Alisantes de cabelo: a maioria apresenta reagentes químicos além do permitido

Estética e Beleza

08/05/2009

Toda mulher deseja ter o cabelo livre de fios arrepiados, e essa busca incessante pelo cabelo perfeito, muitas vezes, pode acabar prejudicando a saúde.


Uma inspeção realizada pelo Instituto Adolfo Lutz analisou 38 amostras de produtos capilares utilizados em salões de beleza, e 52,63% dos alisantes de cabelos usados na capital paulista têm concentração de reagentes químicos acima do permitido pela legislação sanitária.


O problema é que a maioria das mulheres nem sabe que ao alisarem os cabelos estão correndo o risco de sofrer queimaduras, queda capilar, intoxicação e, até mesmo, câncer.


Segundo a autora da análise, Maria Cristina Santa Bárbara, “a concentração química chegou a ultrapassar 10 vezes o que determina a norma sanitária, expondo ao risco as clientes e os profissionais que trabalham com a fórmula”, sendo que o hidróxido de sódio e o formol foram os que mais apareceram nas irregularidades.


Para o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo, Dilhemando Calil, as mulheres valorizam tanto os padrões de beleza que acabam deixando de lado o perigo que podem estar correndo. Ressalta ainda que após essa “febre” de utilização de formol em tratamentos capilares, no início dos anos 2000, aumentaram os casos de dermatites e alergias no couro cabeludo.


Além disso, de acordo com o Sindicato dos Salões de Beleza, em São Paulo existem 40 mil estabelecimentos dessa área na cidade. Porém, apenas 176 têm licença sanitária para funcionar, o que mostra que 99% deles não passaram pelo controle sanitário.


A esteticista e tutora do Portal Educação, Caroline Amarante, explica que “a cada dia torna-se mais importante a escolha de um bom profissional na hora de realizar um alisamento, com a garantia de que não estará usando o formol na composição do produto, pois existem outros compostos que também são alisantes e não colocam a saúde em risco.”