membranas celulares, difundem-se, imediatamente, para as células do tecido adiposo e para as células hepáticas. Uma vez no interior dessas células, os ácidos graxos são ressintetizados em triglicerídios, e o novo glicerol é obtido dos processos metabólicos das células de armazenamento. A lipase também causa hidrólise dos fosfolipídios, liberando ácidos graxos que são armazenados nas células pelo mesmo mecanismo.
Fonte: Tonederm *
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
O Portal Educação possui uma equipe focada no trabalho de curadoria de conteúdo. Artigos em diversas áreas do conhecimento são produzidos e disponibilizados para profissionais, acadêmicos e interessados em adquirir conhecimento qualificado. O departamento de Conteúdo e Comunicação leva ao leitor informações de alto nível, recebidas e publicadas de colunistas externos e internos.
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93